Vasco

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terça-feira, 19 de julho de 2016

O VASCO NOSSO DE CADA DIA - 19.06

O 19 de junho é data de presença em festanças mineiras, beliscada no terreiro do "Galo", goleada caseira, sapeca na espanholada e nordestinagens. Data muito furdunceira, convenhamos.  
VASCO 1 X 1 TUPY – O Tupy Foot-Baal Club era quase imbatível, em Juiz de Fora-MG, na década-1930. Em 1933, foi vice-campeão estadual, com o artilheiro da disputa (Lages, com 13 tentos), quando os mineiros unificaram os campeonatos de  Belo Horizonte e o juiz-de-forano.  Em casa, levantou os títulos municipais de 1935 e de 1937, invicto. Em 1942, livrou-se do hífen e passou a ser Tupy Foot Ball Club. Em 19 de junho de 1932, o Tupy inaugurou o seu estádio, adotando o nome de Salles de Oliveira, homenageando respeitadíssimo jurista/professor/político/jornalista/torcedor e organizador dos seus estatutos (prenome, Francisco). Era o maior e mais moderno da Zona da Mata Mineira. Para a festa, convidou o Vasco da Gama, treinado pelo inglês Harry Welfare e contando com astros como Domingos da Guia, Itália e Russinho, jogadores de Seleção Brasileira.  

MARICOTA NA RELVA - Rolou a bola. Aos 10 minutos do segundo tempo, Bianco inaugurou as redes do estádio, para delírio de uns oito mil presentes. A “Turma da Colina”, porém, não se impressionava com festas alheias.  Russinho foi lá no filó estragar a alegria mineira: 1 x 1, o placar da inauguração.  O Vasco formou com: Marques, Domingos da Guia e Itália; Tinoco, Mamão e Lino; Bahiano, Paschoal, Russinho, Mário Matos e Santana. O Tupy, treinado por Othelo Riossi, teve:  Paschoal (Armando), Nariz e Belozzi; Caiana, Lima e Magalhães; Vavá, Miro, Lage Bianco e Nery.

DETALHE: quase dez anos depois, em 26 de maio de 1942, uma terça-feira, o Tupy "reconvidou" o Vasco a reviver aquela festa. E rolou novo 1 x 1.  Daquela vez, o gol cruzmaltino foi marcado por Ademir Menezes e o treinador era o uruguaio Ondino Vieira. O time: Franciele (Roberto), Florindo, Sampaio, Argemiro, Dacunto, Nino, Birila, Manuel Rocha, Villadoniga, Ademir e Orlando. . 

VASCO 4 X 1 VALÊNCIA-ESP - Quarta-feira 19 de junho de 1947. O Vasco fazia uma linha europeia do “Expresso da Vitória”, pilotado pelo técnico Flávio Costa. Na parada da espanhola Valência, goleou o time da terra e do mesmo nome, por 4 x 1. Chico (2), Friaça e Danilo foram os caras que mandaram lenha na caldeira. Os passageiros daquele vagão eram: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma (Alfredo II), Friaça, Maneca, Lelé e Chico. Vasco e Valência já se pegaram por sete vezes: cinco amistosas e duas partias pelo Torneio Naranja, com três vitórias vascaínas, uma espanhola e três empates: 19.06.19347 – Vasco 4 x 1; 22.05.1955 – Vasco 3 x 3 Valência; 20.06.1957 –Vasco 3 x 1; 26.06.1957 – Vasco 2 x 1; 15.06.1958 – Vasco 1 x 1 Valência; 26.08.1980 – Vasco 2 x 2 Valência; 17.08.1988 – Vasco 0 x 2.


VASCO 2 X 1 SANTA CRUZ-PE - A rapaziada de 1949 nordestinava, em 19 de junho, mais precisamente e amistosamente, por Recife. Pegou o pernambucano Santa Cruz,  dominicalmente, e matou  a "Cobra Coral". O filho da terra Ademir Menezes e Ipojucan espalharam o veneno no barbante. Aquela fora a 20ª parada amistosa da “Locomotiva da Colina”, que desde 9 de janeiro fazia jogos assim, que renderam 16 vitórias, algumas por goleadas, e dois empates, além de duas quedas, uma delas incrível, frente ao Mogi Mirim, time sem nenhuma expressão no interior paulista. A base da equipe era: Barbosa, Augusto e Sampaio (Wilson); Ely (Ipojucan), Danilo e Jorge (Laerte); Nestor (Alfredo), Maneca, Heleno de Freitas (Ipojucan), Ademir Menezes e Chico.



Ademir (D), estreou no Carioca-1949 na
goleada por 11 x 0 sobre o
São Cristóião
DETALHE: depois de vencer o Santa Cruz, o Vasco estreou no Campeonato Carioca, não tendo pena do "Santo": 11 x 0. E carregou o caneco, com sete pontos de vantagem sobre o vice –  terceiro título invicto na era do profissionalismo e o quarto da história do cube.

VASCO 2 X 1 BANDEIRANTES – O adversário só era conhecido pela galera de sua região, em Minas Gerais. Para o "Almirante", pouco importava. No 19 de junho de 1982, deu-lhe uma porradinha, no único confronto entre ambos, amistosamente, em um sábado. Como visitante, o time dirigido pelo técnico Antônio Lopes venceu, com gols marcados por Cláudio Adão e... O time-base do período era: Mazaropi; Galvão, Nei, Ivã e João Luís; Dudu, Serginho e Marquinho (Renato Sá); Wilsinho (Catinha), Cláudio Adão e Roberto Dinamite. Por aquela época, o Vasco estava fora de competições oficiais, tendo encerrado a sua participação no Torneio dos Campeões (promovido pela Confederação Brasileira de Futebol), em 29 de maio, vencendo o Santos, por 3 x 1. Em seguida, saiu em excursão pelo país, obtendo estes resultados: 04.06.1982 – 0 x 0 Moto Club-MA; 06.06 - 5 x 2 Sampaio Corrêa-M; 08.06 - 1 x 0 Rio Branco-AC; 10.06 – 1 x 0 Taguatinga-DF; 12.06 – 0 x 0 Ubrlândia-MG. 19.06 2 x 1 Bandeirantes-MG; 27.06 –3 x 0 Estrela do Norte-ES. Depois do giro, o time estreou no Estadual- RJ, em 18 de julho, vencendo o Volta Redonda, por 2 x 0.

VASCO 4 X 1 NACIONAL-PB -- Em 1983, a turma voltava a nordestinas. Pra arriar uma graninha ajudadeira na folha salarial da rapaziada. Passou por Patos, na Paraíba, e deixou de quatro o Nacional Atlético Clube. Era um domingo, quando o nordestinoe Jussiê, nascido em Barreiras, na Bahia, mandou duas pelotas na caçapa. Bebeto, um outro carinha da região, mas de Salvador, e o lateral-esquerdo João Luíz fizeram os outros tentos do time treinado pelo ex-meia cruzmatino Carlos Alberto Zanata. O Nacional “pagou o pato” por causa de: Acácio, Galvão, Rondinelli, João Luiz, Celso, Dudu, Ernani, Serginho, Amauri, Jussiê e Bebeto. 
 
VASCO 2 X 1 FLAMENGO - De virada! Quer dizer: mais uma. Foi o que rolou pelo Estadual-1988.Esta foi assistida por 24.790 pagantes, em tarde de domingo, no Maracanã, com arbitragem de Aloísio Viug. Os vascaínos estiveram inferiorizados no marcador desde os 9 minutos. No segundo tempo, a reação começou aos 5, com Bismarck empatando. Aos 16, Romário virou a brincadeira. Sebastião Lazaroni era o treinador e o time esteve com: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carrmo, Geovani, Henrique e Bismarck: Vivinho e Romário.

VASCO 4 X 3 ATLÉTICO-MG - O "Galo" é um tradicional freguês vascaíno. Principalmente, se o balcão for o da Copa do Brasil. Em quatro pegas, a “Turma da Colina” ciscou três espigas de milho no terreiro do “Galo”. Em 1994, pelas quartas de final do "Copão", o “Almirante” afundou o alvinegro mineiro,  no Mineirão, em Belo Horizonte.  No apito, quem estava era Oscar Roberto de Godói-SP. Leandro Ávila, aos 21 e Jardel, aos 45, balançaram a rede, no primeiro tempo. No segundo, França, aos 14, e Hernande, aos 39, completaram o serviço, ordenado pelo técnico Sebastião Lazaroni, que confiou em: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, França e Wiliam; André Pimpolho (Hernande), Jardel e Yan.

19.06.1997 – Vasco 3 x 1 Peñarol-URU. 

               O REI DO FUTEBO VESTE A CAMISA DA TURMA DA COLINA
 
Pelé entre Álvro e Jair
Rosa Pinto, dois ex-vascaínos
Este é o fato e esta a foto que todo time gostaria de ter: Pelé com a camisa do Vasco da Gama. Foi com ela que o futuro “Rei do Futebol” despertou as atenções do treinador Sylvio Pirillo, que o convocou para a Seleção Brasileira, após ver em ação um garoto atrevido, jogando pelo Combinado Vasco/Santos, no Maracanã, pelo Torneio Internacional do Morumbi.
Era 19 de junho de 1957 e o time usou a camisa cruzmaltina, em todos os jogos no “Maracá”, onde goleou o português belenenses, por 6x1. Pelé marcou os três primeiros gols da partida, todos no primeiro tempo. Por sinal, os seus primeiros tentos internacionais.
Pelé voltou avestir a jaqueta vascaína em 22 e 26 daquele junho de 1957, respectivamente, nos empates, ambos por 1 x 1, contra o então iugoslavo Dínamo de Zagreb, e o Flamengo, balançando a rede nas duas oportunidades. Quanto ao combinado, vale ressaltar que, dos astros vascaínos, só Paulinho de Almeida e Bellini participaram, porque estavam convocados para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa Roca, contra a Argentina, e não viajaram para uma excursão à Europa, bem como Wagner, Iedo, Artoff e Valdemar. De sua parte, Pelé, aos 16 anos, ainda reserva e seu apelido confundia os repórteres cariocas: Pelé, ou Pelê. Mesmo tendo sido por ali que o “Rei” começou a ganhar a coroa, o torneio não comoveu os torcedores e não chegou ao final. Pelé fez mais um jogo pelo combinado, mas com a camisa santista, no empate, por 1 x 1 com o São Paulo, em 29 de junho, marcando gol do Vasco/Santos.
 
CONFIRA AS FICHAS TÉCNICAS DO PELÉ CRUZMALTINO
 
19.061957 – Vasco/Santos 6 X 1 Belenenses-POR. Torneio Internacional do Morumbi. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar Ferreira. Gols: Pelé (3), Álvaro (2), Pepe e Matateu. COMBINADO: Wagner, Paulinho e Bellini; Ivan, Urubatão e Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar) e Pepe. BELENENSES: Pereira, Polido (Moreira), Pires e Carlos Silva; Pires e Vicente (Pelefero); Dimas, Faia, Ricardo Peres, Matateu e Tito.

22.06.1957 - Vasco/Santos 1 x 1 Dínamo Zagreb-IUG. Torneio Internacional do Morumbi. Estádio: Maracanã. Juiz: Frederico Lopes. Gols: Pelé, Panko. COMBINADO: Wagner, Paulinho e Bellini; Ivan, Urubatão e Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar) e Pepe. DÍNAMO ZAGREB: Irovic, Sikio, Crocovic, Croncovic; Koskat e Horvat; Panko(Gaspert), Cercovic, Kong, Angic, Lipozonovic.

Ainda desonhecido no Rio de Janeiro, Pelé chegou aprontando

26.06.1957 – Combinado Vasco/Santos 1 x 1 Flamengo – Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro. Torneio Internacional do Morumbi; Juiz: Anver Bilate; Gols: Pelé (Vasco-antos) e Dida (Flamengo). VASCO/SANTOS: Manga, Paulinho, Bellini e Ivan; Urubatão e Brauner; Iedo (Pagão), Pelé, Del Vecchio (Pepe), Jair Rosa Pinto e Tite. FLAMENGO: Ari, Joubert, Pavão e Jordan; Jadir (Dequinha) e Mílton Copolilo; Luiz Carlos, Moacir, Henrique (Duca), Dida e Zagallo (Babá).
 
 29.06.1957 - Vasco/Santos 1 x 1 São Paulo. Torneio Internacional do Morumbi. Estádio: Morumbi. Juiz: Walter Galera. Gols: Pelé e Nei. COMBINADO: Manga, Paulinho e Bellini, Ivan; Urubatão e Brauner; Iedo, Pelé, Del Vecchio, Valdemar (Darci) e Pepe. São Paulo: Paulo, De Sordi (Clélio), Mauro e Riberto; Bauer e Vítor (Ademar); Maurinho, Nei, Gino (Baltazar), Maneca e Sílvio. OBS: como esta partida foi em Sã Paulo, usou-se a camisa do Santos. (Fotos reproduzida da revista Grandes Clubes). Agradecimento. 
 


 

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