Vasco

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

INFANTOS DA ESQUINA DA COLINA

A rivalidade no futebol carioca nunca se restringiu aos times principais. A garotada também beliscava as suas glórias, tirando um sarro com os vencidos. Assim era que a molecada do grande rival Flamengo gritava que já tinha os títulos estaduais de infanto-juvenil de 1956/58/59. De sua parte, os botafoguenses exaltavam as suas faixas de 1955/1957. Os vascaínos ficavam calados. Para consolo deles, dois outros grandes rivais, Fluminense e América, estavam em sua mesma situação, no time dos “sem taça”.    
Veio, então, a temporada 1960, a última do Estado da Guanabara. A gurizada da Colina foi lá na tabela do Campeonato Carioca e carregou o caneco. Estava quebrado o jejum. Mesmo inferiorizados em conquistas, em relação a rubro-negros e alvinegros, já haviam entrado para o “clube”.  Dava até pra gozar tricolores e americanos.
Carimbado o passaporte para mais uma glória no futebol da ‘Cidade Maravilhosa”, cinco anos se passaram e o Rio de Janeiro chegou ao seu IV Centenário. Ano de muitas festas e comemorações. Todos queriam ser campeões de tudo. E, é claro, no infanto-juvenil. Mas quem levou o título charmoso foi o Vasco da Gama.
Daquele time campeão, o lateral Ari e o atacante Adílson Albuquerque, irmão de Almir “Pernambuquinho”, chegaram a ser titulares. Bené, também, andou prometendo, mas não se firmou quando atuou pelo time de cima. Quanto ao Alcir que aparece nesta foto (reproduzida do livro “O Goleiro Acorrentado”, de Valdir Appel), não é o Alcir Portella, campeão brasileiro em 1974.
DETALHE: O futebol carioca criou a categoria infanto-juvenil para reunir a garotada de até 16 anos de idade. Em seguida, vinha a juvenil, até 18. Esta rolou entre 1922 a 1979, quando foi substituída pela júnior, e a idade limite dos “juva” desceu a 17. No meio disso aí, houve, também, a categoria dos aspirantes, criada em 1941, cedendo vez aos juvenis que estourassem a idade-limite. Com o passar do tempo, os cartolas abriram uma brecha para a inclusão de três atletas com mais de 23 anos, o teto da rapaziada. 

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