Vasco

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quarta-feira, 31 de março de 2021

O VENENO DO ESCORPIÃO - HORA CERTA? CELULAR DISPENSA O RELÓGIO DE PULSO

  Quem circular pelas ruas, ou por algum shopping brasiliense, seguramente, encontrará pessoas usando relógios de pulso e telefones celulares, ao mesmo tempo. Então, se todo celular contém um marcador de horário, porquê não se aposenta a relojoaria de pulso?

Pois bem! O “horarieiro” em questão surgiu, em 1814, quando o joalheiro Abraham Louis Breguet recebeu o estranho pedido da Princesa de Nápoles, Carolina Murat, irmã do imperador francês Napoleão Bonaparte, pra fazer-lhe um relógio a ser usado no pulso. Mas só a partir de 1868, o “trem” pegou embalo, por conta das fabricações do polonês Antoni Patek e do francês Jean Adrien Philippe, donos de uma relojoaria.

 Inicialmente, era coisa de mulher. Conta a lenda que o “pulsazeiro” só chegou ao universo  masculino a partir de quando o brasileiro Alberto Santo Dumont encomendou -  e o recebeu, em março de 2014 – um modelo fabricado pelo joalheiro Louis-François Cartier, para facilitar-lhe cronometrar tempos de voo. Na realidade, historiadores registraram o uso de relógios em pulsos masculinos desde 1911, durante a I Guerra Mundial, quando soldados precisavam saber da exatidão  das horas.


                     Reprodução de www.bbc.com - agradecimento

 Quanto aos telefones celulares, o primeiro a desembarcar no Brasil chegou ao Rio de Janeiro, em 1990 - modelo Motorola PT-550 – inventado por Martin Cooper, pesando 793 gramas. Desde 1970 que ele comandava a equipe de desenvolvimento do produto que levou três meses para ficar pronto. A primeira chamada foi feita pelo próprio Cooper, em Nova Iorque-USA, no dia 3 de abril de 1973, para Joel Engel, o chefe da equipe da AT&T, concorrente da Motorola que desenvolvia produto semelhante.

Para saber porque o brasiliense ainda usa relógio de pulso, simultaneamente com celulares, o Jornal de Brasília foi perguntar isso aos candangos.

 Jurandir Feitosa (67), engenheiro civil aposentado, conta que tinha muita dificuldade para levantar-se da cama quando era estudante universitário. “Eu era muito dorminhoco e, se não olhasse no relógio de pulso, ao primeiro despertar (dormia com ele no braço), seria fatal, chegaria atrasado às aulas (na UnB). Devo muito do meu diploma ao meu relógio. Sem ele, poderia ser reprovado por faltas. Me acostumei com o seu uso e nunca me toquei pra esta

sua pergunta”, [M1]  disse, admitindo que não deve mudar de hábito.

 Sandra Blomberg (47), professora de espanhol, não se lembra de quando começou a ter a companhia de um relógio em seu pulso esquerdo.  “Acho-os charmosos, me agradam muito. Creio que já tive mais de dez, pois sempre que vejo um mais bonito o troco. Se alguém me pergunta pelas horas, olho no relógio, em vez de fazê-lo pelo celular. Não sei explicar isso. Talvez, seja costume antigo”, imagina.

De sua parte, Arthur Ferreira (71), ex-bancário aposentado, não tem dúvida: passou a usar relógio de pulso por causa do seu ídolo Nélson Piquet, campeão mundial de Fórmula-1. “Eu era vidradaço no Piquet, não perdia uma corrida dele. Quando o vi anunciando uma marca de relógio (Citzen), não perdi tempo: comprei um igual. Certa vez, o encontrei em uma agência estatal, aqui em Brasília, se não me engano, no DETRAN, e pedi-lhe para colocar o meu relógio em seu pulso. Ele me atendeu e eu fiquei na maior felicidade. Depois daquilo, guardei a ‘máquina’, temendo ser roubado. Comprei um outro relógio, sem me tocar que os celulares o dispensavam. Realmente, se você não me fizesse esta pergunta, eu nunca me ateria a isso. Costume, habito que passou por meu avô, meu pai”, ressaslta.

Joana Cavalieri (23), estudante de Arquitetura, usa relógio de pulso porque o recebeu, por presente de aniversário, de um irmão. “Nunca me toquei nisso (uso dos dois). Realmente, com celular, você não precisa de relógio. Mas não vou abandonar o meu, pois o meu irmão ficaria muito decepcionado”, acredita.

 Marta Morato (21), estudante de Direito, ganhou o seu primeiro celular (presente da mãe) quando tinha uns 13 de idade, calcula. “Muitas das minhas amiguinhas tinham, e eu, não. Ficava pelando de inveja, principalmente quando uma prima se exibia com o seu aparelho. Então, ganhei um dos meus pais. Já relógio de pulso não me lembro desde quando o uso e nem sei por qual motivo. Foi bom o senhor me perguntar. Ninguém nunca me fez esta pergunta. Mas acho que vou seguir usando os dois, por hábito. Creio que eu sentiria falta, se sumisse com o meu relógio”.

                    Repropdução de www.dreamstime.com - agradecimento


Gustavo Coelho (37) trabalha em uma empresa imobiliária e revela ter sido presenteado, com um relógio, pela esposa de um primo, que comprara um modelo bem na moda. “Era um relógio velhão, desses tipos vendidos em feiras de antiguidade. Mas me agradou e usei-o até ser roubado. Eu já estava tão acostumado com ele que, pouco depois do roubo, comprei um outro, embora muito diferente, bem mais moderno”, lembra-se ele, que nunca havia se tocado, como todos os entrevistados, para o fato de celulares terem um marcador de horário “Enquanto não estiver incomodando, vou usando relógio de pulso e celular’, está decidido.

E nas lojas que vendem relógios, o que dizem os vendedores? “A moçada se amarra muito nesses modelos modernões. Não está nem aí pra isso que o senhor está perguntando. O negócio é curtir a onda. Rapazes compram mais do que moças, principalmente esta turma que faz caminhadas diárias, ou disputa competições esportivas”, entrega um vendedor, no do Lago Norte, informação parecida com a de um outro vendedor, em centro comercial da Asa Sul.

  No instante em que o JBr conversava com o vendedor, um senhor, aparentando mais de 50 de idade, entrou na conversa e sinalizou que muitas pessoa compram relógios e celulares antigos, por serem colecionadoras. “Eu li isso em uma revista (não se lembrava qual), dizendo acreditar que colecionadores não exibem as suas compras antigas, temendo assaltos. E exibiu o seu relógio de pulso e o seu celular, comentando: “Rapaz! Observação interessante, esta a sua”.

K entre nós:  o repórter atentou para esta pauta quando fazia caminhada e perguntou pelas horas a um "passante". Observou que que ele trazia relógio no pulso esquerdo, celular na mão direita e olhou no relógio para responder. Já este repórter usa um celular antigão, sem chip, só para conferir as horas, e um celular moderno para falar. Coisa de repórter!                 

terça-feira, 30 de março de 2021

INESQUECÍVElS & MARCANTES DA COLINA

 03.05.1916 – Estreia do Vasco da Gama no futebol, levando 1 x 10 Paladino, no Estádio Genereal Severiano, pelo Campeonato Carioca da Terceira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos. Com gol por Adão, o time foi: Antônio Pereiras Azevedo, Frederico Einselveker e Álvaro Araújo Sampaio; Vitorino Resenda da Silva, Antônio Bebiano Barreto e Auguto Pereira D´Azevedo; Adão Antônio Brandão, Oscar Guimarães, Mário Morais, Joaquim Oliveira e Manuel D´Oliveira. 

15.04.1923 -  Estreia vascaína na Primeira Divisão do Campeoanto Carioca da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, com 1 x 1 Andarahy, no Estádio General Severiano. Saiu atrás no plcar, aos 16 minutos, e empatouo, aos  35, por intermédio de Toterolli. Mas o adversário perdeu o seu ponto, por tert inscrito jogador irregularmente – Nélson, Leitão e Cláudio; Nolasco, Bolão e Arthur; Russinho, Pascoal, Torerolli, Cecy e Negrityo foi o time armado por Ramón Platero.

29.10.1916 – Primeira vitória vascaína  no futebol: 2 x 1 River, em um domingo, no estádio da Rua Figueira de Melo, pelo segundo turno do Campeonato Carioca da Terceira Divisão e arbitragem de Horácio Salema Garção Ribeiro. Formação: Ary Guedes e Augusto Batista; Lamego e Victorino; Adão, Cândido, Beernardino, Oliveira e Costa. OBS: o River só conseguiu reunir nove jogadores.    

12.08.1923 – Primeiro título de campeão carioca vascaíno, com 3 x 2  São Cristóvão-RJ, de virada, no Estádio General Seveeriano, apitado por Arthur de Moraes e Castro. Com gols por Cecy, aos 5, e Negrito, aos 14 e aos 32 minuos do segundo tempo, o time alinhou: Nélson, Leitão e Mingote; Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal,. Toterolli,Arlindo, Cecy e Negrito, treinados pelo uruguaio Ramón Platero.

segunda-feira, 29 de março de 2021

HISTÓRIAS IRMANADAS E HERMANAS

 12.01.1940 – O Vasco da Gama se une ao Flamengo e ao Botafogo, forma combinado  e disputa amitoso, no Rio de Janeiro, contra o argentino San Lorenzo. A união leva 1 x 6 dos hermanos. Ò Vasco era treinado pelo uruguaio Ramón Platero e, por  aquela época em que os treinadores pouco mexiam  em seus times, a esclação vascaína era: Nascimento, Jahu e Florindo; Figliola, Zarzur e Argemiro; Lindo, Fanboni, Villadoniga, Nino e Orlando. O Flamengo usavas: Yusrtrich, Domingos e Neweton; Artigas, Volante e Médio; Sá, Valido, Leônidas, Gonzalez e Jarbas, treinados por Flavio Costa. Já o Botafofgo alinhava: Aymoré, Bibi e Nariz; Zezé Procópio, Zezé Moreira e Canalli; Álvaro, Carvalho Leite, Paschoal, Perácio e Patesko, dirigidos pelo húngaro Dori Küschner. Antes, só com o seu time, o Vasco da Gama havia disputado  amistoos com o San Lorenzo,  na terça-feira 19.12.1939, e o vencido, por 5 x 2,  em São Januário, formando com: Chiquinho, Jahu e Oswaldo Saldanha; Figliola,  Zarzur e Dacunto;  Lindo, Alfredo II, Villadoniga, Gandula e Orlando.

domingo, 28 de março de 2021

HISTORI & LENDAS DE FLAMOLECAGENS

 18. 07.1926  - O  Vasco da Gama foi vitima de uma das maiores molecadas do Flamengo. Este entregou jogo, levando 1 x 5, propositalmente, do São Cristóvão,  para impedir que os cruzmaltinos terminassem a temporada carregando o caneco pra casa. Como o Almirante,  treinado pelo uruguaio Ramón Platero, havia mandado 5 x 2 Sport Club Brasil (disputou o Campeonato Carioca de 1923 a 1934), ficaria com um ponto a mais do que os são-cristovenses. Então, o mau-caratismo vingou.

16.972006  - Passadas 80 temporadas, o Vasco da Gama cobrou a molecada flamenguistas, vencendo-os, com um time resrva, por 1 x 0, em e com gol marcado por zagueiro em final de carreira, Paulao. Aconteceu no domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, na presença de 7.774 pgantes. Renato Gaúcho Portaluppi era o teinador que escalou:  Cássio; Claudemir, Paulão, Eder e Hugo (Madson); Ygor Roberto Lopes, Alberoni (Amaral) e Ernane; Abedi e Faioli (Ricardinho). Talvez, - quem sabe? – em razão daquela molecagem, o

1945 a 1951 - O Vasco da Gama ficou quase sete temporadas sem perder do Flamengo. Foram 20 duelos, com 15 vitórias e cinco empates. Maior invencibilidade do confronto, rolo em que a Turma da Colina mandou 58 bolas no filó, e só foi lá em 28 oportunidades, 30 a menos.

sábado, 27 de março de 2021

O CENTENIAL GOLEIRÃO MOACYR BARBOSA

Quando garoto, ele foi lobinho, sonhando ser escoteiro. Nos acampamentos, tinha medo de bicho e só se acalmava depois que acendiam uma fogueira pra manter as feras distantes. Passada a fase bobinha da infância, para entrar no circo, saía às ruas de Campinas, com a banda circense, carregando a pauta musical do flautista. Mais adiante, experimentou o aprendizado de marcenaria, no Instituto São Bento, ainda em sua terra. Mas o seu futuro mesmo estava marcado para acontecer com mais destaque como goleiro.

 É por aqui que começa a história de Moacyr Barbosa, que estaria apagando 100 velinhas neste  27 de março de 1921, caso estivesse por este planeta. Filho de Emydio Barbosa e de Isaura Barbosa, ele teve por irmã Adeliza Barbosa. Nasceu na paulista Campinas e foi um gato com a camisa cruzmaltina.

Nos tempos de peladas de meio de rua, era ponta-direita, em São Paulo, tentando ser tão bom quanto os irmãos Mário e Armando, cobrões na posição. Mas aconteceu com ele aquele famoso dia imprevisto. O seu cunhado  José Santiago avisou-lhe: “Hoje, você vai jogar de goleiro”.  Barbosa espantou-se, pois vinha sendo um ponteiro veloz e perigoso. Não teve, porém,  como fazer o cunhado mudar a escalação do time do Almirante Tamandaré. “O nosso goleiro não apareceu. O jeito é você ir pro gol”,  explicou o homem e encerrou o papo.

  Barbosa ficou amuado, vociferou contra a família inteira do marido de sua irmã, mas não adiantou. Teve de se virar e encarar o ataque do Esporte Clube Estrela, pelo campeonato da Liga Comercial paulistana –  trabalhava no ramo. Jogo terminado, Barbosa saiu de  campo como uma das feras da pugna, com ótima atuação.  E deu uma de malandro com o seu  treinador: “Jogar de goleiro tem as suas  vantagens, cunhado: pode-se pegar a bola com as mãos e não é precisar correr”. Melhor se não tivesse tentado tripudiar, pois o cunhado nãio o perdoou:”Ah, é? Então, daqui por diante, a camisa 1 será só sua”.

Barbosa já contava 18 de idade, em 1939, quando trocou a ponta-direita pelo cargo de “gol-keeper”, como se falava. Juntamente com a troca de posição mudou, também, de nome. Deixou de ser  Moacyr e ficou tricampeão da liga (1939/40/41) como Barbosa.  De graça trocada, foi convocado para a seleção paulista de amadores, ficou bicampeão brasileiro-1941/1942 e recebeu convite  do treinador do Ipiranga, Caetano Domenico, para tentar o futebol profissional. Por Cr$ 5 mil cruzeiros, de luvas (antigo sistema de levar uma graninha, por fora, nas assinaturas de contrato) e Cr$ 800 mil cruzeiros mensais, estava bom, pra começar.       

Barbosa estreou pelo Ipiranga, em 1943, fazendo um grande Campeonato Paulista. Tão bom que, na temporada seguinte, o Vasco da Gama bateu à sua porta, oferecendo-lhe Cr$ 60 mil cruzeiros de luvas e salário inicial de Cr$ 1 mil.  Não dava pra ele Ipiranga dizerem não. Reserva do goleirão palmeirense Oberdan Catani, nas seleções paulista de 1941 e de 1942, Barbosa partiu para São Januário, indicado por Domingos das Guia, par disputar posição com Oncinha, Roberto, Barqueta e Martinho, o que pirou, em 1945, com mais duas concorrências, de Castro e de Rodrigues.

De inicio, Barbosa não teve vida fácil.  Ganhou vez, em 11 de novembro de 1945,  em Vasco da Gama 4 x 0 Madureira, em São Januário. No jogo seguinte, porém, devolveria a posição para Rodrigues. Quando nada, a sua estréia vascaína havia marcado a conquista do título carioca, com uma rodada de antecipação. E o que valia era o que ficara escrito no caderninho:   Barbosa; Augusto e Rafagnelli; Alfredo II, Ely e Berascochea; Santo Cristo, Ademir, Isaías, Jair e Chico, o time que o treinador uruguaio Ondino Vieira escalara diante do Madura, para ficar na história das glórias da Colina.

Campeão carioca com apenas uma partida disputada, Barbosa saiu para outras. Ajudou o Vasco a ganhar a última edição do Torneio Relâmpago-1946 – entre os grandes cariocas –   e os Torneios Municipal-1946/1947, reunindo só times da cidade do Rio de Janeiro. Mais? Voltou a usar faixas de campeão estadual, em 1947/49/50/52. Também, papou o maior título da história cruzmaltina, em 1948: campeão dos campeões sul-americanos de clubes, o primeiro do futebol brasileiro no exterior. Em 1955, Barbosa decidiu encerrar a sua história cruzmaltina. Mas voltou a São Januário, em 1958, pra ser campeão dos Torneios Início e Rio-São Paulo, e do sensacional SuperSuperCampeonatoCarioca. Tudo em cima, para um super-goleiro.

Por ser este texto homenageadeiro, não se fala do insucesso de Barbosa no gol que tirou da Seleção Brasileira, diante do Uruguai, o título da Copa do Mundo-1950. Principalmente, porque muitos entendidos técnico absolveram a sua leitura do lance em que Ghiggia não deveria ter chutado para o gol. O capitão brasileiro,  Augusto da Costa, por exemplo,  considerou mais culpado de4 falhar no lance o zagueiro flamenguista Juvenal, que não dera, segundo ele, cobertura ao lateral-esquerdo Bigode, um outro rubro-negro.

A ilustração aqui de Barbosa é de autoria de Fritz e foi publicada à página 14 do Nº 100 da Manchete Esportiva, que circulou com data de 19 de outubro de 1957.

Barbosa enfrenTando o Grêmio-RS, em 18.03.1945, em Porto Alegre

sexta-feira, 26 de março de 2021

HISTORI & LENDAS DA COLINA - PELÉ

2  1 - Torcedores vascaínos gabam-se por ter o Almirante, certa vezmandado 3 x 0 Santos, com Pelé. Realmente, aconteceu: em 04.04.1965 no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo. Mas a patota do Rei estava sem cinco titulares, o goleiro Gilmar, o zagueiro Mauro, o volante Zito, o centroavante Coutinho e o ponta-esqureda Pepe - Laércio; Modesto, Geraldino, e Ismael (Olavo); Joel e Elizeu (Rossi); Dorval, Mengálvio, Toninho, Pelé e Noriva (Peixinho) foi a escalação de Luis Alonso Peres, o Lula, vencido diante de 42.250 pagantes. Luisinho e Mario Tilico marcaram os gols do time vascaíno, comandado por Zezé Moreira, que alinhou: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Célio Taveira, Saulzinho (Mário) e Zezinho.

GANHAR DE PELÉ, por 3 x 0, naquele tempo, era difícil de acreditar. Mas acontecia, de repente.

 2 - Alcir Portella foi o quarto atleta que mais vestiu a camisa do time de futebol vascaíno: 511 vezes jogos, de 1963 e 1975. Glória máxima? O título de campeão brasileiro, em 1974, como capitão da equipe, posto ocupado por 10 anos. Mesmo sendo um volante, função que obriga a fazer faltas, ele jamais foi expulso de campo, o que valeu-lhe o Prêmio Belfort Duarte. Após encerrar a carreira de atleta, Alcir tornou-se empregado do Vasco da Gama, tendo sido auxiliar técnico e treinador. Assim, participou das campanhas dos títulos dos Brasileiros de 1974, 1989, 1997 e de 2000, a primeira como jogador e as outras três como auxiliar.  Viveu por 64 temporadass.

CRUZMALTINO EM TEMPO INTEGRAL. No mínimo, é o que se pode escrever sobre Alcir Portella.


quinta-feira, 25 de março de 2021

TRÊS FALATAS DA ESQUINA DA COLINA

1 - Nos 22 de junho, os vascaínos bateram  nos flamenguistas em duas oportunidades. Em  1986, por 2 x 1, amistosamente, no cearense estádio Castelão, em Fortaleza, com gols por Mauricinho e Roberto Dinamite; em 1988, escreveu o magro 1 x 0, mas ficou  bicampeão estadual. No dia seguinte à festa por este gol, o seu autor do gol, o lateral-direito Luís Edmundo Lucas Correia, o Cocada, saiu distribuindo cocadas pelas ruas do Rio de Janeiro, pra tirar um sarro nos flamenguistas.

2 - Curioso! Na data de 27 de junho, o "Almirante" igualou-se, por duas vezes, com os alviverdes paulistanos: 3 x 3, em 1945, e 1 x 1, em 1954. Só trocaram os dois últimos números: 45 e 54. O primeiro desses empates foi eletrizante, em uma quarta-feira, no  Pacaembu-SP, com os vascaínos abrindo três gols de frente, por Lelé (2) e Santo Cristo, e o time sendo: Barcheta, Berascochea, Rafagnelli, Nílton, Dino (Argemiro) Rubens, Djalma, Santo Cristo, Lelé, Isaías e Chico (Ademir Menezes). Em 1954, valeu pelo Torneio Rio-São Paulo, em um domingo, no mesmo local. Hélio marcou o tento cruzmaltinado dessa rapaziada: Barbosa; Dário e Bellini; Amauri, Laerte e Haroldo (Beto); Sabará (Vaguinho), Ademir Menezes (Iedo), Vavá, Alvinho e Hélio.

 3 - Em 1993, o Vasco da Gama esteve indiscutível durante a campanha do título da Taça Rio. Pelas finais, mandou 2 x 0 e 2 x 1, além do 0 x 0, com no Fluminense. Foram 16 vitórias, cinco empates e quatro quedas, marcando 47 gols e sofrendo 19. A Turma da Colina ainda teve o artilheiro, Valdir Bigode, com 19 bolas nas redes.                                                                                                                                                                               K entre nózes: o carinha fez cabelo e barba (como se falava, antigamente), só dispensando o bigode porque este já era o seu apelido.

quarta-feira, 24 de março de 2021

HISTÓRIAS DAS HISTÓRIAS VASCAINEIRAS

1 - Em 1955, a revista  Esporte Ilustrado, de propriedade de Levy Kleiman, publicava muitas fotos de times posados do Vascoda Gama, embora os seus feitores não se declarassem vascaínos. As matérias eram assinadas por Thomaz Mazzoni (Olimpicus), Leunam Leite, Adolpho Scherman, Jorge Miranda, Carlos Sampaio, Flávio Sales, Herbert Mesquita, Sérgio Lopes e jaime Ferreira, enquanto as fotografias eram de José Santos, Alberto Ferreira, Vito Moniz, José Alencar e Newton Viana. Os gráficos de goals tinham assinatura de William Guimarães; o humorismo ficava por conta de Milton Sales; as caricaturas com Vilmar e os desenhos com Alberto Lima. Gratuliano Brito era o diretor de redação, com endereço à Rua Visconde de Maranguape, Nº 15. Em São Paulo, a distribuição e vendas ficava por por conta da Agência Polano, na Rua João Bricola,  Nº 46. 

2 - Em 1979, o Teste  465 da Loteria Esportiva, no sábado 20 de outubro de 1979, marcava Jogo 1 Vasco da Gama x Portuguesa-RJ, pela quarta rodada do terceiro turno do Campeonato Estadual-RJ.  A revista semanáreia paulistana Placar informava aos que não acompanhavam o futebol em cima do lance, que o Vasco da Gama era terceiro colocado do seu Estadual, com seis pontos, em três jogos, marcando quatro e levando um gol. Lutava pelo título. Sobre a Lusa da Ilha do Governador, escancarava que só cumpria tabela, com campanha medíocre, em quinto lugar, somando três pontos,  três tentos pró e sete contra. Sem receio, a revistas mandava apostar no Vasco da Gama, da Coluna 1, e citava os seus últimos resultados: 1 x 1 Botafogo (22.09.1979); 1 x 1 Criciúma-SC (26.09); 1 x 0 Bangu (30.09); 2 x 1 Botafogo (07.10) e 1 x 0 Americano-RJ (13.10). De sua parte, a Zebra (conhece a história?) vinha de três empates, uma vitória e uma derrota. Placar informava, ainda que, pela já apelidada Ltreca, os dos times haviam se encontrado em três oportunidades, com três vitórias vascaínas.

3 -  Veio o jogo e Placar esteve absolutamente correto, sem chances de zebrar o placar: rolou Vasco da Gama 7 x 0, no Maracanã, com gols por Guina (2), Paulinho Pereira, Roberto /Dinamite, Wilsinho e Katinha. O time: Emerson Leão. Paulinho Pereira. Ivã (Paulo Cesar), Gaúcho e Marco Antônio; Zé Mario (Paulo Roberto), Dudu e Guina; Katinha, Roberto e Wilsinho. OBS: Guina abriu o placar com 1 minuto de bola rolando e entrou para o time dos mais rápiosos matadores da Colina.

 4 - Placar tirava a mais completa radiografia das perspectivas do encontros, sem faltar quesitos orientadores aos apostadores. A seção chamava-se Bolão e incluía quadro mostrando o biorritmo dos goleiros, algo moderníssimo. Seus estatísticos produziam mais cinco colunas orientadoras:  1 - O mapa da mina, mostrando aos adeptos da numerologia  quantas vezes venceram times da Coluna 1; 2 - Quadro de Tendências, prevendo a incidências de palpites certos nas três colunas; 3 - O que está em atraso, para o apostador saber há quantas semanas não rolava determinada coluna: 4 - Façam as suas apostas, sugestão de gasto no volante da semana; 5 - Da última vez, referência à percentagem de apostas na última vez em que os dois times se enfrentaram pela Loteria Esportiva, com o mesmo mando de campo.

terça-feira, 23 de março de 2021

ANOTADO NA CADERNETA DE VASCAINICES

  1 - Em 13 de novembro de 1966,  o Vasco da Gama inaugurou o Estádio Jóia da Princesa, vencendo o Fluminense, de Feira de Santana, por 1 x 0 e gol contra do zagueiro Val, aos 44 minutos do segundo tempo. A Turma da Colina tinha por treinador seu o ex-zagueiro (década-1950) , Ely do Amparo e formou com: Édson Borracha (Valdir Appel); Ari, Hélio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado, Paulo Mata, Célio e Zezinho. O time dos Touros do Sertão - apelido do Flu de Feira - tinha por goleiro o Mundinho, pai do zagueiro Júniro Baiano, que esteve vascaíno por duas temporadas, trinta anos depois e seu treinador era Gentil Cardoso, que levou o Vasco ao título carioca de 1952.  

2 - Em 6 de setembro de 1988, Vasco da Gama 2 x 0 Cruzeiro teve gols marcados no último minuto do primeiro e do segundo tempos, respectivamente. Sorato e Nélson foram os autores do inusitado que valeu pela primeira fase do Campeonato Brasileiro, em São Januário. O técnico era Antônio Lopes.  

 3 - Nos  7 de setembro, o Vasco venceu cinco jogos com a sua moçada muito econômica no placar: 1 x 0 América-RJ, em 1957; Palmeiras, em 1971; São Cristóvão, em 1977;  Cruzeiro, em 1989, e Coritiba, em 2002. Em 1998, no entanto, mandou 2 x 0 Goiás Em compensação, no 7 de setembro de 1979 6, Roberto Dinamite fez três vezes e o Vasco da Gama mdndou 4 X 2 Flamengo,  no Maracanã, diante de 67.798 pagantes. 

 4 - O nome de batismo e de registro do atacante Viola é Paulo Sérgio Rosa. Nascido, no  primeiro de janeiro de 1969, na capital paulista, ele foivascaíno entre 1999 a 2000. OBS: pela Seleção Brasileira, entrou na prorrogação do jogo do tetra, contra a Itália, em 1994, nos Estados Unidos, terminado no 0 x 0 e decidido nos pênaltis. Totalizou 10 jogos, com 6 vitórias, 3 empates uma escorregadas e dois gols canarinhos.

 

segunda-feira, 22 de março de 2021

RAIO DUAS VEZES NA ISKINA DA KOLINA

  A data 5 de  março tem duas vascainadas sobre os botafoguesenses. A primeira foi o máximo e valeu a conquista da I Taça Guanabara - leia HISTÓRIA DA HISTÓRIA DE 05.09.1965 - ,   enquanto a  outra, pela mesma Taça GB, aconteceu após 17 temporadas.  Se Oldair e Paulisatinha (contra) alegraram a galer cruzmaltina, da primeira vez,  da segunda paulada quem resolveu foi o chamado bico da chanca de Roberto Dinamite, que  tinha só 11 de idade quando a I Taça GB foi para a Colina. Da sua vez, ele tirou o brilho da Estela Solitária, aos 13 minutos do segundo tempo de clássico, em um domingo, no Maracanã, dudrante temporada em que o Rio de Janeiro comemorava o seu IV Centenário dee Fundação. Apitado por Luis Carlos Félix, o pega tevce pagança por 35.712 desportistas e o treinador vascaíno Antônio Lopes alinhando:  Mazaropi, Galvão, Rondinelli (Nei), Celso e Pedrinho; Serginho. Dudu e Ernâni (Giovani); Rosemiro, Rober­to e Marquinho.

Anotado?

 05.09.1965 - Vasco 2 x 0 Botafogo

   05.09.19782 - Vasco 1 x 0 Botafogo

 

domingo, 21 de março de 2021

FERAS DA COLINA - HARRY WELFARE

                           Kike de 28.09.2020/Repetido em 212.03.2021

Uma das figuras marcantes das primeiros 50 temporadas do futebol do Vasco da Gama foi Welfare. Mais precisamente, Henry Welfare.  Cidadão britânico, ele jogou  pelo time de primeira divisão do Liverpool, sempre como amador, antes de pintar por estas plagas, onde chegou no 9 de agosto de 1913, como professor de Matemática e Geografia, para o Colégio Anglo-Brasileiro. 

Nascido, em Livrpool, em  22 de agosto de 1888, Welfare media 1m90cm de altura e. inicialmete, no Brasil, defendeu o Fluminense - até 1924. Entre finais de 1915 e inícios de 1916, disputou alguns amistosos pelo Flamengo, como convidado, em excursãso, algo comum na época. Vestiu, também, a jaqueta do selecionado carioca. No Vasco da Gama, o sucesso de Welfare foi como treinador. Levou o Almirante aos títulos do Campeonato Carioca de 1929 e de 1934. No primeiro, com 15 vitórias, em 27 jogos – além de sete empates e só uma queda. A sua rapaziada marcou  60 gols e levou  24 (saldo de 34), tendo a sua base formada por: Jaguaré, Brilhlante e Itália; Tinoco, Faustgo e Mola; Pascoal, Russinho, Carlos Paes, Mário Mattos e Santana.


 Em 19343, o Vasco de Welfare venceu o Estadadual-RJ em oito dos 12 jogos disputados (além de dois empates e duas escorregadas), marcando 28 e levando 16 gols. Time-base: Rey, Domingos das Guia e Itália; Gringo, Fausto e Mola; Orlando Rosa Pinto, Almir, Gradim, Nena e D´Alessandro. 

INGLESDADAS -  Welfare jogou por outros dois times ingleses, Northern Nomads e Tranmere Roveers. Das 122 vezes em que vestiu as duas camisas,  marcou 127 tentos. Nos compromissos pelo Fluminense e o Flamengo mandou mais 168 bolas às redes, em 169 pelejas. Era uma máquina de fazer gols:  298, em 296 refregas.  Naturalizado brasileiro, Welfare ficou por aqui e viveu até os 78 de idade - 1º de setembro de 1966, em Cabo Frio.

                                    IMGAEGM REPRODUZIDA DE ESPORTE ILUSTRADO


Uma das figuras marcantes das primeiros 50 temporadas do futebol do Vqasco da Gama foi Welfare. Mais precisamente, Henry Welfare, falado, também, por Harry. Cidadão britânico, ele jogara pelo time de primeira divisão do Liverpool, sempre como amador, antes de pintar por estsas plagas, onde chegra, em 9 de agosto de 1913, como professor de matemática e geografia,l no Colégio Anglo-Brasileiro.  

Nascido na terra dos Beatles, no 22 de agosto de 1888, Welfare media 1m90cm de altura, ele jogou pelo Fluminense, até 1924. Entre finais de 1915 e inícios de 1916, disputou alguns amisgfosos pelo Flamengo, como convidado para uma excursãso, algo comum na época. Vestiu, ainda, a jaqueta do selecionado carioca.

 No Vasco da Gama, o sucesso de Welfare foi como treinador. Levou o Almirante aos títulos do Campeonato Carioca de 1929 e de 1934. No primeiro, foram 15 vitórias, em 27 jogos – além de sete empates e só uma queda - , com a sua rapaziada marcando 60 gols e levando 24 – excelente de saldo de 34 para este time- base: Jaguaré, Brilhlante e Itália; Tinoco, Faustgo e Mola; Pascoal, Russinho, Carlos Paes, Mário Mattos e Santana. Em 34, o Vasco de Welfare conquistou o título estadual vencendo oioto dos 12 jogos disputados – houve, ainda, dois empates e duas escorregadas -, marcando 28 e sopfrendo 16 gols. Time-base: Rey, Domingos das Guia e Itália; Gringo, Fausto e Mola; Orlando Rosa Pinto, Almir, Gradim, Nena e D´Alessandro.

Welfare jogou por mais dosi times ingleses, Northern Nomads e Tranmere Roveers. Das 122 vezews em que vestiu as duas camisas, marcou 127 tentos. Nos compromissos pelo Fluminense e o Flamengo, juntou mais 168 bolas nas rede, em 169 pelejas. Era uma máquina

 de fazer gols, como comprova o seu cartel de total de  298, em 296 refregas. Naturalizado brasileiro, Welfare ficou por aqui e viveu até os 78 de idade, encerran do o seu ciclo por estga vida no 1º de setgembro de 1966, em Cabo Frio.

 

 

 

 

 

 

 Terceiro santado, Welfare inregrou a Seleção Carioca que enfrentou o Corintians da Inglaterra, em foto reproduzida de www.historiadordofutebo.com.br - agradecimento

sábado, 20 de março de 2021

O VENENO DO ESCORPIÃO - LEOPOLDINA, A MÃE DA INDEPENDÊNCIA DOs BRASILEIROS

Durante as comemorações pelo Grito do Ipiranga - atingirá 200 viradas de calendário no 7 de setembro de 2022 - a figura honrada é, sempre, a de Dom Pedro I. Ele merece, pois, aos 23 de idade, foi muito macho para enfrentar uma corte europeia que desejava voltar o Brasil à condição de colônia muda, presa aos ditames de Lisboa. Esquece-se da princesa Leopoldina, a austríaca esposa do Príncipe Regente que tornou o seu coração brasileiro e passou a viver por este país.

 A situação brasileira, em 1821, era insuportável. As cortes portuguesas já haviam obrigado o Rei Dom João Sexto a voltar pra casa e o mantinham  prisioneiro de luxo, em palácio. A próxima vítima seria o Pedro que, em dezembro de 1821, até pensava atender Portugal, mas, em janeiro de 1822, a pedido do povo brasileiro - províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais - mandou um tremendo “Fico” por aqui nos ouvidos lusitanos. Desaforo que não ficaria sem resposta do comando militar lusitano no Rio de Janeiro, prometendo prender e enviar para julgamento, em Lisboa, de todos os ousados.

Dois dias depois, tropas portuguesas bagunçaram a cidade, perseguindo o povo e destruindo tudo o encontrado pela frente. Dom Pedro, apoiado por mais de 10 mil pessoas, botou a "portuguesada" pra correr do Rio de Janeiro, empurrando-a para Niterói. Depois, embarcou em uma fragata e deu-lhe um dia pra se mandar do Brasil, ou seria bombardeada, pois ele tinha o domínio do arsenal de pólvora carioca. E a “portugada” deu no pé, permitindo-lhe montar  ministério à revelia do dominador. E ordenou que nenhuma ordem fosse cumprida sem o seu aval.


          REPRODUÇÃO DE WWW.AVENTURASNAHISTORIA.COM.BR

           Sem ela, o Brasil teria demorado mais para se libertar e Portugal  

Quem diria! Tempinho antes aquele Pedro fugia da ideia de independência “brazuca”, por temer que as cortes portuguesas tirariam-lhe o direito de herança ao tronoo luso. É por aqui que entra a austríaca Leopoldina. Ela temia o mesmo, mas tinha visão política mais longa do que a de Pedro – era filha do imperador Francisco II, homem capaz de enrolar Napoleão Bonaparte, o então maior conquistador da Europa, casando-o com uma sua filha. Vendo que Portugal já estava perdido para eles e que o Brasil, no futuro, poderia ser muito mais importante do que a metrópole, Leopoldina, de conversa com José Bonifácio, intuiu que cumprir ordens lisboetas seria encaminhar o Brasil para fragmentação em dezenas de republiquetas, como ocorrera com o domínio sul-americano espanhol. Ela estava mais para o Brasil do que Dom Pedro, em 1822. Defendia até o uso a força bruta para o “Dia do Fico” chegar, o que significa que ela “Ficou” primeiro do que o Príncipe Regente.

 Chega o agosto. Navio português aporta no Rio de Janeiro trazendo notícias (oficialmente, só chegadas em 21 de setembro), por deputados brasileiros, sobre a negativa ao pedido “brazuca” de não voltarmos ao status de colônia, esquecer a ordem de regresso de Dom Pedro I e de prisão de todos os membros do seu governo provisório, para julgamento em Lisboa. 

Portugal, no entanto, anulou a criação, pelo Pedro,  do Conselho de Procuradores e de todas as suas decisões. Além disso, informou-se que estaria enviando mais de sete mil soldados para fazer valer o seu mando e que já teria colocado dois navios de guerra, com 600 homens, na Bahia, para dali atacar as províncias que o apoiavam, por ser visto pelas por “mancebo ambicioso, rapazinho alucinado, merecedor de prisão, para aprender a ser constitucional”.

 Naquele agosto,  Dom Pedro viajara para apagar fogo e fumaça de fuxicos políticos em São Paulo. No 13, nomeou sua mulher Leopoldina regente do Brasil, em sua ausência, mas com tudo o que o seu Conselho de estado decidisse passasse pelo seu crivo. Leopoldina atuou com liderança (sangue) de um arquiduquesa da velha Áustria, despachando com os ministros. Inclusive, foi ato dessa sua interinidade a contratação do lorde mercenário escocês Thomas Cochrane -  herói britânico e que havia ajudado a libertar o Chile do jugo espanhol - para chefiar a marinha brasileira na guerra pela independência que estaria por vir.

 Dm Pedro, que viajara no 14 de agosto e, até o dia 22, não dava notícias. Nesse tempo, Leopoldina deu demonstrações públicas que levaram o povo brasileiro a tê-la por aliada e que, futuramente, comprovar-se-ia ter sido ela uma das responsáveis por o Brasil não ter voltado a ser colônia,  o que, se ocorresse, mataria, sobretudo, a vida econômica brasileira.

O Brasil estava um vulcão. No 2 de setembro, Leopoldina convocou o Conselho de Estado, com a participação, também, de procuradores-gerais de província, para debater as alarmantes notícias que chegavam de Portugal. Muito provavelmente, admitem historiadores, ela e Dm Pedro já haviam conversado sobre tomarem a liderança do clima de separação do Brasil de Portugal. E, também, que ela não o escreveria propondo a imediata proclamação da independência brasileira sem a mínima segurança de que o Príncipe Regente a apoiaria. Os dois só não se entendiam sentimentalmente, pois o Pedro era um fanfarrão sexual fora de casa. No meio daquele rolo, o conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva a encorajara a escrever a carta ao príncipe e, depois, teria dito, após ler a missiva: “Ela (Leopoldina) deveria ser ele (Pedro)”. 

Entre outros argumentos, dizia Leopoldina na carta a Dom Pedro I: “O Brasil será em vossas mãos um grande país... Cm o vosso apoio, ou sem... ele fará a sua separação. O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece... Tereis o apoio inteiro e, contra a vontade do povo brasileiro, os solados portugueses que aqui estão nada podem fazer” E assina (Leopoldina) – uma outra carta fora enviada por José Bonifácio, afirmando que “o momento não comporta mais delongas ou condescendências” e que “Portugal não tem recursos par subjugar um levante...”

Veio, então, o sábado 7 de setembro de 1822, quando Dom Pedro I recebeu correspondências envidas pelo seu Conselho de Estado, por Leopoldina e José Bonifácio. Ficou injuriado pelas ameaças portuguesas, rasgou tudo e jogou ao chão. E, às margens do riacho Ipiranga, montou em uma mula e teria gritado: “Independência ou morte!”


                    REPRODUÇÃO DE WWW.AGENCIABRASIL.EBC.COM.BR 

A imperatriz Leopoldina escreveu a Dom Pedro I afirmando que o Brasil seria grande comandado por ele e que era a hora de agir


Na verdade, não foi bem assim, segundo o padre Belchior Pinheiro, que recolheu a apelada atirada ao mato e ouviu o Pedro dizer: “Laços fora soldados. Viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, juro fazer a liberdade do Brasil”. Textos sugeridos por Leopoldina e José Bonifácio, pois o Pedro não tinha a cultura literária para aquilo. Ainda, segundo o padre Melchior, só  depois que todos os ovintes o apoiaram, o Pedro desembainhou da sua espada, ficou em pé nos estribos da sua mula e bradou o brega “Independência ou Morte”, linguagem povão. E celebrou o ato bebendo uma taça de cachaça  – coisas de quando Domitila de Castro Canto e Melo, futura Marquesa de Santos, já estava ali na esquina para infernizar com a vida da Imperatriz Maria Leopoldina, que a teve por camareira, entrando em seu quartos – que humilhação!    

 Maria Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de Habsburgo-Lorena viveu entre 22 de janeiro de 1797 a 11 de dezembro de 1826. O seu “prêmio” por ter ajudado na independência do Brasil foi viver humilhada pelo marido que, nem mesmo a sua mesada lhe entregava, o que fez-lhe endividar-se muito para atender necessitados do Rio de Janeiro. Jamais pode pagar as dívidas, que foram pagas pelo governo do Império, quando ela já não mais existia. Mas Dom Pedro I pagaria pela sua ingratidão. Foi embora do Brasil apedrejado, xingado e vaiado pelo povo que  governou, de 12 de outubro de 1822 a 7 de abril de 1831, data de sua abdicação ao trono do Brasil.  

quarta-feira, 17 de março de 2021

UMA FESTA PORTUGUESA, COM CERTEZA

 

Em 8 de julho de 1965, o Vasco da Gama disputou partida amistosa, no Maracanã,  contra o português Benfica. Assistido por 37.836 pagantes, que deixaram nas bilheterias do estádio a grana de Cr$ 56 mil, 258 cruzeiros e 66 centavos, o prélio foi apitado por Eunápio Gouveia de Queiroz e teve gols marcados por Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 minutos do primeiro tempo. Comandado pelo treinador Zezé Moreira, o Almirante alinhou: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho, Mário Tilico e Zezinho. O Benfica era a base da seleção portuguesa e, treinado por Béla Guttmann, teve: Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Eusébio, Torres (Pedras) e Yaúca (Serafim). Na foto, reproduzida da Revista do Esporte, o capitão vascaíno Barbosinha (D) cumprimenta o seu correlato benfiquista Coluna.    

terça-feira, 16 de março de 2021

BANGUZADA 111 DA ESQUINA DA COLINA

 Se dependesse do seu cartel durante o Campeonato Carioca-1974, o Vasco da Gama não teria a menor chance de ser campeão. Somou pouquíssimas sete vitórias que lhe valeram o quarto lugar, somadas a mais um empate e três quedas - bateu 18 vezes na rede e foi buscar 15 bolas. O grande lnce das Turma da Colina por ali era a fome de fome de gols de um atacante chamdo Roberto e que estavacom 20 de idade. Em 11 de agosto, ele  marcou o 53º tento de sua carreira, em um domingo, em São Januário - Vasco 1 x 0 Bangu - , diante de 8.330 pagantes, no jogo Nº 111 entre ambos e o único pega entre eles na temporada-1974. O trinador vascsaíno era Mário Travaglini e o time do dia teve: Andrada; Fidélis, Miguel, Marcelo e Alfinete; Alcir, Ademir (Galdino) e Zanata; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luiz Carlos Lemos. 

segunda-feira, 15 de março de 2021

ALMIRANTE NÃO GOSTA DE AMERICANO

                        O Vasco da Gama e um clube (sul) americano que não gosta de amercianos. Por exemplo, pode-se citar duas pancadas sobre times chamados Americano, coicidentemente, na mesma data 9  de julho. Primeiramente, em 1922, quando o batido foi o  já extinto Americano da cidade do Rio de Janeiro. Segundamente, o  outro xará caiu em 1978 . 

Vejamos: 1 - os 2 x 0 contra o Americano do RJ fizeram parte do Campeonato Carioca da Segunda Divisão, rolaram em um domingo, na Rua Moraes Silva. e quem  jogou um bolão foi Bolão, que marcou dois gols. A partir dali, ficou faltando três jogos para o Almirante chegar elite do futebol carioca, como campeão da Série B da Primeria Divisão-RJ, o que aconteceu, com 10 vitórias, um empate e uma queda, em 12 jogos, marcando 36 e sofrendo 10 gols. Treinado pelo uruguaio Ramón Plateral, o time do dia teve: Nélson; Leitão e Mingote; Nolaasco, Braúlio e Arthur;  Paschoal, Pires, Bolão, Torteriolli e Negrito.  

2 - No pega com o Americano de fora da Cidade Maravilhosa, o Almira encontrou pedreir até menos difcil de demolir,  nada que Roberto Dinamite não pudesse fazer - e fez os três golsldo jogo, em São Januário, diante de 12.306 pagantes, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, com o treinador Orlando Fantoni mandando à luta: Mazaropi; Orlando Lelé, Abel Braga. Gaúhco e Marco Antônio; Zé Mário, Helinho (Zanata), Dirceu Guimarães e e Guina (Wilsinho); Roberto Dinamite e Paulinho.
Vasco e Americano de Campos se enfrentaram por quatro vezes em Brasileiros: 08.09.1976 – Vasco 3 x 2; 17.10.1976 – Vasco 3 x 1; 16.10.1977 – Vasco 1 x 1 Americano; 09.07.1978 – Vasco 3 x 0. (foto reproduzida da revista "Grandes Clubes").

domingo, 14 de março de 2021

IZKINA DO 30TÃO? MADURA PIZADAÇA

Treinador Harry Welfare

  Vasco da Gama x Madureira durante  dpecda-1930, antes e durante o surgimento oficial do profissionalismo no futebool basileiro, foi partida em que o Almirante sempre navegou tranquilo. Ondas com pouquíssimas turbunlêncas só em pouquísismas oportunidades. Vejamos como isso está anotado no caderninho:

 12.05.1935 – Vasco 5 X 1 Madureira; 28.07.1935 – Vasco 0 x 0 Madureira; 26.01.1936 – Vasco 4 x 1 Madureira; 05.07.1936 – Vasco 3 x 1 Madureira; 04.10.1936 – Vasco 0 x 1 Madureira; 06.12.1936 – Vasco 0 x 1 Madureira; 13.12.1936 – Vasco 2 x 1 Madureira; 14.03.1937 – Vasco 2 x 1 Madureira; 16.05.1937 – Vasco 1 x 1 Madureira; 17.10.1937 – Vasco 2 x 4 Madureira; 09.01.1938 – Vasco 4 x 1 Madureira; 11.09.1938 – Vasco 4 x 1 Madureira; 20.11.1938 – Vasco 2 x 1 Madureira; 13.05.1939 – Vasco 1 x 1 Madureira; 06.08.1939 – Vasco 0 x 0 Madureira e 05.11.1939 – Vasco 1 x 1 Madureira.

Detalhe: no pega de 12 de maio de 1935, em Vasco 5 x 1 Madura, pelo Campeoanto Carioca, o tim era teinadro pelo inglês Harry Welfare e jogou, em um domingo, em São Januário formando com Rei, Brum e Itália; Grinco, Jucá e Calocro . Baiainho Cícero, Gradim, (Tião), Nena e Orlando atuaram, com os goleradores tendo sido Baianinho, Gradim, Nena,  Cícero e Jucá

sábado, 13 de março de 2021

O VENENO DO ESCORPIÃO - REVOLUÇÃO FARROUPILHA, GUERRA SEM VENCEDOR

 Das guerras que “os brasileiros guerrearam”, nenhuma foi tão longa quanto a dos Farrapos, mais chamada, hoje, por Revolução Farroupilha. Em dois conflitos mundiais – entre 1914/18 e de 1939/45 -, pracinhas e outros solados brazucas nunca voltaram para casa completando seis viradas do calendário. Durante o conflito envolvendo gaúchos e forças do Império dos Orleans e Bragança, houve um decênio  - 1835/1845 - de lutas sem vencedores e vencidos.   

Os desencontros começaram em 1821, quando o Império começou a cobrar pesados impostos sobre charque, couros, sebo, graxa, erva-mate e outros itens agropecuários produzidos pelos rio-grandenses. Chegado 1830, bateu mais neles, taxando a importação do sal básico para a fabricação do charque. Aquilo foi considerado castigo imerecido pelo Rio Grande do Sul, lembrando que, durante o Século 17, o seu povo passara mais tempo guerreando contra a Espanha, do que vivendo em paz. Portanto, esperava-se incentivos ao desenvolvimento econômico do Sul brasileiro, em reconhecimento ao sangue de gerações de suas famílias derramados em prol das nossas fronteiras.

               

                               REPRODUÇÃO DE WWW.SUL21.COM.BR 

Bento Gonçalves, um dos maiores caudilhos da história gaúcha   


Era o 20 de setembro daquele 1835, quando Bento Gonçalves (imagem) expulsou o presidente da província, Fernandes Braga, que fugiu para o Rio de Janeiro. O Império contra-atacou  e nomeou José de Araújo Ribeiro para a vaga. Mas o cara não agradou aos gaúchos, que não o viam voltado para a defesa dos seus interesses. E rolou a segunda fuga de presidente provincial. Bento Gonçalves até topou conciliar a sua turma  com o Império, propondo ao Ribeiro voltar ao cargo. Mas este amarelou. Preferiu se unir a líderes militares. Crise pegando fogo, no 3 de março de 1836, o Império transferiu repartições públicas, da capital Porto Alegre, para a cidade de Rio Grande e, dali por diante, não haveria mais acordos. Os rebeldes prenderam  o líder e major Manuel Marques de Souza e o levam para um navio-prisão aportado no Rio Guaíba.

Chega-se a julho e o Império retomou Porto Alegre. Subornou a guarda do 8º Batalhão de Cavalaria, libertou 30 soldados e vários oficiais presos, juntamente com Marques de Souza, em um navio. E prendeu Marciano Ribeiro, o primeiro presidente provincial nomeada pelos rebeldes. A patota de Bento Gonçalves tentou reconquistar Porto Alegre, mas sem sucesso. E a capital passou 1.283 dias sitiada, sem nunca mais os farrapos conseguirem retomá-la.

Próximo capítulo:  9 de setembro de 1836. Rebeldes, liderados pelo general Antônio Souza Netto venceram as tropas imperiais, perto de Bagé, nas fronteiras com o Uruguai, e proclamaram a República Rio-Grandense (também chamada Piratini), com Bento Gonçalves presidente. Já era, então, uma guerra separatista, em época de Regências do Império, pois Dom Pedro II, que o herdara do pai abdicante, em 1831, era criança, só assumiria o trono em 1840.


                               REPRODUÇÃO DE WWW.WIKIPEDIA. ORG 

            Regência Imperial e Rio Grande do Sul travarama uma guerra inútil

O Império não reconheceria a república Piratini e seguiu guerreando. Chegou a prender Bento Gonçalves, mas este fugiu e os  rebeldes conquistaram outras vitórias mais adiante, graças às lideranças de líderes como David Canabarro e do italiano Giuseppe Garibaldi, que foi, também, uma das principais figuras da unificação italiana. Em1839, os farroupilhas conquistaram a catarinense Laguna  e proclamaram mais uma república, a Juliana. 

Em 1842, os imperiais, liderados por Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, começaram a conter os revoltosos e tomaram deles cidades dominadas. Houve conflitos em que os dois lados se disseram vencedores, mas o certo foi que após nove batalhas, um acordo começou e demorou a ser concluído. Enfim, foi assinado o Tratado do Poncho Verde, ema 1º de março de 1845, acabando com aquela história guerreira e a tentativa gaúcha de separatismo. Foram garantidos interesses dos rebeldes gaúchos, sobretudo majoração da taxa em cima do charque da região do Rio da Prata – há 187 viradas do calendário gregoriano. 



 

sexta-feira, 12 de março de 2021

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - VOLTAS ANIMAL

1 - 28.08.1996 - O lusidiaco     Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesas de Desportos está no caderninho  maracando a primeira volta à Colina de uma do maiores ídolos da galera cruzmaltina, o atacante Edmundo. Saído do pedaço, em 1992, levado pelo Palmeiras, o Animal passeou mais e rodou por Flamengo e Corinthians. Na volta a São Januário, valeu pelo Campeonato Brasileiro-1996, co9m apitagem por Márcio Resende de Freitas e público pagante de 10.575 pagantes. Mas o festejado Edmundo do dia não bateu na rede. Foram Ranielli e Juninho Pernambucano, escalados pelo treinador e antigo capitão vascaíno Alcir Portella, que mandou à pugna: Caetano; Pimentel, Alê, Alex e Cássio; Luisinho Quintanilha (Ranielli), Fabrício Eduardo, Juninho Pernambucano e Válber (Macedo); Edmundo e Toninho (Brener). 

2 - Edmundo teve cinco passagens pelo Vasco da Gama. Por elas, foi campeão estadual-1992 e brasileiro-1997. A volta de 2003, foi complicada. Ele renegociou divida do clube com ele e, no 6 de abril, desceu de helicóptero, em São Januário. Durante o terceiro treinamento, sentiu lesão de menisco e foi operado. Em 15 de abril, antes do revisto, voltou a correr e foi constatado edema ósseo em uma das pernas. Em 11 de maio, Edmundo voltou a jogar -  contra o Bahia, mas não rendeu nada e foi substituído durante o intervalo da partida. Em 17 de junho, voltou a fazer trabalhos pesados de recuperação física, mas só atuou em 28 de junho, em Vasco 1 x 0 Fortaleza, pelo Brasileirão.