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Maria Luiza, entrevistando Zagallo,. foi a
primeiríssima repórter global |
Desde
18 de outubro de 1950 que a primeira TV brasileira - Tupi-SP - estava no ar. Um
mês depois, inaugurou-se a có-irmã do Rio de Janeiro.
E não demorou para o telejornalismo esportivo marcar
presença na telinha: no 15 de outubro, Jorge Amaral narrou e Ari Silva comentou
Palmeiras 2 x 0 São Paulo, direto do paulistano estádio do Pacaembu.
tre os
cariocas, a primeira narração foi de Antônio Maria, em Vasco 2 x 1 América, no
Maracanã e que deu o título estadual aos vascaínos.
Como no rádio, o telejornalismo esportivo foi, de início, algo muito distante
das mulheres. Só pelo final da década-1960 elas começaram a aparecer,
representadas por Sheila Tardeli, participando das jornadas narradas por José
Cunha, para a Tupi-RJ. Em 1969, quando a emissora lançou o progrma “Ataque
& Defesa”, com Ruy Porto, ela, ainda, ajudava na produção.
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Monika Leitão parou e voltou à teleinha |
Em 1970, Marilene Dabus chegou no meio da rapaziada, como auxiliar de redação
de Sérgio Cabral, para o programa “Jornal da Bola, da TV Continental-RJ. Em
1973, Miriam Delamare era tradutora de textos do primeiro grupo a fazer o
“Esporte Espetacular”, da Globo. Em 1977, Rosemary Araújo, ex-atleta de vôlei,
tornou-se a primeira apresentadora feminina de programas esportivos, em
“Stadium”, da TV Educativa-RJ (atual TV Brasil), focando esportes
olímpicos e paralímpicos.
Vale
ressaltar que “Stadium” está no ar desde aquela época, quando era diário.
Depois, ficou semanal e, em 2016, novamente, diário. É o 12
mais na tigo da TV brasileira, entre os esportivos, tendo, na década- 1980,
sido do SBT e da TV Gazeta.
Nos
passos de Rosemary, as próximas apresentadoras
da TV brasileira só vieram em 1983, no “Show do Esporte”, da TV
Bandeirantes, com Sílvia Vinhas, Elis Marina, Sandra Annenberg e Simone Melo,
entre outras, se revezando nas apresentações.
O
primeiro grande lance das meninas da telinha, no entanto, já havia rolado desde
1978, quando Maria Luiza terminou o seu estágio na TV Globo e pediu ao diretor
de jornalismo, Armando Nogueira, para ser repórter esportiva. Experimentada
pelo editor Hedyl Valle Júnior, foi
aprovada e escalada para cobrir a Copa do Mundo-1978, na Argentina.
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Isabela Scalabrini já abandonou a reportagem esportiva |
Maria
Luiza deu conta do recado, direitinho. E tornou-se objeto de admiração geral de
jogadores – principalmente dos iranianos -, jornalistas e povo argentino,
que jamais vira mulher fazendo aquilo. Entrevistada
pela TV do país, distribuiu muitos autógrafos pelas ruas da cidade onde
estava.
A
“Malu” abriu caminho para Monika Leitão, estagiária desde 1978, e Isabela
Scalabrini. Esta, em 1979, também, após estagiar na Globo e passar seis meses
apurado notícias, passou a fazer matérais para o “Globo Esporte”, de várias
modalidades, exceto o futebol, assunto só para homens na emissora.
Enviada
aos Jogos Pan-Americanos-1983, na Venezuela, Scalabrini mandou ver legal, até
colocando matérias no “Jornal Nacional”, um dos principais programas da
emissora. Garantiu passagem para cobrir os Jogos Olímpicos-1984, em Los
Angeles-EUA, e em Seul-1988, nos Jogos da Coreia do Sul. Também, para a
Copa do Mundo-1986, a segundo que o México promoveu.
Com
a competência mostrada, ela foi enviada a vários Mundiais de vôlei e de
basquete. Depois, esteve apresentadora do “Globo Esporte” e de “Esporte
Espetacular”. Em 1992, trocou o esporte pela reportagem geral.
De
sua parte, Monika Leitão, também, começou fazendo matérias para o “Globo
Esporte”, quando o diretor da Divisão de Esportes era Ciro José e os editores
Hedyl Valle Júnior, Michel Laurence e Luizinho Nascimento.
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Rosemary Araújo foi a primeira apresentadora de "Stadium" |
Por
mostrar segurança nas entradas ao vivo em vários telejornais de 1980, Monika
foi enviada para ser a primeira mulher brasileira a cobrir Jogos Olímpicos – os de Moscou. No mesmo
1980, esteve em Porto Rico, cobrindo o Pré-Olímpico de basquetebol, mas não se
entusiasmou muito, pois, em 1981, casou-se e abandonou a carreira, para a qual
voltou, em 1994, apresentando programa na TV Record-SP.
Monika
voltou, também, à Globo, ficando por uma temporada como repórter, em São Paulo.
Depois, transferiu-se para a Globo-RJ e, em 1996, passou a produtora de
“Esporte Espetacular” e participante de coberturas de grandes eventos
internacionais, como X-Games; Volvo Ocean Reace – regata volta ao mundo –
e Homeless World Cup.
Atualmente,
temos mulheres reportando, comentando e até narrando, como ocorreu na recente
Copa do Mundo da Rússia – grande jogada delas na latinha.
1 - As fotos de Monika Leitão e de Isabela Scalabrini foram reproduzidas de
www.memória.globo.com, enquanto as de Maria Luiza e de Rosemary Araújo vieram do vascaíno Jorge Medeiros. Agradecimentos.
2 - Após 150 títulos, completados com o de hoje, esta coluna trocará de nome a partir do próximo dia 3 de fevereiro, passando a ser "O DOMINGO É UMA MULHER BONITA".