Vasco

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sábado, 2 de fevereiro de 2013

TRAGÉDIAS DA COLINA - PANCADARIA


Esta não foi uma tragédia no placar. Mas moral. O time vascaíno desrespeitou o seu  torcedor, que pagou para ver bom futebol. O cara que saiu de casa para vibrar, com o pensamento de comemorar mais dois pontos, terminou ludibriado. Acontece durante o clássico Vasco 4 x 2 Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo de 1958, quando o caneco foi, tão brilhantemente na bola, incontestavelmente, carregado para São Januário.  
Almir saiu na porrada, com um torcedor, e foi expulso de campo
Nos minutos iniciais do encontro, da quarta-feira 26 de março, o lateral-esquerdo vascaíno, Coronel, chegou em um lance, deslealmente, parecendo querer quebrar Mané Garrincha. Pouco depois, o atacante botafoguense Paulinho Valentim revidou e foi expulso. Quando ia embora, foi insultado pelo meia-atacante cruzmaltino Almir, que saiu do meio do gramado para ir à lateral xingá-lo. Paulinho foi à forra. Logo, surgiu um torcedor alvinegro no gramado, para agredir Almir, que descontou, quando o penetra estava seguro por um policial.
 Coronel bateu e depois foi batido. Deu no que deu
A partir daquele instante, jogadores, cartolas, massgistas, torcedores e policiais transformaram o gamado do Maracanã em uma praça de guerra. De acordo com o Nº 124, de 24 der abril de 1958, da Manchete Esportiva, Vavá, Viana, Orlando, Paulinho de Almeida e Almir foram os principais brigões da “Turma da Colina”, dos quais apenas o “Pernambuquinho” Almir foi expulso de campo.
O Vasco não precisava ganhar no braço. Segundo a revista, “ganharia (na bola) de qualquer forma, já que foi muito mais quadro, durante todo o jogo”. No primeiro tempo, abriu 3 x 0 de vantagem, entre os 24 e os 24 minutos, com gols marcados por Almir, Écio e Pinga. Na etapa final, quando o rival diminuiu a contagem, cinco minutos depois Rubens, de pênalti, voltou a restabelecer a diferença. Por fim Quarentinha “deu números finais ao placar”.
A Manchete Esportiva culpou, também, o árbitro Amílcar Ferreira, pelas pancadarias, alegando que ele não soube coibir a violência nos inícios da partida. Perdeu o torcedor, que gastou Cr$ 1.005.180,00, para sair de casa à noite e ver o feio, quando Vasco e Botafogo tinham tantos craques, como se confere nas suas escalações. VASCO: Hélio; Paulinho e Viana; Écio, orlando e Coronel (Dario); Sabará, Rubens, Vavá, Almir e Pinga. BOTAFOGO: Amaury, Beto, Tomé e Nilton Santos: Servílio e Pampolini; Garrincha Paulinho Valentim, Edson, Didi e Quarentinha.     

Um comentário:

  1. AAAHHH QUE SAUDADES DESSE VASCO , DESSE TEMPO. TEMPO EM QUE OS HOMENS TINHAM AMOR AO CLUBE E AMOR PRÓPRIO. HOJE O AMOR É AO DINHEIRO, E OS "POLITICAMENTE CORRETOS" DA NOSSA MÍDIA, DETENTORA DA NOSSA "CULTURA", ABOMINARIAM UM CRAQUE COMO ALMIR. MAS FORAM JOGADORES COMO ESSE, QUE CONSTRUIRAM TODA A MÍSTICA DO FUTEBOL BRASILEIRO. FUTEBOL QUE HOJE EM DIA É USADO PRA ENCHER OS BOLSOS DE GRANA DESSA CORJA DE DIRIGENTES, JOGADORES, E MIDIÁTICOS PROFISSIONAIS. QUEM VIU VIU, E QUE DEUS TENHA PENA DO NOSSO FUTEBOL.
    CLOVIS RIBEIRO

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