Vasco

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quinta-feira, 7 de abril de 2022

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - NÃO AO RACISMO

   A data 7 de abril marca um dos momentos mais significativos da história cruzmaltina – e, também, do país. O Vasco da Gama discordou da postura racista dos clubes da elite – Fluminense, Flamengo, Botafogo e América – que exigiam a dispensa de seus atletas  negros e operários, e deixou claro que preferia não disputar o Campeonato Carioca de 1924, a ter que sacrificar 11 jovens que o ajudaram a conquistar o título na elite estadual, em 1923. O presidente vascaíno, José Augusto Prestes afirmou que um ato público que o maculasse, jamais seria praticado pelo seu clube. Escreveu no Ofício Nº 261 enviado à Associação Metropolitana de Esportes Athleticos-AMEA.      Com a recusa do Vasco da Gamae em aceitar discriminações houve a segunda cisão no futebol carioca. Os quatro “grandes” criaram a Associação Metropolitana de Esportes Athléticos-AMEA, incluindo o Bangu, que era suburbano, mas seus atletas tinham empregos definidos, e excluíram o Vasco, acusados de manter jogadores com ocupações “duvidosas”.   A “Turma da Colina”, então encarou Vila Isabel, Carioca,  Palmeiras-RJ, River, Andaraí,  Mackenzie, Mangueira, Engenho de Dentro e Bonsucesso, os filiados à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, e conquistou o seu segundo título no futebol carioca, após já tê-lo feito, em 1923. Enquanto isso, o campeonato da AMEA era disputado por tricolores, rubro-negros, alvinegros, banguenses e americanos, juntamente com os seus aliados São Cristóvão, Brasil e Helênico.  Para ser campeão antiracista, o Vasco venceu os 16 desafios que encarou, tendo por treinador o uruguaio Ramon Platero. O time-base foi: Nélson, Leitão e Mingote; Brilhante, Claudionor e Arthur; Pascoal, Torterrolli, Rusinho, Cecy e Negrito. 

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