Nos 29 de abril, o Vasco da Gama mandou 6 x 0 Bonsucesso, em 1951; 6 x 0 Cabofriense-RJ, em 1987, e 7 x 0 Botafogo, em 2001. No entanto, nenhum desses placares teve tanto gosto como Vasco 3 x 1 Flamengo, de 1923. Vejamos porquê:
Valeu pelo Campeonato Carioca na Rua Paysandu e foi o primeiro jogo oficial entre os dois clubes. Para os vascaínos, era, também, a sua terceira partida na elite do Estadual. Vitória bastante comemorada, por o adversário já disputar a divisão principal do futebol do Rio de Janeiro desde 1912, o que significava experiência de 11 temporadas. Além do mais, nas duas rodadas anteriores, a equipe vascaína não empolgara tanto, empatando (1 x 1) com o Andarahy e mesmo vencendo (3 x 1) o Botafogo. Neste jogo, o juiz acertado, Francisco Bueno Netto, era zagueiro do Fluminense e foi sincero. Disse que não botava fé naquela partida, tirou o corpo forae passou o apito para Mário Portellar, um ex-atacante tricolor.
Enfim, a bola rolou, diante de 25
mil torcedores e com os rubro-negros virarando o primeiro tempo em vantagem -
gol de pênalti, cometido por Claudionor. Mas, a partir dos 20 minutos da etapa
final, começaram a colocar a língua pra fora. O Almirante, que
vencera as 11 partidas da Segunda Divisão-1922, todas no segundo tempo, tinha
rapaziada que, diariamente, corria entre a Rua Moraes Silva, na Quinta da Boa
Vista, e a Praça Barão de Drummond, em Vila Isabel, acumulando um preparo
físico insuperável. Diante de adversários entregues, Cecy fez dois gols e
Negrito mais um, fechando a conta, que a imprensa carioca achou pequena.
Treinado pelo uruguaio Ramón Platero, o time vascaíno venceu com: Nélson,
Leitão e Cláudio; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo,
Cecy e Negrito
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