Vasco

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segunda-feira, 6 de março de 2017

TRAGÉDIAS DA COLINA - VANDERLEI

 

1 - Irmão de Valdo, o maior artilheiro da história do Fluminense, o também atacante Vanderlei começou com um bom futuro em São Januário. Em 1960, ele foi convocado para a seleção canarinha que disputaria os Jogos Olímpicos de Roma, na Itália. Todos os atletas tinham a idade de juvenis. Mesmo assim, ao deixar aquele time,  ele passou a segundo reserva do ponta-direita Sabará, e chegou a disputar algumas partidas do time A cruzmaltino. Ganhou prestígio, afinal jogar na vaga do titular não era fácil. Sabará era o único ponteiro respeitado por Nílton Santos, considerado o melhor lateral-esquerdo da história do futebol brasileiro. Vanderlei, no entanto, não explodiu. O Vasco o  mandou para a Portuguesa Santista, em 1961. Ao encerrar o seu contrato, ele disse não ter se adaptado ao novo clube e voltou para o Rio de Janeiro, pensando em encerrar a carreira. Por sorte, o irmão Valdo tinha muito prestígio no futebol espanhol e conseguiu encaminhá-lo ao Elche.  

 

 
2 -  Na manhã de 23 de agosto de 1966, o time vascaíno treinava na praia do Leblon. Após os trabalhos, os jogadores foram para o banho de mar. Alcir, Jorge Andrade e Sérgio quase foram tragados pelas ondas. Foram salvos pelo goleiro Amauri, bom nadador, e pelos salva-vidas Ranílson e Elmir. O apoiador Alcir contou ter sentido câimbras e, por estar longe da praia, sentiu-se sem condições de voltar à praia. Começou a pedir socorro, pois a correnteza estava forte, e carregava, também os outros dois companheiros, que estavam por perto. Ao chegar até Alcir, o goleiro Amauri o segurou por baixo e levantou a sua cabeça, para impedi-lo de beber água. Enquanto isso, os salva-vidas recuperavam Jorge e Sérgio. Na praia, Alcir recebeu aplicação de respiração artificial, para expelir a água que tivesse ingerido. Foi um tremendo susto para a turma do treinador Zezé Moreira..
 
3 - Se a temperatura de um time fosse medido por insucessos diante de grande rivais do estado rival, o Vasco estaria perfeitamente encaixado no termômetro daquela ‘fritura”. Durante o Torneio Rio-São Paulo-1965, pisou na bola, seguida e horrorosamente, diante dos paulistanos Corinthians e Palmeiras. Para o primeiro, caiu, por 1 x 3, em 14 de fevereiro, no Pacaembu. Além de jogar pouco, mostrou ao ‘Verdão’ que bastaria forçar a barra,  que o venceria fácil. E foi o que rolou, no dia 7 de março, dentro do Maracanã. Além de ser goleado, por 1 x 4, o Vasco ainda sofreu o gol – marcado pelo ponta-direita pernambucano Gildo – então mais rápido do futebol, aos 7 segundos.
O time vascaíno daquele tempo era comandado pelo treinador Zezé Moreira e teve, nos dois compromissos, esta rapaziada: Levis; Joel (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha (Oldair); Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho.

4 -  Em 16 de novembro de 1930, o Vasco recebia, em São Januário,  a visitas do seu então maior rival, o América. E perdia, por 0 x 1, nos minutos derradeiros da partida. De repente, a torcida invadiu o gramado, e o jogo teve de ser suspenso.  Os dois minutos e 30 segundos que ficaram faltando, foram disputados cinco dias depois. Mas a catimba vascaína não funcionou. A sua rapaziada não conseguiu "meter o pé na rede" e o placar ficou naquilo. Então, o Vasco ficou vice e o América terceiro colocado. A taça foi parar nas mãos dos botafoguenses.

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