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domingo, 19 de maio de 2019

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - JORNAL DA BAHIA - BELA 'IRMÃ DOCE'

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, que viveu por 77 temporadas neste planeta - até 1992 -, desde 14 deste maio, terça-feira, é a primeira santa nascida no Brasil. O anúncio, pelo site oficial do Vaticano, diz que a declaração de sua santidade, pela Igreja Católica Apostólica Romana, vem do reconhecimento de um segundo milagre, como exige o processo de canonização – além de falta de explicação científica para o fato e acontecimento imediatamente após oração.
Reprodução de Wikipedia
 Ela havia sido declarada beata, em 2011, pelo Papa Bento 16, por conta de milagre em Sergipe. O Vaticano analisava três outros lhe atribuídos, um deles ter feito uma pessoas voltado  enxergar, após 14 temporadas privada da visão.
O primeiro milagre atribuído à Irmã Dulce foi a cura repentina e sem explicação médica de Claudia Cristina do Santos. Esta teve forte hemorragia, por 18 horas, após dar à luz a um filho. Passou por três cirurgia, até que o médico disse à família que só "uma ajuda divina" poderia salva-la.
Chamado a dar a extrema unção, o padre José Almi fez uma corrente de oração, pedindo a ajuda da Irmã Dulce, e a hemorragia parou. Dez peritos médicos brasileiros e seis italianos disseram não haver explicação científica para tal caso. A Igreja reconheceu o milagre em 2010.
Filha do dentista/professor universitário, em Salvador, Augusto Lopes Pontes, ela adotou o nome Dulce em homenagem à mãe que só tivera por 7 temporadas. 
Folheto distribuído no hospital da Irmã Dulce
 Aos 13 de idade, a Maria Rita começou a levar pessoas necessitadas para a sua casa, no bairro de Nazaré, em Salvador, o que o povo passou a chamar por "Portaria de São Francisco". Em 1933, formou-se professora e entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. A seguir foi designada mestra em um colégio religioso em Salvador.
O seu trabalho assistencial aos pobres começou, em 1935,  pela favela de Alagados, onde vivia-se em palafitas, e pelo bairro operário de Itapagipe, ambos em Salvador. Em 1937, ela criou o Círculo Operário da Bahia e, tempos depois, escola  para operários e filhos.
Decepcionadas com as autoridades baianas, que mantinham prisões em condições desumanas, a religiosa passou a visitar prisioneiros e criou um serviço de alimentação barato, na décda-1950. Para ela, era pouco. Certa vez, usou o galinheiro do Convento Santo Antônio, onde vivia, para abrigar 70 pessoas com problemas de saúde.
Com Madre Teresa de Calcutá. Duas santas.
 Reprodução Jornal de Brasília
A Irmã Dulce invadiu, também, imóveis desocupados, para o mesmo fim, e teve problemas com a polícia. Mas nunca parou de fazer trabalhos caridosos, o que valeu-lhe apresentação ao papa João Paulo II, em 19890, em sua visita ao Brasil. Em 1992, quando tinha graves problemas respiratórios, recebeu uma segundas visita papal. O hospital que ela criou, na década-1950, recebe, atualmente, cerca de 3,5 milhões de pacientes anuais.
Embora não seja brasileira, a Santa Paulina é considerada a nossa primeira santa. Ela nasceu na Itália e veio criancinha para cá. Já tivemos, também, canonizados o Frei Galvão, de Guaratinguetá-SP, e o Padre Anchieta, espanhol nascido nas Ilhas Canárias, mas tendo passado a maior parte de sua vida por aqui. Em 2018, o Papa Francisco canonizou 30 mártires  perseguidos por protestantes holandeses no Rio Grande do Norte, no século 17.

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