Para ser campeão carioca em 1956, o técnico Martim Francisco bolou um esquema diferente para os períodos de concentração. Na antevéspera da partida, o time apresentava-se às 8h30, para começar o treino uma hora depois. Após duas horas de prática, uma rápida revisão médica, com almoço programado para o meio-dia.
Com time bem treinado e descontraído, o América não foi páreo |
Rango devorado, Martim levava a rapaziada para um passeio pelas proximidades, a fim de ativar a digestão. Isso rolava entre 13h e 13h30. Em seguida, uma grande novidade: visita a familiares dos jogadores, com duração de quatro horas e obedecendo a um rodízio. Às 18h, todos estavam de volta a São Januário, para o jantar, às 19h. Rolava, a seguir, um novo passeio pelas beiradas da Colina. Da 20h30 às 22h, era permitido aos concentrados jogarem sinuca, pingue-pong, xadrez, dominó, ou assistir TV, ouvir rádio ou ficar lendo.
No segundo dia de concentração, Martim Francisco só mudava o programa das 14h às 18h. Trocava a visita familiar por uma ida ao cinema e passeios a pontos pitorescos do Rio de Janeiro. Já o dia da partida começava com alvorada às 7h. O almoço saía às 10h30, seguido de um ligeira caminhada pelo estádio e a prelação sobre o que o time pegaria pela frente. Funcionou. (foto reproduzida de "Manchete Esportiva" Nº 58, de 29 de dezembro de 1956).
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