Durante a temporada-1969, até o 21 de setembro, Brito, Moacir, Fernando e Orlando haviam sido os caras da zaga vascaína. No dia 28 – Vasco da Gama 3 x 0 Santas Cruz-PE -, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro, no estádio da Ilha do Retiro, em Recife, o treinador Paulinho de Almeida (lateral-direito vascaíno da década-1950), lançou Renê do lado de Fernando. Por ter atuado bem, ele ficou pelos dois jogos seguintes. Depois, perdeu a vaga, para Moacir, nos quatro compromissos que vieram pela frente, mas voltou a ser escalado, em 5 de novembro. Manteve o posto pelas três partidas que vieram e ganhou a missão de marcar Pelé na partida da noite da quarta-feira 19 de novembro, no Maracanã, quando todo o mundo esperava pelo milésimo gol do “Rei do Futebol”. Este até marcou o tão esperado tento, aos 38 minutos do segundo tempo, mas Renê marcou primeiro, aos 10, da mesma etapa – só que gol contra, diante de 65 mil pagantes.
Aquele foi um dos vários famosos gols de Renê jogando como bandido. O mais + mais de todos, no entanto, saiu durante a campanha a campanha do Vasco da Gama rumo ao título de campeão carioca-1970 (não o tinha desde 1958). Era 13 de setembro e, aos 17 minutos do primeiro tempo, ele empatou, para o América, quando a Turma da Colina tinha 1 x 0 na conta. Foi um golaço, uma atrasada de bola, do meio do campo, para o goleiro Andrada. Inacreditável para 44.907 testemunhas, no Maracanã.
Reprodução do álbum de recortes de revistas/jornais do torcedor vasacaíno Raimudinho Maranhão - agradecimento
Com a pecha de zagueiro-bandido, por ter feito cinco gols-contra, Renê passou a ser marcado pela torcida vascaína, que o sacaneava, pedindo a “escalação de um zagueiro para marcá-lo”. Lá pelas tantas, ele perdeu a vaga de titular e desestimulou-se. Pediu para ir embora, mas não foi.
Corria 1973 e os xerifões Miguel e Joel Santana se
contundiram. O jeito foi o treinador Paulo Amaral chamar no fogo o desanimado Renê. Pior para aqueles dois. Renê
aproveitou a chance e. Ganhou faixas de apoio da torcida vascaína e até falou-se em convocação dele para uma
Seleção Brasileira que enfrentaria um time das "estranjas", como girizava o torcedor carioca. Pena que ele foi
suspenso, por 365 dias, acusado de dar cabeçada no árbitro Carlos Costa, em Vasco x Olaria. Renê jurou
ter escorregado no campo molhado, quando
foi reclamar de marcação, e o árbitro admitiu a possibilidade, durante o julgamento
do zagueiro, que esteve vascaíno até 1976.
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