Este é
um rolo execrado pelo Vasco. O clube foi ludibriado pela Confederação
Brasileira de Desportos - presidida à época pelo tricolor João Havelange - e pela
Federação Paulista de Futebol, comandada por Mendonça Falcão.
Seguinte: a CBD instituiu a Taça Brasil, para ser
disputada entre os campeões do Torneio Rio-São Paulo de 1958, o Vasco, e o de
1959, o Santos. Quem a levasse, seria
declarado campeão brasileiro, pois a competição, técnica e financeiramente, era,
indiscutivelmente, a mais forte do país. Então, o time ganhador disputaria a Taça das Nações, contra
o espanhol Real Madrid. Só que a CBD percebeu que o seu calendário não dispunha
de vagas para o duelo. Novo plano: declarar campeão brasileiro o vencedor do
Rio-São Paulo de 1959.Pelé, que nada tinha a ver com o rolo, bateu na rede |
Revela Medrado que o contrato para a excursão vascaína à Europa fora assinado em outubro de 1958, para estear em 18 de maio de 1959, jogando na Suécia. Em seguida, queixa-se que a tabela do Rio-São Paulo, armada em janeiro, marcando o confronto com o “Peixe” para 17 de maio, teve a concordância de Mendonça Falcão para o adiamento, para 12 de maio. “Fizemos um acordo verbal com o Mendonça Falcão. Mas quando aprocuramos a diretoria santista para acertar a troca de datas, esta nos informou que a Federação Paulista de futebol não concordava. O Vasco foi vítima de um golpe”, chorou Medrado.
Choro pra cá, golpe pra lá, Vasco e Santos foram para o gramado do Pacaembu, em 17 de maio de 1959, um domingo, com o técnico Gradim usando: Barbosa, Dario, Viana; Laerte, Russo e Coronel; Sabará, Rubens, Robson, (Zé Henrique (Cabrita) e Robert Peniche (Osvaldo). De sua parte, o Santos, usando a sua força máxima – Laércio, Getúlio e Mourão; Álvaro, Ramiro e Zito (Fioti) Dorval, Mengálvio Coutinho, Pelé e Pepe – , venceu, por 3 x 0, com dois gols de Coutinho e um de Pelé. No dia seguinte, os vascaínos estreavam em sua excursão europeia, goleando o sueco Oddeevold, por 5 x 1, contando com os seus principais jogadores e com os tentos marcados por Teotônio (2), Delém, Pacoti e Roberto Pinto.
O tempo não consguia dominar o veteraníssimo Barbosa |
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