Vasco

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terça-feira, 13 de agosto de 2019

MEXERICOS DAS KIKINHA - FILOSOFAL

Logotipo da Kika pintado por Solange Aparecida
1 - Treinador campeão carioca-1952, comandando o barco do "Almira", o pernambucano Gentil Cardoso também foi marinheiro. Passou várias temporadas na gloriosa Armada nacional. Gentil era um filósofo do futebol e da vida. Certa vez, um repórter perguntou-lhe o que achava dos governos brasileiros. Respondeu que a complexidade geográfica gerava dificuldades e que se fosse ele o presidente do país fazia  reforma agrária e melhoraria os setores de higiene e educação. Gentil só nunca se livrou do preconceito de ter nascido negro. Dizia que só por isso não treinava a Seleção Brasileira. 

2 - Você já ouviu falar de Ariôni Ferreira Guedes? Mesmo registrado e batizado assim todos só lhe chamava por Tiba. Aos 19 de idade, foi campeão carioca pelo Vasco, participando de três refregas da campanha do bi estadual-1988. Sujeito muito espirituoso, Tiba não perdia a chance de caçoar com alguém. Antes de um dos jogos em que ele entrou durante aquela campanha comandada pelo treinador Sebastião Lazaroni, um repórter de rádio quis saber o que ele esperava do jogo. Como o tempo ameaçava chuva, respondeu: "Espero jogar com campo seco, se não chover, e com campo molhado, se chover". 
                         Cabra bom! Só não falou o que esperaria da refrega com tempo nublado.     

Orlando reproduzido de Manchete Esportiva
 Nº 137, de 28 de junho de 1958 
3 - Há poucos dias, fui levada, pelo Tio Guga, à casa de um amigo dele, dono de uma imensa coleção de livros e revistas esportivas. O cara tem coisas dos inícios do Século 20. Mas parei foi em uma edição da década-1950, com uma novelinha sobre o namoro e casamento do zagueiro vascaíno Orlando Peçanha de Carvalho, com a lindíssima Marlene. Aliás, o zagueirão tornou-se um dos maiores exemplos de amor ao Vasco da Gama, no qual chegou juvenil. No auge da forma, transferiu-se para o argentino Boca Juniors. Depois, esteve o Santos de Pelé, mas fez questão de encerar a carreira em São Januário, em 1969. Também, esteve sendo treinador  no clube que o ajudou a chegar á Seleção Brasileira e a ser campeão mundial na Suécia-1958. Valeu, Orlando!   

3 - Sabará ouvia o photógrafo Gervásio Batista contar sobre uma reportagem que ele fora fazer, com o repórter Ney Bianchi, da revista carioca Manchete, com Maria Cristina Ferrari, uma das pouquíssimas mulheres que disputavam corridas de turfe por este planeta, pela década-1960. Uma das campeãs da Temporada de Outono, da Federação Hípica Metropolitana, na pista da Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro, a moça, segundo Gervásio, elogiou muito mais o seu cavalo, chamado Dólar, do que às suas virtudes. Ao que Sabará comentou: "Se o cavalo dela chamasse  Cruzeiro (a moeda brasileira da época), aposto que ela, até hoje, estava  xingando o pangaré". 
            Coitadinha da nossa antiga moeda: desvalorizada até nas patas do cavalo.    

5 - Mais uma contada por Gervásio Batista: ele havia levado para São Januário a edição da revista Manchete contendo a nomeação do presidente do São Paulo FC e vice-governador estadual, Laudo Natel, para governador, substituindo Adhemar de Barros, cassado pelos militares que assumiram o poder no país, em 1964. Sabará ficara embasbacado ao ouvir que um governador fora cassado. E indagado: "Cassado cm rifle, carabina, ou no laço?"
 K pra nóiz: só pode ser sacanaem do Gervásio, né? Nem o Mané Garrincha chegaria a tanto, certo?     


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