Vasco

Vasco

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

CLUBE DOS ESQUECIDOS - PENICHE

 Durante o Campeonato Carioca de 1958, torcedores de Flamengo e Botafogo viam os seus times superiores ao vascaíno. A imprensa, também.. Esperava-se a faixa de campeão com um ou outro.
 Para uma das rodadas, o treinador Gradim (Francisco de Sousa Ferreira) surpreendeu a torcida cruzmaltina, escalando o juvenil Roberto Peniche na vaga do grande ídolo Pinga, na partida contra de 19 de outubro, contra o São Cristóvão.  Para muitos, Gradim poderia queimar uma jovem promessa, mesmo diante de um dos “pequenos”. Achavam cedo para um garoto recém saído do interior mineiro (de Palmas), jogar no Maracanã, ao lado de Bellini, Orlando e de outros grandes ídolos da torcida.
Peniche em reprodução da Revistas do Esporte
 Gradim, no entanto, pensava diferente. Tanto que lançara Dominguinhos, em lugar do mesmo Pinga, em duas partidas que o garoto ajudara a vencê-las. De sua parta, Roberto Peixoto Peniche não se impressionou. Fez o que chefe lhe mandou no jogo que terminou no 1 x 1 e escreveu o seu nome entre os “SuperSuprCampeões” cariocas-1958.
O garoto de Palmas foi para o caderninho ao lado dos astros Barbosa; Paulinho, Bellini, Coronel, Écio, Orlando, Sabará, Laerte, Delém, Rubens, Roberto Pinto e outros menos famosos.
Em 1959, Gradim não escalou Peniche durante a primeira competição da temporada, o Torneio Rio São Paulo. Só deu-lhe uma chance no primeiro turno do Campeonato Carioca, em  23 de agosto, nos 4 x 2 Madureira, no estádio das Laranjeiras – Barbosa, Paulinho, Bellini e Russo; Écio e Coronel; Teotônio, Cabrita, Pinga, Roberto Pinto e Roberto Peniche foi a formação.
Após um tempão sem jogar pelo grupo principal, Peniche aproveitou bem a chance e marcou um dos tentos da vitória – os outros três foram de Pinga.  Ficou para a próxima rodada, o seu primeiro clássico, contra o Botafogo. Depois, participou de mais um, contra o Fluminense, e voltou a ser uma opção.
 Viria, no entanto, a temporada-1960, para Roberto Peniche viver um grande dia de glória. No amistoso de 11 de fevereiro – Vasco 7 x 0 Nacional, da Colômbia –, marcou três gols.  Em 21 de julho – Vasco 6 x 2  Botafogo de João Pessoa-PB – deixou mais um. Três dias depois– Vasco 3 x 1 Seleção de Itabuna-BA, mais outro. Mesmo assim, não conseguiu segurar vaga de titular.
Um dia, Roberto Peniche foi emprestado à Portuguesa Santista-SP, juntamente com Teotônio e Artoff. De Cr$ 15 mil, foi ganhar Cr$ 37 mil e foi morar em uma pensão pertinho da que moravam Pelé e Coutinho.  Mas não tirava o Vasco da cabeça.  “Jamais esquecerei o Vasco. Sua torcida sempre me estimou e nunca me negou aplausos... Acho que, se  voltar, serei recebido de braços abertos”, disse à “Revista do Esporte”, mas nunca mais voltou.   
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário