Foi em 13 de abril de 1954, em Duque de Caxias-RJ, que estreou no planeta o maior ídolo da torcida vascaína, Carlos Roberto de Oliveira, o Roberto Dinamite. Filho de Seu Maia e de Dona Neuza, o goleador foi criado no bairro de São Bento, onde a principal atividade dos meninos era jogar futebol. Roberto foi, tambem, presidente do Club de Regatas Vasco das Gama (2008), pelo qual jogou 1.022 vezes – 768 oficiais e 254 amistosas –, deixando 754 bolas nas redes dos adversários.
Nascido às 4h25, Roberto tinha o apelido de Calu, na infância, aos 12 anos de idade, já era individualista, fominha, titular e artilheiro do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento. Medindo 1,87m de altura, defendeu o Vasco por três oportunidades: de 1970 a 1979; de 1980 a 1988 e de 1990 a 1992. Quando esteve fora de São Januário, passou por Barcelona-ESP, em 1981; Portuguesa de Desportos-SP, entre 1989 a 1990, e Campo Grande-RJ, em 1991.
Pela “Turma da Colina”, Roberto obteve marcas relevantes, como – em setembro de 1979 –, a começar pela quebra do recorde vascaíno dos 271 gols marcados por Ademir Menezes. Pela Federação Internacional de História e Estatística de Futebol, ele tem 470 gols em campeonatos nacionais de primeira divisão, perdendo só para Pelé, Josef Bican (antiga Tcheco-Eslováquia), Puskas (Hungria) e Romário. Seu último gol cruzmaltino saiu em São Januário, em 26 de outubro de 1992, contra o Goytacaz.
O DEDO DA GLÓRIA – Foi o técnico Oto Glória, em 1979, quem fez Roberto explodir, de vez. Ensinou-lhe ter mobilidade, sair da área para distribuir passes e tabelar. Em 20 dos seus 22 anos vascaínos, o “Dinamite”, sempre, usou a camisa 10. Em 1989, separou-se, pela primeira vez, do Vasco, para passar seis meses na Portuguesa de Desportos, pela qual disputou o Brasileiro, marcando 11 gols, em 9 jogos, dirigido por Antônio Lopes.
Roberto atingiu a média de 36 gols por temporada, sendo a de 1981 a sua melhor, com 62, superando o recorde do flamenguista Zico, que somava 45. Em 1991, jogou pelo pequeno Campo Grande, que ficou em quinto lugar no Estadual-RJ, chegando a liderá-lo, no segundo turno.
DINAMITE – O apelido que o consagrou surgiu por causa de um “foguete” disparado contra o Internacional, na noite de 25 de novembro de 1971, pelo primeiro Campeonato Brasileiro. Ela havia deixado 10 bolas no filó durante o Campeonato Carioca de Juvenis de 1970 e mais 13 em 1971. Vinha treinando bem e chamado a atenção do repórter Eliomário Valente, do “Jornal dos Sports”, que começou a pensar em algo para promovê-lo.
Lançado pelo técnico Admildo Chirol, no segundo tempo do jogo contra o Bahia, na partida seguinte, diante do Atlético-MG, ele não esteve bem. Voltou ao banco dos reservas e a entrar no segundo tempo, para pear o Inter. Foi então que livrou-se de qutro adversários e bateu, de fora da área, marcando o golaço que valeu-lhe a manchete: “Explode o Garoto Dinamite” – feita por Aparício Pires, baseado em um telefonema do colega Eliomário.
DO OUTO LADO - Houve um dia, em que Roberto teve de enfrentar o Vasco. Foi em 21 de outubro de 1989, quando esteve emprestado à Portuguesa de Desportos. O jogo terminou 0 X 0 , no Estádio Palestra Itália, em São Paulo, apitado por José Assis Aragão e assistido por 7.502 pagantes. O Vasco contra Roberto foi: Acácio; Ayupe, Sidney, Leonardo Siqueira, Cássio, Zé do Carmo, Andrade, Boiadeiro, William, Ânderson (Vivinho) e Tato. O técnico era Nelsinho Rosa. A Lusa, com o Dinamite, teve: Sidmar; Zanata, Eduardo, Henrique, Lira, Capitão, Márcio Araújo, Biro-Biro, Toninho, Jorginho e Roberto Dinamite. Técnico: Antônio Lopes.
CANARINHO: Roberto foi astro, também, da Seleção Brasileira (foto/Placar Nº 319 de 21.05.1976). Pelo time da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), ele disputou 47 jogos, com 28 vitórias, 14 empates, 5 derrotas e 25 gols contra seleções nacionais – 38 jogos, 22 vitórias , 11 empates, 5 derrotas e 20 gols – e clubes ou combinados – 9 jogos, 6 vitórias, 3 empates e 5 gols. Pela Seleção Olímpica, foram 5 jogos, 1 vitória, 2 empates, 2 derrotas e 1 gol. Na Copa do Mundo-1978, disputou 5 jogos, com 4 vitórias, 1 empate e 3 gols. Na de 1982, foi reserva e não atuou. Seus títulos pela Seleção foram: Copa Rio Branco-1976; Taça do Atlântico-1976; Taça Oswaldo Cruz-1976 e Torneio Bicentenário de Independência dos Estados Unidos-1976.
A primeira convocação foi em 1975, por Osvaldo Bandão – Roberto jogou a Copa do Mundo de 1978 – o técnico já era Cláudio Coutinho. Em 1982, foi reserva, sem jogar, quando o treinador era Telê Santana.
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