Vasco

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quinta-feira, 25 de maio de 2023

VASCO NO PLACAR - FORMIGUINHA DIRCEU

 Quando Dirceu chegou a São Januario, o torcedor vascaíno o imaginava sujeito simples, humilde, tímido e que faria na equipe o papel da “formiguinha” criada pelo ponta-esquerda Zagallo, na Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1958. Com o tempo, foi vendo que o carinha não era nada daquilo, mas muito orgulhoso do seu futebol e querendo, cada vez mais, a fama. Sentia-se humilhado quando o treinador o substituía durante as partidas. Com ele, não tinha esse negócio de sair de campo para ser poupado. Só aceitava substituição quando não dava mais, mesmo, pra continuar jogando, por conta de alguma pancada forte.

 Embora alguns o vissem por “jogador armandinho”, Dirceu era considerado pela maioria dos torcedores cruzmaltinos como aplicado, taticamente, rondanado por todas as partes do campo e só pensando em vencer, como contou a revista paulistana Placar. Assim, ele vestiu a jaqueta vascaína, entre 13 de fevereiro de 1977 – Vasco da Gama 2 x 1 Flamengo, amistosamente, e 12 de fevereiro de 1978 – Vasco da Gama 0 x 0 Corinthians, pelo Brasileiro, disputandi 25 partidas e marcado dois gols – estes nos amistosos Vasco 2 x 1 Flamengo (13.02.1977) e Vasco 4 x 3 Botafogo (18.02.1977), em sua chegada.

             Reprodução de contracapa da semanária Placar

 Como representante do Almirante, Dirceu disputou a Copa do Mundo da Argentina-1978, voltando como o destaque do time canarinho, eleito o Chuteira de Broze, só superado pelo argentino Mário Kempes e o italiano Paolo Rossi. Ao lado de outro vascaíno, o centroavante Roberto Dinamite, foi o brasileiro que mais gols marcou naquele Mundial (3), tendo sido dele o que deu ao time de Cláudio Coutinho – Brasil 2 x 1 Itália -  o terceiro lugar do torneio –  24 de junho de 1978 -, quando o treinador brazuca considerou os seus rapazes “campeões morais”, por saírem invictos da disputa, enquanto os anfitriões-campeões haviam perdido para a Itália.

Se não deu para Dirceu trazer o caneco das canchas argentinas, ele ganhou o do Estadual-RJ-1977, participando de todas as 30 partidas deste time-base: Mazaropi; Orlando Lelé, Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Helinho e Dirceu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Ramon Pernambucano, treinados por Orlando Fantoni. Em 1988, ele estava de volta a São Januário para ajudar na conquista de mais um título estadual, entrando em sete partidas deste time-base: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e William; Vivinho, Bimarck e Romário, comandados por Sebastião Lazaroni.

 Nascido, em Curitiba, no 15 de junho de 1952, Dirceu Jose Guimarães viveu até 15 de setembro de 1995, levado desta vida por um acidente automobilístico, no Rio de Janeiro. Muitos o chamavampor Dirceuzinho, por ser magrinho e ter pouca estatura – tudo compensado por um fôlego de gato, se é que o gato tem tanto fôlego quanto ele tinha.

 

 

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