A BRASA DA CASA
8 de abril de 1951 – Vasco da Gama 3 x 0 Peñarol-URU – vitória
maior na data e no terreeiro do adversário, que era a base da Celeste campeã mundial-1950. Lavou a alma do brasileiro que via os
2 x 1 uruguaios, de virada, no último jogo da Copa do Mundo-1950, como grande tragédia nacional. Principalmente, porque a campanha brazuca fora muito superior, além de abrir o placar, jogando pelo empate.
O sacode foi apitado pelo uruguaio Juan Lorenzo Cataldi, auxiliado por Latorre e Otonelli. Para a torcida vascaína, o Jogo da Vingança, revanche do Mundial. Tanto que torcedores de todos os times cariocas esqueceram predileções clubísticas e foram às ruas saudar os vingadores, na volta ao Rio de Janeiro. O Peñarol, com nove jogadores que bateram a Seleção Brasileira, no 16 de julho, começou melhor. O Vasco, que só não tinha Chico do jogo copeiro, compensava a ausência com Friaça que voltara do futebol paulista.
A vitória começou quando Maneca entortou Obdúlio Varela. Balançou o corpo, intuindo buscar o jogo pela direita, mas o driblou, pela esquerda, aplicando-lhe uma caneta (bola por entre as pernas). Os 59.013 pagantes ficaram atônitos no Estádio Centenário. Ainda mais quando Friaça, aos 25 minutos, abriu o placar, para Ademir Menezes, também, entortar Obdulio Varela à entrada da área, aos 54, e Ipojucan, aos 83, completarem o serviço. Comandado por Oto Glória, o time vingador teve: Barbosa, Augusto e Clarel; Ely do Amparo, Danilo e Alfredo (Jorge); Tesourinha, Ademir (Ipojucan), Friaça (Jansen), Maneca e Djayr. O Peñarol alinhou: Máspoli; Matias Gonzáles e Romero; J. C. Gonzáles, Obdúlio Varela e Oturme; Ghiggia, Hohberg, Míguez (Abadie), Schiaffino e Vidal (Pérez).
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