Nos dias em que o Dinamite estava mais do que muito a fim de explodir o adversário, não havia engenharia capaz de impedir o estrago. Confira dois exemplos “tridimensionais”:
5 de maio de 1985 – Vasco da Gama 5 x 1 Atlético de Cajazeiras-PB
- era costume dos antigos vascaínos fazer jogos caça-níqueis,
quando folgavam nas tabelas das suas disputas oficiais, para ajudar no
pagamento de suas folha salarial. Roberto Dinamite participou de vários
deles, nos mais distantes e esquisitos gramados. Um desses compromisso
exóticos foi no sertão da Paraíba. De tão brega que o foi, o treinador Edu
Coimbra escalou dois centroavantes no meio-de-campo, Gilberto e Cláudio
Adão. E, como tinha mais atacantes do que “farinha em feira nordestina”,
goleou, com três pelotadas por Roberto Dinamite – e mais duas por conta de
Marquinho e Silvinho. A turma da breguice do dia foi: Acácio;
Mílton Mendes, Donato, Nenê e Aírton; Gilberto e Cláudio Adão (Rômulo); Cláudio
José, Mauricinho, Roberto Dinamite e Silvinho.
16 de fevereiro de 1986 – Vasco da Gama 6 x 0
Goytacaz-RJ - quem não tinha Gato (Félix) pra parar a ação do Dinamite,
caçava a bola. Gato Félix, o goleiro do Goyta (apelido do time
campista) pintou pela Colina, para defender a cidadela (como
diriam os locutores de antigamente) da sua turma, mas não deu pra ser tão
esperto. Três explosões do Dinamite – aos 3 e aos 18 minutos do primeiro tempo,
e aos 44 do segundo - além de dois tapinhas de Romário no filó, aos
15 minutos da etapa inicial e aos 24 da final, e mais uma mordidinha de
Gersinho, no segundo minuto do segundo tempo, fizeram-lhe de rato na
ratoeira. Valeu pela primeira rodada do primeiro turno do Campeonato
Estadual-RJ aquela primeira vitória vascaína na temporada, em um domingão, com
o prestígio de 6.893 almas. Antônio Lopes era o treinador cruzmaltino e a sua
rapaziada foi: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Moroni e Lira;
Vítor, Mazinho e Gersinho; Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário.
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