O meiuqueiro Paulo Miranda aparecia bem quando jogava pelo Atalético-PR. Ao trocar o Furacão (apelido dos atleticasnos paranaenses) por São Januário, pareceu que ventos mais do que muito fortes haviam varrrido o bom futebol de suas chuteiras. A torcida vascaína criticava os seus excessos de passes laterais e a crônica esportiva carioca a acompanhava, pois o cara não acontecia. Um dia, o cronista César Seabra, da revista semanal Lance A +, também, perdeu a paciência com o atleta e desceu-lhe a porradea, por crônica em que, prejorativamente, chamou-o por “O fenômeno Miranda”. Escrveu ele:
- Tratas-se de um dos piores jogadores do mundo. Paulo Miranda marca mal, chuta mal, passa (a bola) mal, apoia mal, faz tudo mal....... No empate (1 x 1 ) com o São Caetano, em São Paulo (primeiro jogo da decisão da Copa João Havelange) foi o pior jogador em campo. Com Paulo Miranda no gramado, o Vasco (da Gama) sempre dá a sensação de estar com um homem a menos.
Bateu seco, esculhambou! Mas, na tarde de 18 de janeiro de 2001, uma quarta-feira, com o Maracanã reebendo 31.761 pagantes, Paulo Miranda estava ajudando o time vascaíno a conquistar a Copa JH, o Brasileirão-2000. Entrou em campo, em lugar de Juninho Pernambucano, durante o segundo tempo, e ajudou a rapaziada a cadenciar a partida, quando aquilo era pedido, pois o substituído, autor de um dos gols dos 3 x 1, já estava exausto. Daquela vez, nenhum torcedor se incomodou de vê-lo fazendo passes laterais, a partir dos 35 do segundo tempo, pois era o jogo que passara as interessar ao Almirante. Time do dia: Helton; Clebson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista (fez um dos gols); Nasa, Jorginho Amorim (Henrique), Juninho Pernambucano (Paulo Miranda) e Juninho Paulista (Pedrinho), Euller e Romário (fechou o placar).
Cronista de Lance A + via Paulo Miranda como o pior dos piores
O Vasco da Gama buscou Paulo Miranda no Atlético-PR, em 1999. Ele ficou até 2001 com a Turma da Colina e, de acordo com o pesquisador Raimundinho Maranhão, consultor do Kike, teria disputado 170 partidas e marcado oito gols vascaínos. Ao deixar a Colina, segundo o mesmo Maranhão, foi para o francês Bordeaux e defendido outros dez clubes, até encerrar a carreira, em 2010.
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