Vasco

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - CANECO CHILENO

A torcida cruzmaltina comemorando 64 temporadas em que a rapaziada conquistou o primeiro Campeonato Sul- Americano de Clubes Campeões de Futebol. Aconteceu em 14 de março de 1948, no Chile.
 O torneio foi organizado pelo Club Social y Deportivo Colo-Colo e além dele, o campeão chileno-1947, e o Vasco da Gama, teve -  Club Atlético River Plate, campeão argentino-1947. Club Nacional de Football, campeão uruguaio-1947. Club Sport Emelec, campeão equatoriano-1946 (não rolou o campeonato nacional-1947, devido o  Sul-Americano de Seleções, no Equador). Club Deportivo Litoral, o campeão da capital boliviana La Paz-1947 e o Club Centro Deportivo Municipal, vice-campeão peruano-1947.
O Vasco foi convidado como campeão Carioca-1947 (invicto, bem como em 1945), pois o Rio de Janerio era a maior vitrine do futebol brasileiro. Além do mais, entre 1945 a 1953, foi a mais poderosa equipe brasileira, e uma das principais do planeta. Era a base das seleções cariocas e brasileiras.

CHAMADO POR  Expresso da Vitoria, por ser quase imbatível, o Vasco recebeu o convite dos chilenos em 18 de dezembro de 1947, passados apenas 11 dias do titulo estadual, com duas rodadas de antecipação. Por sinal, lembra o pesquisador Walmer Peres Santana que o convite foi levado aos cruzmaltinos pelo flamenguista presidente do maior rival, Dario de Melo Pinto, que representava o Colo-Colo no Rio de Janeiro. Prontamente, o seu colega vascaíno, Cyro Aranha, o aceitou.
Arte criada por Marcelo Azalim e e reproduzida do Centro de Memória do Club de Regatas Vasco da Gama Gama - Agradecimento
Ainda segundo Walmer Santana, a equipe cruzmaltins viajou em 7 de fevereiro de 1948,  pela manhã de um sábado, embarcando no aeroporto do Galeão, em um modelo Clipper quadrimotor DC-4 da Pan American World Airways, levando 17 jogadores e deixando o titular Chico Aramburo, devido problemas com o seu passaporte, o que o obrigou embarcar no domingo.
Foi esta a turma que embarcou no avião que levou o Vasco ao Chile: Subchefe (delegado): Major Octavio Póvoa. Médico: Almicar Giffoni. Treinador: Flávio Costa. Massagista: Mário Américo. Cozinheiro: Laudelino de Oliveira. Árbitro: Alberto da Gama Malcher. Locutores: Luiz Mendes (Rádio Globo), Oduvaldo Cozzi (Rádio Mayrink Veiga). Jornalistas: Hélio Fernandes (O Cruzeiro). Ricardo Serran: (O Globo). José Araújo (Diário da Noite). Paulo Medeiros (Diário Carioca). Convidada: Maria Gomes de Almeida
Atletas: Ademir Marques de Menezes, Albino Friaça Cardoso, Augusto da Costa, Danilo Faria Alvim, Dimas da Silva, Djalma Bezerra dos Santos, Ely do Amparo, Fausto Barcheta, Ismael Caetano, Jorge Dias Sacramento, Manoel Marino Alves (Maneca),  Manuel Pessanha (Lelé), Moacir Rodrigues da Silva, Moacyr Barbosa, Nestor Alves da Silva, Ramón Roque Rafagnelli e Wilson Francisco Alves.
Em Santiago, conforme pesquisou Walmer Santana, a delegação vascaína ficou dividida na sua hospedagem. Os 17 atletas e o técnico Flávio Costa hospedaram-se na Hostería Los Maitenes, uma pousada distante 40 minutos do centro de Santiago, enquanto os jornalistas e os dirigentes vascaínos ficaram no Hotel Savoy, centro da capital chilena.

O  PESQUISADOR Gustavo Cortes informa que o Vasco estreou em um sábado (14 de fevereiro), rolando a bola a partir das 20h locais (21h no Rio de Janeiro), diante de mais de 34 mil pessoas,  no Estádio Nacional, e mandando 2 x 1 Litoral-BOL, com dois gols de Lelé, aos 8 minutos da etapa inicial e aos 23 da final, tendo o time sido formando por: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e Chico - Bola fora: Ismael fopi expulso de campo aos 33 do 2º tempo. 
No segundo jogo, a rapaziada pegou o uruguaio Nacional, de Montevidéu, e sapecou 4 x 1, com Ademir brindo a conta, aos 11 minutos Ademir. O primeiro tempo ficou no 1 x 1, com todos no estádio reclamando a anulacao, pelo árbitro Higino Madrid, de um tento legal por Friaça, de falta aos 42 minutos, quando a bola bateu na baliza e quicou dentro do gol.
Na etapa complementar, Ademir sofreu uma fratura em umdos joelhos e não jogou mais durante a competição, abrindo vaga para Ismael. No rola a bola, Maneca fez 2 x 1, Danilo o  terceiro e Friaça fechou a conta, em 4 x 1. O prélio foi em 18 de fevereiro, uma quarta-feira, com bola rolando a partir das 22h locais e 23h no RJ, no Estádio Nacional, diante de 45.000 pagantes. O vasco alinhou: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir (Ismael) e Chico.
Na terceira apresentação, a mocada fez 4 x 0 Municipal-PER,  sob as vistas de 29 mil pagantes, sempre no Estádio Nacional. No primeiro tempo, Lelé abriu o placar, para  Friaça(2) e Ismael completarem o cstigo na etapa final, em: 25 de fevereiro, uma quarata-feira, a partir das 22h locais. O Vasco usou. Barbosa (Barcheta), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico.
A quarta partida foi Vasco 1 X 0 Emelec-EQU, tendo Gustavo Cortes informado que rolou em  29 de fevereiro, porque, no dia 28, havia chovido muito. Assim, era primeira vez em que o clube jogava no bissexto 29 `fevereirense`. O placar magro deveu-se a forte retranca equatoriana, especula o pesquisador Mauro Prais, cujo site anota Ismael como autor do gol do jogo. Prais informa ainda que a partida teve 38 mil pagantes. De sua parte, Walmer Santana anota que rolou em domingo, com inicio as 14h30 locais, e o Vasco tendo sido: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico (Nestor).

Maneca, reproduzido de
 www.crvascodagama.com.br,
 fez dois gols sobre o boliviano Litoral
VASCO 1 X 1 COLO-COLO foi o quinto pega, deixando a rapaziada a um ponto da conquista. Neste encontro, o dono ca das adiu na frente,  tendo a ` Turma da Colina` empatado, aos 22 minutos do segundo tempo, com uma cabecada por Friaça.
Jogado no domingo 7 de março, a partir das 16h30 locais, diante de 37 mil pagantes, o Vasco apresentou: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé, depois Maneca), Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
Finalmente, o Vasco teria por desafio o argentino River Plate, chamado por  “La Máquina” e que era um dos mais fortes do mundo e era favoritismo. Até então, nenhum time ` `brasuca` havia conquistado um título internacional oficial no exterior.
O árbitro uruguaio Nobel Valentine anulou um gol legítimo de Chico, que expulsou de campo, aos 30 minutos do segundo tempo, e marcou um pênalti contra o Vasco e que Barbosa defendeu. Aquele 14 de março de 1948 foi um domingo e o Estádio Nacional de Santiago recebeu 52 pagantes e cerca de 70 mil presentes para a final que começou  as 18h locais e 19h no Rio de Janeiro. O Vasco papou esta ficando no 0 x 0 e jogando com: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico, que foi expulso de campo, aos 39 mintos do segundo tempo. O River Plate tinha: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Losteau, dirigidos por José Maria Minela.
A conquistada TAÇA AMÉRICA DEL SUR", representando um condor-dos-andes, em bronze, foi doado pelo presidente chileno, Gabriel Gonzales Videla, e entrege pelo seu colega argentino Juan Domingos Peron. De acordo com o carioca `Jornal dos Sports`, cerca de 200 mil pessoas receberam e aplaudiram o time do Vasco da Gama em sua volta ao Rio de Janeiro, no dia 17 de  março de 1948.


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