Impressionante! A quantidade de fofocas publicadas pelas revistas antigas sobre o Vasco dá a entender que a Rua General Almério Moura era aquela tradicional cerca de quintal de interior, onde as comadres se reuniam para falar mal de todo o povo da cidade.
Um perfeito exemplo disso foi o rolo da contratação do ex-lateral-direito Paulinho de Almeida, como treinador, para a temporada de 1968.
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Paulinho de Almeida |
Mas o que rolou? O presidente eleito, Reinaldo Reis, surpreendeu a todos e contratou Paulinho, durante reunião na casa do vice eleito, Agatirno da Silva Gomes, em 20 de dezembro daquele “meia-sete”. Tocou o reu!
Um dos “cardeais” vascaínos, Alah Batista, não gostou e rolaram agitações da galera. Inclusive, com a chefe da torcida, Dulce Rosalina, indo para a frente do Edifício Cineac, manifestar desagrado público. Pra completar, o presidente do Olaria, Norberto Alcântara, soltou os cachorros pra cima de Paulinho, que colocara o clube da Rua Bariri entre os oito primeiros da temporada carioca-67. Segundo ele, mesmo já acertado com a “Turma da Colina”, o treinador lhe prometera renovar contrato.

CHICO DOS FUXICOS -Líder invicto, absoluto, campeão imbatível
dos fuxicos, o Vasco não conseguia uma trégua com a paz, antigamente. Vamos
para 1958, a temporada em que ganhou tudo o que disputou. Pelo Nº 122
de Manchete Esportiva, que circulou a partir
do dia 22 de março, o
ex-“scratchman” e então “chofer-de-praça” (no Rio de Janeiro), Francisco Aramburo desceu a
pancada no seu ex-treinador Flávio Costa.
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Barbosa, Haroldo, Augusto, Ely, Danilo, Jorge (em pé), Sabará, Alfredinho, Ademir, Ipojucan e Chico |
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Chico foi motoristas de praça após pendurar as chuteiras |
Atleta cruzmaltino desde 1942, Chico ficou em São Januário por 12 temporadas. Foi campeão carioca em 1945/1947/1950/1952 e campeão sul-americano, em 1948. Ele é o 12º artilheiro da história do Vasco, com 127 gols. Da sua turma de 1952, só o centroavante Ademir Menezes e o goleiro Barbosa continuaram após ele parar. Ademir foi até 1956 e Barbosa até 1961, levando-se em conta que o desgaste físico do arqueiro é menor. “Se não fosse a injustiça sofrida em 1952, ainda estaria em evidência, em 1958”, afirmou Chico.
COMENTÁRIO DO “KIKE” - Em 1958, Chico estava
com 38 anos. Seguramente, não barraria Pinga na ponta-esquerda vascaína. E nem outros
concorrentes da sua posição, como Zagallo, do Botafogo; Escurinho, do
Fluminense; Pepe, do Santos, e Canhoteiro, do São Paulo. Se Flávio Costa não gostava
dele, porque o teve como titular do “Expresso da Vitória” que pilotou? E porque
o convocou para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1950? Só
há uma resposta: Vasco, campeão de fuxico.
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