Vasco

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sábado, 24 de novembro de 2018

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - OS VASCOS E PELÉ

O goleiro e o pai da fera
 A ligação de Pelé com o Club de Regatas Vasco da Gama passa por algumas vascaínidades. Pra começar, o pai dele, o atacante João Ramos do Nascimento, o Dondinho, atuou por um time mineiro chamado Vasco, da cidade de São Lourenço.
 Foi por ali que o planeta começou a conhecer um nome até então inexistente e que ficou tão conhecido quanto a árvore mais conhecida do planeta. Sim! Pelé, o apelido do garoto Edson Arantes do Nascimento roda o globo terrestre, sem precisar de explicações.
 Quis o destino que o sujeito que gerou o apelido do “Rei do Futebol” jamais tivesse encontrado ou visto Pelé jogar, depois que o garoto foi  embora para a paulita Bauru, dizendo que, quando crescesse, queria ser Bilé. Não era para menos. Da arquibancada do estádio onde o Vasco jogava, o garoto, levado pelo tio Jorge Arantes, ouvia a torcida gritar: “Segura, Bilé! Sai do gol, Bilé! Vai na bola, Bilé!”, etc. etc e se entusiasmava com aquilo.  
 Entre os 3, 4 de idade, o Dico – apelido caseiro de Pelé – tinha a língua enrolada e falava “Pilé”, em vez de Bilé. A história, muito contada por antigos moradores de São Lourenço, foi confirmada à revista paulistana “Placar” – N 1149, de março de 1999 – por Maria da Conceição Faustino, irmã de Bilé, e por José Benedito Mota Silva, que fora zagueiro do Vasco-SL/MG.
 Até aquela edição da revista paulista, o torcedor de fora de São Lourenço não conhecia nenhuma foto de Bilé, o que foi mostrado ao país por “Placar”, que o circulou (bem como a Dondinho) na imagem que o Kike reproduz pra você ver.
  Tempos depois, quando a bola não queria mais saber de Bilé, o “moleque” que queria ser ele iria despontar para a glória de “maior do mundo”, vestindo a camisa 10 do Vasco da Gama “original”, em três partidas do Combinado Vasco/Santos: 
19.06.1957 -  6 x 1 Belenenses, de Portugal, marcando três gols; 22.06.1957 -  1 x 1 Dínamo Zagreb, da então Iugoslávia, fazendo mais um, e em 26.06.1957 - 1 x 1 Flamengo, deixando um outro na rede. Um mês depois, estreava pela Seleção Brasileira, marcando um tento. E o restante da história todo o planeta conhece.  
Quanto a Bilé, isto é, Jose Lino da Conceição Faustino, depois de São Lourenço,  foi morar em Volta Redonda-RJ e ganhar a vida como eletricista. Quando contava que fora o seu apelido que gerara o de Pelé,  ninguém lhe dava bolas. Viveu “inacreditável” até 1975 - 53 temporadas neste planeta - até quando Pelé já havia colocado 1.200 colegas dele pra chorar.


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