Aconteceu com Friaça, o autor do gol brasieiro na final da Copa do Mundo
de 1950, durante os desastrosos 1 x 2 de 16 de julho de 1950, no
Maracanã. Encerrada a maior tragédia nacional, o carinha ficou
transtornato. Ele já era jogador do São Paulo, mas foi parar em São Januário. Não sabe como e nem porquê. “Não consigo atinar com quem me levou, ou como
fui parar por lá. Meu carro
ficou no Vasco, minhas coisas também. É um mistério que não consigo
compreender”, contou à “Manchete Esportiva” Nº 157 de 22 de novembro de
1958.
Friaça tinha em Jair Rosa Pinto o seu protótipo de
atleta profissional. “A Jair devo bastante do que sou. Procurei sempre guiar-me
por ele, e ser como ele foi”, revelou ele, para quem esta seria a Seleção
Brasileira de todos os tempos: Barbosa, Augusto e Domingos da Guia; Zito, Danilo Alvim e Nilton Santos; Tesourinha, Zizinho, Ademir Menezes
Jair Rosa Pinto e Carrero
PELADEIRO - Friaça rolava a sua bolinha no futebol amador de
Carangola, em Minas Gerais, sem
sonhos nada mirabolantes. Como em toda cidade de interior, a vida corria
tranquila para seus munícipes, em 1942, sem nenhum prenúncio de grandiosas
novidades. Até 1943 chegar. Naquele ano, correu a notícia pela pacata cidade: o
Vasco da Gama queria levar o melhor atacante da terra. E levou.
Albino Cardoso Friaça desembarcou em São Januário e mostrou que sabia muito mesmo daquele negócios de bola no pé . E na
rede. Comprovou o que dele
se falava. Tanto que o São Paulo, ao precisar de um sujeito que colocasse a
pelota pra dentro, apresentou um checão polpudo aos cartolas da Colina e o
carregaram, em 1949. Friaça, porém, era um vascaíno. Dois anos depois estava de
volta. Ficou até 1952, quando foi emprestado a um outro time com uma camisa
quase igual, a Ponte Preta, de Campinas. Passou três anos servindo à Macaca, até
mudar de lado, o do maior rival dela, o Guarani.
Como vascaíno, Friaça serviu à Seleção Brasileira no Sul-Americano de
1947 e na Copa Rio Branco de 1948. Em 1949/50, vestiu a farda do selecionado
paulista. De 1950, garaantia: “Se, naquela época, eu estivesse melhor de
finanças, se tivessse alguma coisa firme... teria deixado de jogar. Nunca mais
entraria numcampo de futebol”. (foto reproduzida deE WWW.CRVASCODAGAMA.COM.BR). Agradecimento.
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