Vasco

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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

REVKIKE Nº 25 - CORTINA DE FERRO

 Entre 1947 e 1991, o planeta vivia a guerra fria, estado político-ideológico, levando um bloco para o lado do capitalismo promovido pelos Estados Unidos e o outro adotando o comunismo da então União Soviética, que havia sido a Rússia. Muito provavelmente, foi por ali que surgiu a gíria ficou russo, sugerindo que algo estava complicado, como a propaganda norte-americana dizia serem as coisas no lado inimigo que estaria fechado por uma Cortina de Ferro. 

ARTE: Renato Aparecida - www.desenhosrosart@gmail.com.br

As relações diplomáticas Brasil-Rússia foram estabelecidas em 3 de outubro de 1828 e estiveram interrompidas por duas oportunidades: em 1917, após a revolução que instaurou o comunismo no poder e trocou Rússia por União da Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS, ou CCCP na grafia da terra (reestabelecidas em 1945) e em 1947, quando o governo do presidente Eurico Dutra fechou o Partido Comunista Brasileiro e cortou o papo com Moscou, tendo a brazucada só voltado às boas com os ex-amigos  no já distante 1961. De outra parte, em 1991, quando a União Soviética voltou a ser Rússia, o Brasil foi um dos primeiros a reconhecer a Federação da Rússia como o sucessora legal da União Soviética

Em 19557, quando norte-americanos e soviéticos viviam o que foi chamado por guerra fria, um  período marcado por intensas corrida pela supremacia militar e tecnológica, os primeiros lideravam as Américas e a Europa Ocidental, enquanto os rivais faziam o mesmo pelo leste europeu, estendendo sobre eles o que o primeiro-ministro inglês Winston Churchill chamou por Cortina de Ferro. Para o futebol brasileiro, esta foi aberta, em 18 de junho de 1956, quando a Portuguesa-RJ foi à capital soviética empatar (1 x 1), com o Dínamo Moscou – depois, encarou o Dínamo Tiblissi.  Em 5 de junho de 1957, foi a vez do Bahia pintar por lá e levar 1 x 2 Torpedo e 1 x 3 Dínamo Moscou. Mas mandou 4 x 3 Zenit e 1 x 0 Kieschenov, além de empatar 1 x 1 Spartak; 2 x 2 Lokomotiv e 0 x 0  Karkov.

Para o Vasco da Gama, terceiro time brasileiro atuar na CCCP, sempre ficou russo encarar os soviéticos, que os brasileiros preferiam chamá-los pelo gentílico anterior à revolução bolchevique de 1917. Confira:

08.07.1957 – Vasco 1 x 3 Dinamo Kiev – segunda-feira, no Estádio Nikita Kruschev, em Kiev, na Ucrânia, com o gol vascaíno marcado porAlmir Albuquerque. A rapaziada vinha de uma estafante excursão pelas Américas Central e do Norte, e a Europa,  já tendo disputado 11 partidas. Cansada, querendo voltar ao Brasil, de onde saíra durante os primeiros dias de junho, a equipe sentiu grande desgaste físico  e caiu, sem contestação. Dirigido por Martim Francisco, o time alinhou: Hélio, Dario e Viana; Laerte, Orlando Peçanha e Ortunho; Sabará, Livinho (Almir), Livinho, Vavá´(Wilson Moreira), Válter  e Pinga.

11.08.1957 – Vasco 1 x 3 Dinamo Moscou – quinta-feira, com Vavá abrindo o placar do Estádio Central Lenin, na capital soviética. Mas o cansaço da moçada levou à virada de placar pelos anfitriões. Martim Francisco manteve a formação da partida passada: Hélio, Dario e Viana; Laerte, Orlando e Ortunho (Coronel); Sabará, Wilson Moreira, Vavá, Válter e Pinga.  

14.07.1957 – Vasco 0 x 1 Spartak Moscou – domingo de 90 mil torcedores no estádio moscovita e final do giro pelo exterior. Time do dia: Hélio, Dario e Viana (Brito). Laerete, Orlando eOrtunho (Coronel); Sabrá, Livinho (Roberto Pinto) Vavá (Vadinho), Válter e Pinga.    

04.12.1957 Vasco 1 x 1  Dínamo Moscou – primeiro jogo de soviéticos no Maracanã. O amistoso teve visitantes abrindo o placar, no primeiro tempo, e Almir Albuquerque o igualando, na etapa final. O treinador vascaíno era Francisco de Souza Ferreira, o Gradim, atacante do Almira da década-1930 e que esclou: Carlos Alberto Cavalheiro; Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio (Laerte) e Orlando (Barbosa); Lierte (Waldemar), Almir, Wilson Moreira, Rubens e Roberto. O Dínamo teve: Yashin “Aranha Negra”, Kesarev, Kryzhevsky, Sokolov, Ketznetsov, Tzariov, Shopovalov, Mamykin, Baniov, Fedosov, Ryzhkin e Urin. OBS: Yashin, Kesarev, Kryzhevsky e Ketznetsov jogariam Brasil  2 X 0 URSS, da Copa do Mundo-1958.

FOTO REPRODUZIDA DE MANCHETE ESPORTIVA

 Bellini (D) ficou no empate, no Maracanã, 

27.02. 1969 - Vasco 0 x 1 Seleção da União Soviética - noite de uma quinta-feira, com o Maracanã recebendo 86 mil pagantes para o amistoso queteve o gol do visitante no segunto tempo. Pinga, que atuara nos amistosos em gramados soviéticos, em 1957, estava como treinador da rapaziada, que foi: Pedro Paulo; Fidélis, Brito, Fontana e Eberval; Buglê e Benetti; Nado, Valdrido (Adílsn Albuquerque), Nei Oliveira (Alcir) e Luís Carlos Lemos.    

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