Vasco

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sábado, 3 de novembro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - O BRASILEIRO E ANTIPATICÍSSIMO "MAIOR DO MUNDO"

FHC, o sociólogo que só liderava o seu governo
  Há um costume antipático do brasileiro, de considerar tudo o dele o melhor do mundo. Mas,  parece, isso está desaparecendo. Pelo menos, já faz um tempinho que não ouço mais este mimetismo emprenhando os meus oritimbós. Talvez, parta do segmento jovem que, no recente pleito presidencial, repudiou o Partido dos Trabalhadores-PT que quebrou, economicamente, o país, durante as suas 15 temporadas no poder.
 Lembro-me que eu ouvia, pela década-1960, que o Brasil tinha a primeira dama – Maria Thereza Goulart – mais linda do mundo. Poderia até ser, mas padrão de beleza é avaliação pessoal, nunca coletiva. Eu, por exemplo, considerava a norte-americana Jacqueline Kennedy a primeira dama mais linda que já pintou por este planeta. Outro poderia e ainda pode achar a Isabelita Perón. E por aí vai.
 Já houve um tempo, por sinal recente, em que José Serra era cunhado  “melhor ministro da Saúde do mundo”. Cansei de receber pedidos de assessores ministeriais para eu falar isso pela Rádio Nacional, principalmente, durante a "Voz do Brasil".
Como se poderia classificar atuações de ministros de Saúde? A do brasileiro fora confrontada com a dos colegas dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Alemanha, da França ou do Japão?  - duvido!
Lula, sujeito de "menas" cultura
 Pela mesma época em que o Zé era “o maioral do planeta”, o Itamaraty, isto é, o nosso glorioso Ministério das Relações Exteriores, tentava vender o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, como líder mundial - nunca foi e nem pretendeu ser. Sabia que não era.
 O FHC, como a “Folha de São Paulo” o titulava, por escassez de espaço em títulos de muitas chamadas, era visto, pelos europeus, como culto, inteligente, mas nunca um líder planetário.
 Como não colara com o sociólogo, tentaram fazer o mesmo, depois, com o menos culto Luis Lula da Silva, o sucessor. A Europa o respeitava, devido a sua caminhada, de operário, até o Palácio do Planalto, sobretudo, por ser um sujeito ético e honesto, o que não era a prioridade do seu partido. Se bem que já existisse ilegalidades na vida política “brasuca” antes e depois do PT. Lula, porém, pareceu um candidato suprapartidário, em 2006,  quando tentou a reeleição. As denúncias de corrupção contra a sua patota não o atingiram na boca da urna.
 Reeleito, Lula contava com simpatias explicitas do presidente francês Jacques Chirac e do chanceler inglês Gordon Brown. Mas isso não foi suficiente para ele colocar o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas  – Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Chinam, além de mais 10 com só 730 dias de mandato. Pelas bandas de cá, Lula não teve o apoio dos vizinhos Argentina e Uruguai, e nem o do México. Logo não era um líder mundial.
Collor, o presidente que queria ser "super"
 Pra piorar, o presidente Luís Lula  perdeu quase todos pleitos internacionais. Dois exemplos: lançou o embaixador Luis Felipe de Seixas Corrêa candidato à presidência da Organização Mundial do Comércio, e este foi o primeiro eliminado da disputa; tentou e não emplacou João Sayad à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
 Luis Lula era líder mundial só para o Itamaraty. Na França, quem tinha relações estreitas com com a patota da hora era Leonel Brizola, a quem o presidente François Mitterrand convidava para almoçar, assim que o “engenheiro” chegava ao país. O Fernando Collor, antes de usar a faixa presidencial, vencendo Lula e Brizola, em 1990, levou, de Mitterrand, chá de cadeira que durou 10 dias. E não foi recebido.
 Pelo estilo de marketing de Colllor – deslizando pelo Lago Paranoá, em jet ski; voando em avião de caça; fazendo corridas pelo bairro onde morava, aos domingos; jogando futebol com os craques do selecionado brasileiro, e etc, etc -, era perigoso ser mais um “o maior do mundo”, se não sofresse “empeachment”, em 2002 - chega, né!    
   
   
   
         

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