O futebol brasileiro, até metade da década de 1950, seguia a cartilha de Herbert Chapmann, o criador do sistema tático inglês WM. Os treinadores europeus que por aqui chegavam, sempre o aplicavam, como Dori Kurschner, Bella Guttman e Giula Mandi. No entanto, a derrota na final da Copa do Mundo-1950, frente ao Uruguai, mostrou aos brasileiros a necessidade de rever conceitos táticos.
Flávio Costa criou a “Diagonal”. Mas não foi além de ajustes no sistema WM, sem mudar muito. Tem-se 1951, na cidade mineira de Nova Lima, o berço de uma nova engenharia tática mutante no futebol canarinho, que ainda nem era canarinho. O 4-2-4 é filho de muitos pretensos pais, mas o mais apostado é Martim Francisco, então treinador desconhecido do Villa Nova-MG.Corria o Campeonato Mineiro de 1951 e o Villa teria pela frente o Atlético Mineiro, dono de um ataque poderosíssimo e treinado por Dorival Knipell, o Yustrich, ex-goleiro do Vasco, na décadas-1940. Até a partida anterior, o Villa atuava no WM. Então, Martim tirou um homem do miolo e o recuou para a zaga, mandando a campo dois zagueiros à frente do gol e mais dois atletas no meio do campo, abrindo o caminho para os dois laterais atacarem, pois tinha dois sujeitos rápidos para finalizarem. O 4-2-4, com bola dominada, poderia virar um 3-3-4, quando fosse fustigado. Nesse caso, um atacante ajudava o meio-de-campo.
A tática foi seguida por vários treinadores, mas só chegou à vitrine do futebol brasileiro dois anos depois, quando o paraguaio Fleitas Solich a usou em seu Flamengo tricampeão carioca (1953/5/55). Passados três anos, foi a vez da Seleção Brasileira chegar à Copa do Mundo da Suécia, com o 4-2-4 no gatilho. Encantou o mundo, trouxe o caneco e consagrou o sistema.
O 4-2-4 gerou o 4-3-4, também nascido no Brasil, e que rendeu o bi mundial, em 1962, no Chile, e o tria, em 1970, no México. Sem falar do título carioca de 1956, conquistado Vasco de Martim Francisco – campeão mineiro, em 1951, no ano do lançamento da sua moda, com o “Leão do Bomfim”, o apelido do Villa
O 4-2-4 gerou o 4-3-4, também nascido no Brasil, e que rendeu o bi mundial, em 1962, no Chile, e o tria, em 1970, no México. Sem falar do título carioca de 1956, conquistado Vasco de Martim Francisco – campeão mineiro, em 1951, no ano do lançamento da sua moda, com o “Leão do Bomfim”, o apelido do Villa
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