Vasco

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

VASKETEBOL - TRAGÉDIA DA COLINA

                                            
A moçda escorregou e foi secada pelos flamenguistas
1 -  Deveria ser uma festa vascaína, a do bi do Campeonato Carioca Adulto Masculino de Basquetebol. A rapaziada havia passado pelo maior rival, o Flamengo, e foi à quadra decidir o título de 1966, com o Botafogo, que não conseguia ser campeão desde 1947.
 Rolou a bola e, ao término do primeiro tempo, os botafoguenses viraram de etapa em vantagem: 35 x 29. Surpreendente para os 3.812 espectadores que haviam ido ao ginásio Gilberto Cardoso, o Maracanãzinho, naquela noite de 30 de setembro de 1966, pois o Vasco da Gama era favorito ante um clube que não carregava o caneco há 19 temporadas.
 Aconteceu o não esperado, então. O Vasco caiu, por 69 x 60, vendo o rival usar cinco atletas que haviam sido da “Turma da Colina”, César, Oto, Barone, Cianela e Gato. Foi um jogo tenso. Em determinado momento, o presidente vascaíno, João Silva, levantou-se de sua cadeira e saiu correndo para interpelar um dos árbitros, Milton Viana de Carvalho – o outro fora João Viana Nogueira.
  O Vasco não bisou por conta de Tentativa (fez 12 pontos e foi eleito um dos dois melhores em quadra, juntamente com o botafoguense Oto), Sérgio (16), Fernando (2), Paulista (14), Leonardo (8), Douglas (8), Valdir, Carneirinho e Gabiru.  
Antes da partida, o treinador Kanela (Togo Renan Soares, que dirigira a rapaziada botafoguense em 1947, ainda chorava a queda na semifinal ante Vasco e dizia ter o seu Flamengo sido eliminado no apito. E prometia secar os vascaínos, torcendo pelo Botafogo. Secou legal!  
FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA DO ESPORTE Nº 398, DE 22.10.1966


 2 - O Vasco perdeu a grande chance de ser o primeiro campeão brasileiro masculino de basquete, ao cair diante do Corinthians, por duas vezes, na melhor de três disputada no final de 1965. No entanto, o time queixou-se do que considerou “arbitragem facciosa” de Isaac Griman, levando Barone a tentar agredi-lo e acusá-lo de lhe dar um pontapé.
O Vasco queixou-se, também, de ter levado garrafadas e pedradas da torcida corintiana, e ainda de ataque ao ônibus que servia à sua delegação, após a finalíssima. Uma outra queixa vascaína foi sobre a bola do jogo, norte-americana. Seus dirigentes alegaram que o combinado seria uma bola comum fabricada no Brasil.
No primeiro jogo, na noite de 26 de novembro, no ginásio do Clube Municipal, no Rio de Janeiro, apitado pelo carioca Manuel Tavares e o paulista Isaac Griman, os vascaínos venceram, por 83 x 79, com um duríssimo primeiro tempo em que os cruzmaltinos fizeram 35 x 34.
No segundo jogo, duas noites depois, no ginásio do parque São Jorge, em São Paulo, o Vasco caiu, por, por 94 x 87, após 1 x 47 na etapa inicial. Com isso, foi preciso uma terceira partida, na noite de 29 de novembro, no ginásio do Ibirapuera, também na capital paulista. Ali, o time vascaíno caiu, por 95 x 86, com o adversário fazendo 50 x 36 no primeiro tempo. O Vasco foi vice-campeão contando com: Douglas, Paulista, Carneirinho, César, Oto, Gabiru, Barone, Leonardo e Julico, que só entrou na primeira partida. O Corinthians tinha este grupo: Renê, Rosa Branca, Pedro Ives, Edwar, Peninha, Mical, Ubiratan, Vlamir, Eduardo, Ortiz e Gilberto.
MUDANÇAS - O Brasileiro de Basquetebol já mudou de nome por três. Começou como Taça Brasil, passou para Liga Nacional e, atualmente, é Novo Basquete Brasileiro, NBB, por motivos de marketing, para ficar parecido o nome da NBA, a liga norte-americana. A competição já teve vários formatos e, em 1976, não foi disputada. (FOTO REPRODUZIDA DA REVSTA DO ESPORTE)

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