Vasco

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terça-feira, 26 de setembro de 2017

CLUBE DOS ESQUECIDOS - BOUGLEUX



Buglê (D) ao lado de Kosilek, em foto
reproduzida de www.tardesdepacaembu
O Vasco da Gama sempre teve grandes capitães. No começo da década-1950, o “cargo” era do carecão Augusto da Costa, que o exerceu, também, na Seleção Brasileira. Depois, veio o "lideraço" Hiderldo Luís Bellini, que ergueu as taças do “SuperSuper” Campeanto Carioca-1958 e a Jules Rimes, pela mesma temporada. 
A partir dali, foram 12 anos de seca na Colina. Até que, em 1970, o título estadual choveu, de novo, na horta da rapaziada e o capitão José Alberto Bougleux ergueu o troféu, em um domingo de muito sol, no Maracanã.
 Bougleux já estava nos planos do Vasco muito antes de chegar a São Januário. Mas, como o Atlético-MG, do qual era ídolo de sua torcida, pedia muita grana para libera-lo – Cr$ 200 milhões de cruzeiros pelo seu passe (antiga sistemática para vincular um atleta) –, o “Almirante” pulou fora dessa onda.
Em 1967 e 1968, Bougleux já estava ao lado do “Rei” Pelé, no Santos, que até tirou mais de grana do cofre do que o “Galo” pedia, para não perder o meia que tanto desejava. Temia que os comerciantes portugueses que ajudavam ao Vasco juntassem uma boa grana, de uma hora para outra e o levassem.
Atleta dos tempos em as meninas amavam os Beatles e dos Rolling Stones, Bougleux, para elas, era um “pão” (gíria para o atual gatão). Cabeludo, desfilava carrão peças ruas de Belo Horizonte, o que fazia os cartolas conservadores do Galo a lhe verem como "playboy".
  No Vasco da Gama, Bougleux ele emplacou rápido. Com a mesma velocidade, a imprensa carioca  mudou a grafia do seu nome, de descendência francesa, para Buglê. Tinha muito repórter que não acertava escrever corretamente.
Torcedor vascaíno com menos de 50  de idade não o conhece. Campeão carioca-1970 e brasileiro-1974,  hoje, ele reside em Brasília e tem um sítio onde cria galinhas e produz ovos. De vez em sempre, sai com o amigo Toninho Cerezzo para pescarem.
Turma do título carioca-1970, com o técnico Tim (C), em foto
reproduzida de www.paixaocanarinha. Agradecimento
Bom contador de prosas, como todo mineiro de São Gotardo, onde nasceu – 26 de julho de 1944 –, em sua terra, José Alberto Bougleux é o popular “Zé Aibeto”, que jogava um bolão em um time de peladas chamado Real Madrid.
 Quando a sua família mudou-se para BH, ele enturmou-se com a galera do futebol de salão do Cruzeiro. Depois, prestando o serviço militar e jogando pelo time do quartel, foi descoberto pelo treinador Wilson Oliveira, que o levou para os juvenis do Atlético-MG, que o contratou, em 1963.           
 Das prosas que o "minêrim Zé Aibeto” conta, uma é muito boa: “O  Andrada (goleiro argentino que defendeu o Vasco e levou o milésimo gol de Pelé) ficava uma fera quando a moçada o chamavam por ‘Arqueiro do Rei’. Na época (1969), estava na moda o uísque ‘King's Arch’ (tradução do apelido). A turma sacaneava: ‘Ô gringo, manda um uísque aí”. Ele rebatia: Non quiero esta brincadêra, non!’. A rapaziada encarnava mais. Teve de se acostumar”. 
 O chacareiro pescador e torcedor vascaíno Bougleux, com se declara, acima de tudo, é um boa praça.
    

2 comentários:

  1. Prezado,

    Escrevo em nome do portal de resultados esportivos Resultados.com e gostaria de discutir com você uma possível troca de links conosco. Nós estamos dispostos a incluir um link para o seu blog em resultados.com/sites-recomendados ou em livescores.info/pt/. Em contrapartida, o que pedimos é um link para o Resultados.com com o texto “Futebol ao vivo”. O que acha?

    Podemos também pensar em algo envolvendo nossas páginas de Facebook ou perfis de Twitter.

    Desde já, agradeço pela atenção.

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  2. Prezados amigos do Kike da Bola. Sempre visito seu site e o parabenizo pelo excelente trabalho. A propósito, a foto publicada nessa matéria não foi postada originariamente pelo site "paixão canarinha".
    Ele foi enviada ao meu blog "Tardes de Pacaembu" pelo familiar de Buglê, o senhor Jozué Fernandes, por ocasião do aniversário de 70 anos do jogador.

    Abraços
    Tardes de Pacaembu.

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