Vasco

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

MEMÓRIA DA PUBLICI &SPORT-29

A chamada desta peça publicitária é inteligente, em cima. Afinal, usa-se um pente onde? Além de, na época em que circulava, a frase tivesse o significado positivo de colocar a cuca pra funcionar legal. No caso aqui mostrado, a compra seria algo merecedor de sabedoria ao escolher um produto.
Rolavam as décadas-1960/1970, quando indústrias de pentes tinham cacife financeiro para se divulgarem, nacionalmente. Esta atingiu grande parte do território nacional, usando o nome do clube de futebol dono da maior torcida "brasca". Se bem que a grafia não é exclusiva da agremiação esportiva, mas, também, de um povo representante de um dos dois principais  grupos étnicos da Bélgica   e de um bairro da cidade do Rio de Janeiro. Mas, no fundo, no fundo, o homenageado deve ter sido mesmo o time rubro-negro carioca, que desperta paixões irrefreáveis. 
DETALHE: se esta propaganda, como você vê, com bonecos em negritos, fosse divulgada assim, hoje, o fabricante, certamente, teria problemas nesses tempos patrulhados por usuários de redes sociais.
Com certeza, seria classificado por RACISTA, pois a torcida flamenguistas foi apelidada, pela galera dos adversários, por URUBU, querendo dizer que só tinha preto.
Um comprovante de que isso ocorreria é um anúncio de papel higiênico negro, estrelado pela atriz global Marina Ruy Barbosa, para uma marca que fez a campanha usando um slogan  - Black is Beatiful - usado por militantes negros norte-americanos da década-1960.
Fazia parceria com as cabeleiras "black power",  grandes e assanhadas. 
A campanha foi muito criticada  e desencadeou o protesto de milhares de internautas que viram nela  "um dos mais graves ataques racistas praticados pela publicidade brasileira", tendo em vista a destinação do papel higiênico. Marina, o  fabricante e a agência de publicitária criadora da campanha do produto pediram desculpas aos que sentiam-se ofendidos.
FOTOS: DIVULGAÇÃO          

MUSAS DA COLNA - YANKA & FABIANA

 Yanka Britto, subindo, cada vez mais alto, nas regatas nacionais e internacionais, é a herdeira das glórias da aposentada Fabiana Beltrame.
Já é considerada uma das melhores remadoras brasileiras na categoria "pesado".
No último Campeonato Brasileiro de Remo, Yanka colocou medalha de ouro no peito. Também,  conquistou até o Campeonato Argentino-2016 da sua modalidade já citadas, na cidade de Tigre.

Vasco da Gama already has a new muse for the oar, after the end of Fabiana Beltrame's career. This is Yanka Britto, who has been climbing higher and higher in national and international races. Including, she has already been considered the best Brazilian rower in the "heavy" category.
In the last Brazilian Rowing Championship, the revelation Yanka put another one in the chest.
Last weekend, she conquered the Argentine Championship of the sport, in the city of Tigre.

2 - Fabiana Beltrame foi vascaína, entre 2005 e 2009, deixou de ser e voltou à Colina em 2015. Em seu retorno, ela declarou ao site oficial do "Almirante" – www.crvascodagama.com.br:
"Volto a remar pelo Vasco, porque tenho um carinho especial pelo clube e por todas as pessoas envolvidas nesse processo. Eu dou muito valor a isso. O presidente Eurico Miranda sempre gostou de remo, ele sempre vai às regatas, sabe o nome de todos os remadores".
 A atleta estava de olho nos Jogos Olímpicos-2016, no Rio de Janeiro, quando voltou a ser uma cruzmaltina e avisou. "Farei as minhas últimas competições em alto nível, levando o nome do Vasco para o lugar mais alto do pódio nas competições internacionais". (Foto  reproduzidos do site oficial do Vasco). Agradecimento.

Fabiana Beltrame was Basque, between 2005 and 2009, left to be and returned to the Hill in 2015. On her return, she declared to the official site of the "Admiral" - www.crvascodagama.com.br:
"I'm going back to paddling for Vasco, because I have a special affection for the club and for all the people involved in this process, I value it very much." President Eurico Miranda always liked rowing, he always goes to regattas, he knows everyone's name The rowers ".
  The athlete was watching the Olympics-2016 in Rio de Janeiro, when she returned to being a cruzmaltina and warned. "I will do my last competitions in high level, taking the name of Vasco, God willing, to the highest place of the podium in international competitions." (Photo reproduced from the official website of Vasco). Thanks

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

MEMÓRIA DA PUBLICI & SPORT -28

Muito provavelmente, esta é a única peça publicitária usando o chamado, antigamente, JOGO DE BOTÃO. Como era brincadeira de garoto, a marca de produto alimentício buscou  a modalidade para ilustrar um momento em que a criança se diverte e come. Recado em cima.
Hoje, o velho passa-tempo virou FUTEBOL DE MESA, por motivos de valorização e de marketing. Já tem até federações e disputas internacionais.
Se, no passado, a garotadas entrava, sorrateiramente, no quarto do vovô, ia ao seu armário e roubava os botões dos seus velhos paletós, para montar os seus times, atualmente, eles são fabricados nos mais sofisticados materiais para irem à mesa de jogo - inicialmente, foram em  acrílico.
Vale ressaltar que, antes de colocar o time em campo, isto é, em cima de qualquer mesa de madeira, antes, a meninada mergulhava os botões em mercúrio, para dar-lhes uma tonalidade bonita. E raspavam, com as lâminas de barbear dos pais, a parte traseira gordinha, que chamavam de barriga do botão
Além do recado em cima da brincadeira do menino, a marca, ainda, tentava comprar a mamãe, oferecendo-lhe uma  embalagem para guardar os mais diversos itens de casa.
Anúncio da hora, isto é, daquela hora. Este circulou pela década-1960 e divulgou a marca por uma magazine de circulação nacional, a revista semanária carioca "Manchete".     

OS CARECAS DA COLINA

Vílson Tadei, o "sem telhado"
 Antigamente, era raro ver um jogador de futebol careca. Hoje, é moda. Em São Januário - primeirão não batia na Maricota, mas clicava quem chutava, o fotógrafo Homero Ferreira, que desde 1943 trabalhava para o “Almirante”.
  Conferindo as muitas fotos de times vascaínos, pela revistas antigas e atuais, só há dois atletas carecas: o ex-lateral-direito Augusto da Costa, da fase do “Expresso da Vitória”, entre metade da década-1940 e até 1952, e o meia-atacante Vílson Tadei, do time de 1983.  
No entanto, vale ressaltar que a pesquisa do 'Kike' sobre “os sem telhado” levou em conta só motivos capilarescos, pois há muitos jogadores carecas, ultimamente, por conta de moda.
 O vascaíno mais marcante da turma da onda foi Donizete “Pantera” que, pelo final da década-1990, “descapilava” a cuca à máquina zero. Depois, vieram os montes deles.
 
        Foto reproduzida da revista oficial do Vasco-1983 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS DA PUBLICI & SPORT-27

A marca sueca Gillette chegou ao Brasil, em 19.., e dominou o mercado de lâminas e aparelhos de barbear - também usado por mulheres para depilações de pernas e axilas. Colocou anúncios em jornais, revistas e no rádio, sendo que neste último entrou com força patrocinando noticiários esportivos,
 De quebra, a marca europeia convocou grandes nomes do futebol brasileiro para mandar o seu recado, casos de Ademir Menezes e de Jair Rosa Pinto, vice-campeões mundiais-1950. Pelos finais dos 40 e até metade dos 50, Ademir, defendendo o Vasco da Gama, tornou-se o maior goleador nacional e atingiu popularidade superior a de qualquer  brasileiro. Inclusive, maior do que a do presidente das república, como ficou constatado em uma pesquisa.
 Jair Rosa Pinto, revelado pelo pequeno Madureira, fez fama no mesmo Vasco da Gama e depois vestiu várias camisas de clubes grandes - Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo. A sua fama era muito mais pelos chutes fortíssimo. Tão fortes quanto ao impacto que a Gillette conseguiu provocar junto ao consumidor do mercado brasileiro.
 Outros craques de grande prestígio durante adécada-1950, como Nílton Santos (Botafogo), Pinheiro e Castilho (Fluminense), Rubens (Flamengo) e Pinga (Portuguesas de Desportos), foram fisgados, também, para as campanhas publicitárias desta marca.




domingo, 27 de janeiro de 2019

MEMÓRIA DA PUBLICI & SPORT-25


Qual homem não sogaria de estar passeando, curtindo as belezas da natureza e, de repente, caísse do Céu, dentro do seu carro, uma linda morena, brasileiríssima, moreníssima, usando bikini? Anúncio muito bem bolado, inteligente, criativíssimo, de uma marca dos antigos toca-fitas que tanto sucesso fizeram antes da chegada do CD. Durante a década-1970, casal de namorado ou paquerador que não tivesse um toca-fitas no carango, com certeza, estaria em desvantagem. As meninas não o perdoariam. Já o feliz criador desta peça publicitária foi buscar inspiração no pára-quedismo esportivo. Valeu!    

150 - DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS PRIMEIRA TELEMENINAS ESPORTIVAS

Maria Luiza, entrevistando Zagallo,. foi a
primeiríssima repórter global

  Desde 18 de outubro de 1950 que a primeira TV brasileira - Tupi-SP - estava no ar. Um mês depois, inaugurou-se a có-irmã do Rio de Janeiro. 
E  não demorou para o telejornalismo esportivo marcar presença na telinha: no 15 de outubro, Jorge Amaral narrou e Ari Silva comentou Palmeiras 2 x 0 São Paulo, direto do paulistano estádio do Pacaembu.
tre os cariocas, a primeira narração foi de Antônio Maria, em Vasco 2 x 1 América, no Maracanã e que deu o título estadual aos vascaínos.

  Como no rádio, o telejornalismo esportivo foi, de início, algo muito distante das mulheres. Só pelo final da década-1960 elas começaram a aparecer, representadas por Sheila Tardeli, participando das jornadas narradas por José Cunha, para a Tupi-RJ. Em 1969, quando a emissora lançou o progrma “Ataque & Defesa”, com Ruy Porto, ela, ainda, ajudava na produção.  
Monika Leitão parou e voltou à teleinha
  Em 1970, Marilene Dabus chegou no meio da rapaziada, como auxiliar de redação de Sérgio Cabral, para o programa “Jornal da Bola, da TV Continental-RJ. Em 1973, Miriam Delamare era tradutora de textos do primeiro grupo a fazer o “Esporte Espetacular”, da Globo. Em 1977, Rosemary Araújo, ex-atleta de vôlei, tornou-se a primeira apresentadora feminina de programas esportivos, em “Stadium”, da TV Educativa-RJ (atual TV Brasil), focando esportes olímpicos e paralímpicos.
 Vale ressaltar que “Stadium” está no ar desde aquela época, quando era diário. Depois, ficou semanal e, em 2016, novamente,  diário.  É o 12 mais na tigo da TV brasileira, entre os esportivos, tendo, na década- 1980, sido do SBT e da TV Gazeta.
 Nos passos de Rosemary, as próximas apresentadoras  da TV brasileira só vieram em 1983, no “Show do Esporte”, da TV Bandeirantes, com Sílvia Vinhas, Elis Marina, Sandra Annenberg e Simone Melo, entre outras, se revezando nas apresentações.   
 O primeiro grande lance das meninas da telinha, no entanto, já havia rolado desde 1978, quando Maria Luiza terminou o seu estágio na TV Globo e pediu ao diretor de jornalismo, Armando Nogueira, para ser repórter esportiva. Experimentada pelo editor  Hedyl Valle Júnior, foi aprovada e escalada para cobrir a Copa do Mundo-1978, na Argentina. 
Isabela Scalabrini já abandonou a reportagem esportiva
 Maria Luiza deu conta do recado, direitinho. E tornou-se objeto de admiração geral de jogadores – principalmente dos iranianos -,  jornalistas e povo argentino, que jamais vira  mulher fazendo aquilo. Entrevistada pela TV do país, distribuiu muitos autógrafos pelas ruas da cidade onde estava. 
A “Malu” abriu caminho para Monika Leitão, estagiária desde 1978, e Isabela Scalabrini. Esta, em 1979, também, após estagiar na Globo e passar seis meses apurado notícias, passou a fazer matérais para o “Globo Esporte”, de várias modalidades, exceto o futebol, assunto só para homens na emissora.
Enviada aos Jogos Pan-Americanos-1983, na Venezuela, Scalabrini mandou ver legal, até colocando matérias no “Jornal Nacional”, um dos principais programas da emissora. Garantiu passagem para cobrir os Jogos Olímpicos-1984, em Los Angeles-EUA, e em Seul-1988, nos Jogos da Coreia do Sul. Também, para a Copa do Mundo-1986, a segundo que o México promoveu.
Com a competência mostrada, ela foi enviada a vários Mundiais de vôlei e de basquete. Depois, esteve apresentadora do “Globo Esporte” e de “Esporte Espetacular”. Em 1992, trocou o esporte pela reportagem geral.
De sua parte, Monika Leitão, também, começou fazendo matérias para o “Globo Esporte”, quando o diretor da Divisão de Esportes era Ciro José e os editores Hedyl Valle Júnior, Michel Laurence e Luizinho Nascimento.

Rosemary Araújo foi a primeira apresentadora de "Stadium"
Por mostrar segurança nas entradas ao vivo em vários telejornais de 1980, Monika foi enviada  para ser a primeira mulher brasileira a cobrir  Jogos Olímpicos – os de Moscou. No mesmo 1980, esteve em Porto Rico, cobrindo o Pré-Olímpico de basquetebol, mas não se entusiasmou muito, pois, em 1981, casou-se e abandonou a carreira, para a qual voltou, em 1994, apresentando programa na TV Record-SP.
Monika voltou, também, à Globo, ficando por uma temporada como repórter, em São Paulo. Depois, transferiu-se para a Globo-RJ e, em 1996, passou a produtora de “Esporte Espetacular” e participante de coberturas de grandes eventos internacionais, como X-Games;  Volvo Ocean Reace – regata volta ao mundo – e Homeless World Cup.
Atualmente, temos mulheres reportando, comentando e até narrando, como ocorreu na recente Copa do Mundo da Rússia – grande jogada delas na latinha.


1 - As fotos de Monika Leitão e de Isabela Scalabrini foram reproduzidas de www.memória.globo.com, enquanto as de Maria Luiza e de Rosemary Araújo vieram do vascaíno Jorge Medeiros. Agradecimentos.
2 - Após 150 títulos, completados com o de hoje, esta coluna trocará de nome a partir do próximo dia 3 de fevereiro, passando a ser "O DOMINGO É UMA MULHER BONITA".    









sábado, 26 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS DA PUBLICI & SPORT-24


O VENENO DO ESCORPIÃO - TREMENDÃO EM SOLO COM RENATO E SEUS BLUE CAPS

Imagem marcante  do "Tremendão"
    Um dia, o garotão escutou “Rock around the clock” e adorou o som de Bill Hallei & Comets. Ficou sabendo tratar-se de um ritmo novo. Depois, ouviu o programa “Hora da Brodway”, na Rádio Metropolitana, e conheceu, também, o som de Elvis Presley, Chuck Berry, Fats Domino, Little Richard, The Coasters, Gene Vicent and his Blue Caps,  enfim, de toda a turma que fazia aquela nova onda musical. 
 Por aquele tempo, o carinha morava na Rua Matoso, na Tijuca, e, junto com os amigos Tim Maia, Jorge Bem (futuro Benjor) e Antônio Pedro (futuro fabricante de guitarras) formava um grupo que  incomodava bastante aos vizinhos, com o que era chamado “serenata do rock” e terminava, sempre, com o delegado policial tomando-lhes os violões.
 Apresentado por um amigo comum, certa vez, um carinha que cantava no “Clube do Rock”, programa de Carlos Imperial na TV Rio - ao meio-dia das terças-feiras - foi a sua casa pegar a letra de “Hound Dog”, sucesso de Elvis,  para cantar no pré-show de Bill Halley, no Maracanãzinho. E o convidou a aparecer lá na TV.
 Já desconfiou de quem se trata? Isso mesmo: de Erasmo Carlos, que tinha um violão e nem sabia tocar, quando Roberto pintou em sua morada e o afinou.
 Tempinho depois daquela visita, seu amigo Edson Trindade propôs-lhe formarem um grupo vocal. Topou e montaram The Snakes, contando, ainda, com Arlênio Lívio (futuro DJ da Rádio Nacional) e Zé Roberto, o China. Nenhum sabia tocar violão. Ensaiavam cantando o que o disco tocava. Mais um tempinho depois e eles passaram a acompanhar, nos vocais, o conjunto “Os Sputniks”, inicialmente, composto por Tim Maia, Roberto Carlos e Wellington.
Erasmo em pé, no centro, era o "crooner" dessa rapaziada 
 Por ali, Tim Maia ensinou a Erasmo os acordes básicos – lá maior, ré e mi – do que tocavam. 
A aventura, no entanto, durou até finais de 1959 e inícios de 1960, quando os Snakes fizeram suas últimas apresentações e gravaram quatro músicas carnavalescas. 
Depois (selo Mocambo) rolou um “ramake” do sucesso “Mustafá” e “Forever”, em versão de Paulo Murillo  - Roberto Carlos gravou, depois, mas com versão de Carlos Imperial.  
Ainda pela Mocambo, os Snakes gravaram um compacto duplo. Próximo passo, a gravadora CBS e um LP de twist. E fim de papo.
 Erasmo, então, foi cantar com Renato e Seus Blue Caps. O grupo havia ficado sem Ed Wilson, o Edinho, irmão de Renato e Paulo César Barros, deixando vago os cargos de “crooner” (como eram chamados os cantores de grupos musicais) e de violão-base. 
Erasmo já havia participado da gravação (selo Copacabana) do primeiro LP do grupo (Twist), inclusive aparecendo na foto da capa em que a turma usa terno xadrez. Ficou por uma temporada e meia membro do mais antigo conjunto roqueiro instrumental e vocal do país.  
 Com os Blue Caps, a voz de Eramo era solta por bailes em que ele cantava não só rocks, mas, também, boleros. Quando o grupo gravou o seu primeiro LP na CBS (Viva a Juventude), ele já não fazia mais parte da banda. Mesmo assim, conta “Menina Linda com a rapaziada - versão da beatlemaníaca de “I should have know better, de Lenn/McCartney -, a principal faixa do disco e que chegou ao topo das paradas de sucesso.
 Decidido a cantar sozinho, Erasmo, no entanto, foi rejeitado pela CBS, a RCA Victor e a Odeon, as principais gravadoras da época. Todas já tinham alguém do seu estilo. Então, bateu às portas da RGE, levando, por referência, o LP gravado com Renato e Seus Blue Caps. E arrumou emprego com o selo que  não tinha cantor de rock, beneficiado, também, por conhecer toda a galera roqueira e das emissoras de rádio.
 Erasmo deixou o grupo Renato e Seus Blue Caps, mas não a amizade por eles. Prova  a sua parceria (fez a letra) com Renato Barros (fez a música) ema “Beatlemania”, do seu segundo disco pela RGE.
O título da canção foi escolhido aquele porque, em seus tempos no grupo, com Renato e o irmão Paulo César, também fãs dos Beatles, eles passaram a vestirem-se com os quatro rapazes de Liverpool, usando terninhos com quatro botões. Também, calçando botinhas e cortando os cabelos do mesmo modo. Por sinal, é assim que o conjunto (sem Erasmo) aparece na capa do LP “Viva a Juventude”. Além disso, Erasmo e os Blue Caps passaram a seguir a linha dos ingleses quando eram indagados, em entrevistas coletivas, por algo fora do seu contexto musical. Devolviam respostas desconcertantes: “Teve revolução no Brasil, em 1964? Nem avisaram pra gente!” – coisas assim.

Erasmo fez, também,  fotonovela com Wanderléa
 A letra de “Beatlemania” tem um personagem preocupado com as gatinhas, que só queriam saber dos Beatles. É assim: “Vão pra lá/Procurarem sua turma lá/A mulherada daqui/É da gente/Vou acabar com a beatlemania/Que atacou o meu bem/É a ordem do dia/Cabelo comprido/Nunca foi prova de ser mau/Se eu não puder na mão/Eu brigo até de pau/Pode vir todos quatro/Que eu  não temo ninguém/Só não quero que fiquem alucinando meu bem/Tenham calma, amigos/A paz vai voltar/Pois com a beatlemania/Eu prometo acabar.
 Além desta canção, Erasmo e Renato e Seus Blue Caps estiveram juntos em muitas outras oportunidades, em estúdios de gravação. Vejamos: 1 - maio de 1964 – Jacaré e Terror dos Namorados, ambas da dupla Roberto/Erasmo, com participação do organista Lafayette (RGE 70.084); 2 - abril de 1965 – Festa de Arromba, de Roberto/Erasmo, e Sem Teu Carinho, de José Messias (RGE 70.140); 3 -  maio de 1965 – os Blue Caps, com Lafayette no órgão, gravaram com Erasmo para o LP “A Pescaria” – faixa 1 - , que teve regitros anteriores - Terror dos Namorados,  Beatlemania, Festa de Arromba e Sem Teu Carinho. Renato Barros comparece como autor de Gamadinho Por Você – faixa -12 -, que fecha o disco que teve, também, os Blue Caps na faixa 8 - Nos Tempos da Vovó –, a versão de Erasmo para (Ain´t She Sweet), de M.Ager/J.Yellen, lançado em compacto simples, com outra participação de Lafayette, em dezembro de 1965, juntamente com “A Pescaria”, em compacto simples (RGE 70.174) - as outras faixas são: Alguém Que Procuro (Francisco Lara); School Day (Chuck Berry, versão de Erasmo); Tom & Jerry ( Getúlio Cortes); Tra La La  e  Minha Fama de Mau, ambas de Roberto e Erasmo, sendo a última gravada com acompanhamento de The Jet Black´s. (RGE XRLP 5.278).
    Um outro detalhe da ligação de Erasmo com Renato e Seus Blue Caps foi a sua versão para “Splish Splash” - sucesso norte-americano de Bobby Darin – ter sido gravada com Roberto Carlos acompanhado pelo grupo. Fez tanto sucesso, que levou a gravadora CBS a tirar a rapaziada da Copacabana....
ATÉ O FIM - Renato e seus Blue Caps só gavou com Erasmo té o LP (de Erasmo) “A Pescaria”. Em discos de Renato e Seus Blue Caps e em suas gravações solo, Erasmo está  nestas músicas com a banda e os respectivos lançamentos:
Agosto de 1963 - Boogie do Bebê; Limbo Rock; Walk My Baby Back Home; Estrelinha (Little Star); Lobo Mau (The Wonderer); Comanche; Ford Bigode; What´d I Say; Relax; Stand Up (LP Twist/Blue Caps).
Este foi o último LP gravado por Renato e Seus Blue Caps com Erasmo
Maio de 1964: Jacaré e Terror dos Namorados (compacto simples/Erasmo).
Março de 1965 -  Negro Gato; Menna Linda (I shouls have know better); Tremedeira (Tremarella); Querida Gina; Sou feliz dançando com você (I´m happy just to dance with you); Gatinha Manhosa; Canto pra fingir (My whole world is falling down); Garota Malvada (I call your name); Os Costeletas; Fruit Cake; Loop the Loop e Vera Lúcia (LP Viva a Juventude/Blue Caps).
Aabril de 1965 – Festa de arromba e Sem seu carinho (compacot simples/Erasmo); maio de 1965 – A Pescaria; Beatlemania; Alguém que procuro; Sem teu carinho; Minha fama de mau; Tom & Jerry; No tempo da vovó (Ain´t she swett); Tra-la-la; Terror dos namorados; Dia de escola (School day) e Gamadinho por você (LP-A Pescaria/Erasmo).
Setembro de 1966 – O Picapau; Cuide dela direitinho; O Carango e a Pescaria (compacto duplo/Erasmo).
Julho de 1967 – O Caderninho; Eu  sonhei que tu estavas tão linda; Eu não me importo; A grande mágoa (compacto dupo/Erasmo).
Setembro de 1967 – Cara fei para mim é fome; O ajudente do Kaiser (I was a Kaiser Bill´s Batman); Neném, corta essa; Só sonho quando penso que você sente o que eu sinto; Larguem meu pé; Caramelo (Mellow Yellow); Saidinha e assanhad  quase perdi seu amor; Brotinho sem juízo; A garotinha da estação e Não me diga adeus (LP/Erasmo).
Além dessas gravações com Renato e Seus Blue Caps, houve, ainda, “Kathleen (Habib Twist), que teve lançamento cancelado.         

                                        

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS DA PUBLICI &SPORT -23

A publicidade dos calçados Motinha na Revista do Esporte (1959 a 1970) ultrapassou a barreira da normalidade. O bom relacionamento do proprietário com a direção da casa chegou a gerar uma verdadeira “coluna social” em uma das edições da semanária, na década-1960.
 Veja que a RE divulgou uma viagem do anunciante Francisco da Mota Pereira, com esposa e filha, fotografando-os no instante em que subiam a escada do avião. Contava ter ele recebido o abraço de despedida por parte de familiares e de “importantes industriais e comerciantes”, tendo ido à Europa observar as novidades do “mais alto padrão”, para incluí-las em suas linhas de produção no Brasil.
  Era normal revistas e jornais divulgarem fotos de visitas de clientes à redação, ao lado dos proprietários, bem como junto a políticos e de celebridades.
 O presidente da RevEsp, jornalista e escritor Anselmo Domingos, se promovia bastante, fazendo muitas “colunas sociais”, principalmente, em uma seção titulada por “Flagrantes”.           









quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS DA PUBLICI & SPORT - 22

Se tem o ditado dizendo que há imagens que dispensam legendas, estas é uma delas. O anunciante, do ramo de aplicações financeiras, usou Copa do Mundo-1970, no México, e mandou o seu recado dentro do clima da grande autoestima da galera da hora: um dos símbolos da conquista do tri, a comemoração de gol pelo "Rei Pelé". Inclusive, prestigiando o artista brasileiro, na criação do "reclame" - palavra tão simpática. Porque caiu de uso?
Esta peça foi publicada dentro de um encarte especial sobre o Mundial, publicado pela revista "Veja", de 27 de junho de 1970, com 24 páginas e chamou-se "Caderno da Copa". Como a formiguinha era o símbolo publicitário da marca, ela aproveitou para, também, fazer um mimo no Seu Zagallo, isto é, o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo, que ganhou o apelido  homônimo, por jogar trabalhando mais do que os demais, atacando e defendendo, desde a Copa-1958, na Suécia, quando ficou campeão mundial pela primeira vez - anúncio simples e dentro do "termômetro" 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

HISTÓRIAS DO KIKE - SÓ DENI VIU O QUE MAIS DE 133 MIL NÃO VIRAM NO MARACA

Repórter sempre em cima do lance, este reproduzido de https://denimenezes.com


 

Era a tarde do domingo 13 de junho de 1976. O Maracanã recebia 133.444 pagantes e Vasco da Gama x Flamengo decidia, em jogo extra, o turno do Campeonato Carioca, valendo a Taça Guanabara. As duas torcidas ainda faziam aquela costumeira feste de início de jogo, quando, aos 6 minutos, o árbitro gaúcho Agomar Martins marcou pênalti a favor dos vascaínos. Espantagem geral! Principalmente, para os speakers radiofônicos, que não haviam visto nada de anormal no último lance. Não se entendia como o Agomar, que estava pelo meio do gramado, em frente ao túnel de entrada/saída dos árbitros, poderia ter visto a infração.

 Mas alguém mais vira: o repórter Deni Menezes, da Rádio Nacional-RJ, que vira Agomar Martins vendo pelo chamado rabo de olho. Deni estava colocado em um ponto atrás da baliza rubro-negra onde não havia mais nenhum outro colega. Bem em frente ao local do crime. Na cabine da Rádio Nacional, o locutor Jorge Curi abria o berrão. Então, Deni Menezes, em cima do lance, o interrompeu, garantindo: “Foi pênalti, sim, Curi! Eu vi. O zagueiro (rubro-negro) Rondinelli acertou o Roberto Dinamite, dentro da área, com uma cotovelada, enquanto a bola estava parada”. Como era hábito da época o torcedor assistir ao jogo ouvindo-o pelo seu radinho à pilha, quem ouvia a Nacional fez mais festa, ainda, tendo o testemunho verdadeiro do repórter amazonense (de nascimento).          

Bola na marca do cal, Roberto Dinamite foi lá e encaçapou: Vasco da Gama 1 x 0. De sua parte, a torcida flamenguista não parava de gritar “ladrão, ladrão” para o baixinho – 1m60cm de altura – Agomar Martins, o menor (fisicamente) árbitro do futebol brasileiro – nas horas vagas, cantor de boleros, bolerões em que alguém, sempre, chorava um chifre levado de uma ingrata. E garantia que, se gravasse um disco, subiria ao topo das paradas de sucesso. Ainda bem que não gravou.     

Voltemos ao palco verdejante do Maraca. O Almirante virou a primeira etapa com a vantagem “penaltizada” no placar. Aos 22 do segundo tempo, Geraldo Assoviador  empatou e levou a decisão para as cobranças de “tiros livres diretos”, como fazia questão de falar o melhor árbitro brazuca, Armando Rosa Nunes Castanheira Marques. Rolou, então, a “sessão desempate”, que chegou aos 3 x 3. Por ali, o goleio vascaíno Mazzaropi defendeu cobrança por Zico. O Vasco passou a frente (4 x 3), Mazzaropi defendeu mais uma batida, por Geraldo, e o lateral-esquerdo Luís Augusto escreveu placar final Vasco 5 x  4 Flamengo.

O treinador Paulo Emílio Frossard, mais do que emocionado, abraçou: Mazzaropi, Gaúcho, Abel, Renê e Marco Antônio; Zé Mario, Zanatta (Luis Augusto) e Luís Carlos “Tatu” Lemos; Luis Fumanchu, Dé Aranha (Jair Pereira) e Roberto Dinamite. O Flamengo, treinado por Carlos Froner, teve: Cantarelli; Toninho Baiano, Rondinelli, Jaime (Dequinha) e Júnior; Tadeu, Geraldo e Zico; Caio (Edu Antunes), Luizinho Lemos e

Zé Roberto.

 DETALHE: Agomar Martins, além de craque no rabo de olho e na cantoria de bolerões – durante festinhas de amigos e quando churrascarias o convidavam a subir ao palco - tinha em seu currículo mais um grande feito: em 6 de abril de 1969, apitara Internacional 2 x 1 Benfica-POR, inaugurando o estádio Beira-Rio, do clube colorado da capital gaúcha. Mas o que ele considerava mesmo a sua maior brabeza gauchesca era ter expulso Pelé do gamado do Parque Antártica (o demolido estádio paulistano do Palmeiras), durante Santos 3 x 1 Grêmio Porto-Alegrense, pelo Campeonato Brasileiro, em 27 de novembro de 1968. Já no caso da apitagem de jogo cruzmaltino, Agomar levou o Vasco da Gama ao seu primeiro título encaminhado no rabo de olho – único e ineditíssimo!

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

MEMÓRIA DA PUBLICI & SPORT-21

Aqui está uma peça rara na publicidade que se divulga pelo esporte. Dificilmente, se encontram anúncios, "folderes", painéis, "out doors" com desportista vendendo jóias. Até relógios entram nessa. 
No caso das duas imagens aqui publicadas, o anunciante de pulseiras - "premiadas com a medalha de ouro da Academia de Modas, pelo seu estilo e beleza" - escolheu um dos esportes sendo de elite, a esgrima, para mandar o seu recado ao seleto público com melhor conta bancária.

Here is a rare piece in the publicity that is spread by the sport. Hardly, there are ads, "folders", panels, "out doors" with sportsman selling jewelry. Even watches come in.

In the case of the two images published here, the advertiser of bracelets - "awarded the gold medal of the Academy of Fashions, for its style and beauty" - chose one of the sports being elite, the fencing, to send your message to the select with a better bank account

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS DA PUBLICI & SPORT - 20

Recado da indústria alimentícia. Esporte requer energia e o produto que promete isso vai em cima do lance, pelo menos, no desenho do anúncio. Mas um anúncio voltado para a classe média das capitais e cidades grandes. 
Conforme você lê, o recado fala de mel de milho. Confere? Então! O mel natural vem das abelhas e é benéfico à saúde humana. Marca industrial para elaborar produto assim mexe com a glicose do açúcar + produtos químicos, tipos conservantes.
Donas de casa os utilizem muito, em receitas culinárias, preparadas sem o mel de abelha, fazendo de conta que foram, já que há o produto industrializado de montão nas prateleiras dos supermercados. A consistência entre as duas vertentes é diferenciada, explicou ao “Kike” o nutricionista Pedro Bria Hernandes.   

domingo, 20 de janeiro de 2019

MEMÓRIA DA PUBLICI & SPORT-19

 Se é em épocas de Copa do Mundo que o mercado de televisores cresce, ora bolas, então, é a horinha certas de bater na rede, sacudir o filó e contabilizar no caixa. Não importa o tempo, é Copa, é pra sair pro abraço.
 Mas como tem anunciante apressadinho, hem! Verdade. Na década-1960, quando a galera esperava, ansiosamente, pelo tri, eis que uma marcas multinacional de combustível se adiantou e posou como dona do caneco. Que pena! Propaganda pé frio. Mas valeu pela força à rapaziada de Seu Vicente Feola, que convocou quatro times e não conseguiu armar nenhum.
 Antes daquela bola fora, teve marca de biscoito que alimentou legal a expectativa da galera, na décadas-1950. E se deu bem. Depois de tanto tentar, a moçada trouxe taça e faixa. De quebra, rolou um carnavalzinho. Tinha de rolar, convenhamos, ou não seria canarinho quem não caísse na folia bissexta.
Já década-1980, teve marca de TV que apostou em um lance camisa 10. Tudo ia bem, a danada da taça parecia que viria para mais um Carnaval trilegal. Houve até empresa aéreas que reservou poltrona na primeira classe ara sua majestade, a "gorduchinha". Valeu, também. Só esqueceram de combinar com um italiano, um tal de Paolo Rossi, que acabou com a festa "brasuca". Sem problema: a rapaziada saiu pra outras e, em 2022, para gáudio dos anunciantes, fez as pazes dom a "Miss Copa".
    

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - MAYA GABEIRA NA CRISTA DAS ONDAS

Uma carioca que sobe na prancha e deixa as ondas lhe carregar... 
VALEU, MENINA!
 Uma carioca é a recordista mundial no surf de ondas longas. Dominou a maior delas, ilimitada para mulheres, em 18 de janeiro de 2018, e entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes.
 Primeira surfista a ganhar menção no mais sensacional registro dos feitos das “feras”, Maya domou onda de  68,72 pés (24,3 metros), do vale até a crista, na Praia do Norte, na portuguesa Nazaré.
 Até então, o recorde pertencia ao norte- americano Garrett McNamara, com   23.8 metros, no mesmo mar, em 2011. 
 Nã foi fácil par Maya chegar onde chegou. Em 2013, ela passou por um tremendo acidente (ler abaixo), tendo sido salva por técnicas de ressuscitação cardiopulmonar.
... para viver grandes emoções nas ondas mais altas...
Morando em Nazaré desde o segundo semestre de 2017, Maya vinha passando cinco meses na costa portuguesa. Ela ficou cerca de quatro horas na água, para conseguir o feito. E dividiu os méritos da marca com o companheiro Eric Ribiere.
- Eu estava super ansiosa, porque havia esperado pela onda gigante por toda a semana. Como eu não surfava desde o acidente, fiquei bem tensa. O dia estava super frio, foi uma luta e uma perseverança mais do Eric – disse Maya.
 Fila do jornalistas e ex-deputado federal Fernando Gabeira e da estilista Yamê Reis,  Maya nasceu no Rio de Janeiro, em 10 de abril de 1987, e começou a surfar, em 2003, aos 14 de idade, ensinada por uma escolinha da praia do Arpoador. Aos 15,  começou a competir e, aos 17, passou a morar no Havaí e aderiu ao surf nas ondas grandes.
Vencedora do Billabong XXL Global Big Wave Awards,  de 2007 a 2010, na categoria Melhor Performance Feminina, em 2008, ela tornou-se a primeira mulher a surfar no mar do Alasca, nos Estados Unidos. Em 2012, levou o seu quinto prêmio Billabong XXL Global Big Wave Awards.
...que os mares do planeta podem provocar.
Foi pelo final de outubro de 2013 que Maya se deu mal e foi resgatada inconsciente,  em Nazaré, por Carlos Burle que, montado em um ‘jet wsky’, a puxou até a praia. 
Levada para um hospital, em Leiria, com o tornozelo direito fraturado, devido aos solavancos provocados pela ondulação da água, Maya caiu após o terceiro choque violento das ondas contra o seu corpo. 
Ela tentou agarrar, por duas vezes, uma pranchinha presa ao ‘jet sky’ de Burle, que a colocara na onda, após ficar pouco mais de 10 segundos sobre a prancha, quando perdeu o equilíbrio e caiu no mar.
Foto acima reproduzida de www.powerlight; à direita de ww.noticiaaominuto; à esquerda de www.igesporte; abaixo de wwwrecord e video by Nuno Dias/Record/Holder compartilhado de Youtube. Agradecimento do "Kike", que não e comercial, mas, totalmente, dedicado à história do esporte.  

sábado, 19 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS DA PUBLICI & SPORT -18


 Campeão mundial-1958 – foi bi, em 1962 -, o goleiro e bonitão Gilmar não poderia deixar de ser procurado pelos anunciantes. 
Pouco depois do Mundial da Suécia, uma empresa fabricante de camisa o chamou para dar-lhe uma ajudinha no vestir bonito da rapaziada.
 Por aquele tempo, os criadores das agências publicitárias já usavam palavras em inglês, como “Sportliner”, para impressionar os consumidores, o "camisa 1" do Corinthians e dos selecionados paulista e brasileiro, garantia de que o tecido por ele promovido não desbotava e assentava no corpo, como uma luva.
 Dava pra colar? Claro! Quem não queria imitar um campeão do mundo?   
Gylmar dos Santos Neves tinha um “y” em sua grafia, mas a imprensa o trocou pelo “i”, com o qual ele foi escrito nos 104 jogos que disputou pelo escrete canarinho, entre os 8 x 1 Bolívia, de 3 de março de 1953, e os 2 x 1 Inglaterra, no 12 de junho de 1969, com 73 vitórias, 15 empates e 16 escorregadas (104 gols levados).
 Gilmar, quando bicampeão mundial, ajudou a vender, também, produto que deixava o consumidor mais elegante e com os olhos mais protegidos, conforme garantia a peça publicitária sobre “óculos de luxo, com lentes especiais de cristal, importadas da Tchecoeslováquia”. País, por sinal, que ele ajudou a vencer (3 x 1), durante a final da Copa do Mundo-1962, no Chile.    
 Neste anúncio, Gilmar pegou o embalo do sucesso de quem, igual a ele, desfrutava da idolatria nacional,  a cantora Celly Campello, eleita a primeira rainha da música jovem “brasuca”.
 Logo, com óculos tão bem recomendados, a galera poderia esperar esperar que um “Estúpido Cupido” pintaria pela frente, com certeza, quando estivesse pegando um “Banho de Lua” com a gata da hora. Confere?  







O VENENO DO ESCORPIÃO - PRESIDENTES (E DITADORES) QUE TINHAM MUITO GÁS

 VIZINHOS CUCARACHAS MUI AMIGOS
 Documentos tornados públicos pelo governo norte-americano revelam que o presidente e general boliviano Hugo Banzer chegou ao poder, em 1971, não só apoiado, politicamente, mas, também, financiado pelo pelo governo do presidente Richard Nixon.
 O informe conta que, no 8 de junho de 1971, assessores de Nixon discutiram a proposta,  da CIA-Agência Central de Inteligência (na tradução), de liberar US$ 140 mil dólares, para militares e políticos oposicionistas bolivianos derrubarem o presidente José Torres.
O golpe matou, pelos cálculos da imprensa internacional que cobriu o fato, pelo menos, uma centena pessoas. E instaurou na Bolívia um governos mais repressivos de sua história. Mais de 14 mil adversários foram presos, sem ordem judicial; mais de oito mil torturados e centenas assassinados, ou “desaparecidos”. 
O derrubado José Torres andou exilado por Peru, Chile e Argentina, e terminou sequestrado e assassinado em Buenos Aires, em 2 de junho de 1976, por agentes do "Plano Condor" - aliança político-militar entre - Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, com a CIA, pelas décadas-1970/1980. Criada para reprimir opositores das respectivas ditaduras nos países citados acima.
 Foi com o general Hugo Banzer que o Brasil fechou um dos seus principais contratos comerciais da época da ditadura dos seus generais-presidentes: a compra do gás natural da Bolívia, assinado pelo também general-ditador Ernesto Geisel, que esteve no Palácio do Planalto entre 1974 a 1979.
Geisel, na verdade, já negociava desde quando presidia a Petrobras e o Conselho Nacional do Petróleo, em 1972. Mas o que se negociou, até 1977, não se concretizou, de todo. Contribuiu, no entanto, para negociações entabuladas pela década-1980 e que provocaram, na década seguinte, o surgimento do gasoduto Bolívia-Brasil, o “Gasbol”.
  Foi na boliviana Cochabamba que Geisel assinou o Acordo de Cooperação e Complementação Industrial, prevendo a compra brasileira de quase 7 milhões de metros cúbicos diários de gás boliviano, por duas décadas, além do estabelecimento de um polo industrial na Bolívia. O acordo, no entanto, não saiu do papel. Voltou à mesa de negociações, em 1978, com o Brasil aumentando as sus compras diárias em mais 4 milhões de metros cúbicos, o que só veio a se concretizar pela década de 1980, com ele já fora do poder.
Na atual agenda Brasil-Bolívia o temas hidrocarbonetos é iten importante, não só por tratar-se de mero tema de abastecimento, mas por ser ponto de disputa por poder na região, com a vizinha Argentina.
Brasil e Bolívia se relacionam desde a formação dos dois Estados pós-independentes, levados, sobretudo, pelas suas grandes fronteiras territoriais. Desde muito cedo debatem a delimitação.
 Historicamente, os bolivianos tiveram sua história marcada por constantes influências brasileiras e argentinas, em vários temas, incluindo petróleo e gás. Marcou pontos para o Brasil o apoio aos bolivianos, ao final Guerra do Chaco (contra o Paraguai-1932/1935), posicionando-se contra a perda de território pelo vizinho andino. Mas não ficou de graça. Por ali, o Brasil manifestou o desejo de explorar o petróleo boliviano.
 Vem de 1938 os negócios Brasil-Bolívia sobre hidrocarbonetos. Época em que seus presidentes - Getúlio Vargas e Germán Bush - assinaram tratados sobre vinculação ferroviária entre Corumbá, em Mato Groso,  e Santa Cruz de La Sierra e o sobre saída e aproveitamento do petróleo boliviano.
 O primeiro deles visava concretizar rota Atlântico-Pacífico, conectando o território boliviano ao porto de Santos e ao Rio Paraguai, com facilidades para a circulação de mercadorias.
 Inaugurada a ferrovia, com tecnologia e investimentos brasileiros, em 1955, os presidentes do Brasil, Café Filho, e da Bolívia, Víctor Paz Estenssoro, decidiram-se por revisão do tratado, em 1958 e no que ficou chamado por Acordos de Roboré, que dispensaram o projeto de desenvolvimento integrado entre Bolívia e Brasil, presente nos tratados de 20 temporadas passadas – com o Brasil de olho no petróleo do vizinho, evidentemente, embora sem ditadores na jogada.
 Atualmente, o que mais provocam machetes de jornal sobre as relações Brasil-Bolívia não são temas importantes da economia, mas baixarias tipo roubo de automóveis, narcotráfico e contrabando de mercadorias.