Foto reproduzida do blog do Deni Menezes - agradecimento
O jornalista Aparício Pires, na foto acima com o Dinamite, procurava uma manchete para a capa do Jornal dos Sports de 25 de novembro de 1971, quando a Turma da Colina enfrentaria o gaúcho Internacional, no Maracanã, valendo pelo Campeonato Brasileiro de Futebol. O setorista em São Januário, Eliomário Valente, informou-lhe que um atacante novato tinha "dinamite nos pés". Não deu outra: “Vasco escala o Garoto-dinamite”, foi às bancas.
Na noite seguinte, o carinha fez por merecer a promoção. Mandou uma pancada para o gol e saiu no jornal: “Garoto-Dinamite explodiu!”. Nascia por ali o Roberto Dinamite, que viria a ser o maior ídolo e maior artilheiro da história do Club de Regatas Vasco da Gama (708 gols) – e do Campeonato Brasileiro (190). Aparício Pires, o autor da manchete, foi um carioca que viveu por 82 temporadas, entre 1925 a 5 de abril de 2008. Teve ótimos texto e criatividade. Cria da Revista do Rádio, em 1950, passou por Pasquim, Última Hora, Jornal do Brasil e O Globo, onde aposentou-se, em 1989. Deixou seis filhos, uma das quais jornalista, e seis netos. Sobre o Aparício, em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o então deputado Roberto Dinamite declarou: “Ele foi uma pessoa de suma importância no início da minha carreira, porque, quando eu comecei a jogar futebol, era conhecido como Zé Roberto (criado pelo treinador Célio de Souza) e outros jogadores já tinham esse nome”.Roberto, que presidiu o Vasco da Gama, entre 2008 a 2014, naquele dia na AL, fez um histórico dos seus inícios e do primeiro gol, lembrando que, a partir dali, passara a ser chamado de Roberto Dinamite. “Já incorporei isso ao meu nome oficial” o que ajudou-lhe na carreira política. "Hoje, o torcedor não consegue ver o Roberto sozinho, sem o Roberto Dinamite... O Aparício foi esse grande mentor que me batizou com essa marca”, agradeceu o atleta que vestiu a jaqueta cruzmaltina por 1.022 partidas, sendo 768 oficiais e 254 amistosas. Para a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, Roberto Dinamite é o quarto goleador de competições oficiais do planeta, atrás só de Pelé, Josef Bican, da antiga Tchecoeslováquia, e do húngaro Puskas, que fez grande parte de sua carreira na Espanha. Assim, seguramente, o 25 de novembro de 1971 será, sempre, é uma das mais importantes do calendário cruzmaltino, porque naquela noite de uma quinta-feira, 10.449 pagantes viram nascer uma lenda. Carlos Roberto de Oliveira tornava-se “Roberto Dinamite”, ao marcar o seu primeiro gol com como atleta profissional. MARCO ZERO - Esta história começa, em 1970, quando o olheiro Fernando Ramos, o "Gradim" (mesmo apelido de Francisco Ferreira de Sousa, ex-atacante e ex-treinador vascaíno) levou o garoto, de 16 de idade, para treinar em São Januário. Aprovado, terminou o Campeonato Carioca Juvenil, com 10 gols, sendo o principal matador do time. Em 1971, ainda juvenil, aumentou a cota, para 13, tornando-se o goleador máximo do Estadual e, ainda, campeão.
Recado dado, Roberto foi colocado no banco dos reservas do time A, em 14 de novembro, pelo treinador Admildo Chirol, em Vasco 0 x 1 Bahia, na Fonte Nova, em Salvador. Pelos inícios do segundo tempo, substituiu Pastoril e melhorou o rendimento da equipe, mas não mudou o placar, aberto na etapa inicial. Quando nada, ganhou a vaga de titular para Vasco 1 x 2 Atlético-MG, uma semana depois, no Mineirão, tendo sido substituído, pro Ferreti, no segundo tempo. Veio, então, a noite do jogo contra o Internacional-RS. Chirol o deixou no banco dos reservas, durante a etapa inicial. Aos 5 minutos do segundo tempo, o meia Buglê, abriu a porteira gaúcha: Vasco 1 x 0. Em seguida, os colorados ferveram em cima. Parecia que o empate seria questão de tempo. Enquanto pressionavam, Chirol pensou em substituir o ponta-esquerda Gílson Nunes e mandou aquecer o garoto que já tivera duas chances de jogar pelo time principal, mas ainda não encontrara o caminho das redes.
Eram jogados 27 minutos da etapa final, quando Roberto, na primeira bola que recebeu, partiu, quase da intermediária, passando pelos quatro que encontrou pela frente. Na velocidade em que ia, soltou a pancada, de fora da área, com o pé direito. O goleiro Carlos Gainete não teve como deter aquele chute tão intenso que fez muito sucesso nos cinemas, quando o Canal 100 exibia o jornal da tela. Depois do jogo, o repórter Eliomário Valente telefonou para a redação e contou ao Aparício sobre a intensidade do chute que valeu a manchete famosa, já citada acima.
Naquele prélio, que rendeu Cr$ 49.675,00, o apito foi de Maurílio José Santiago-MG e o Vasco da Gama alinhou: Andrada; Haroldo, Miguel, Renê e Alfinete; Alcir e Buglê; Luís Carlos Lemos, Beneti (Jaílson), Ferreti e Gílson Nunes (Roberto Dinamite). O Inter teve: Gainete; Bira, Pontes, Flávio e Édson Madureira; Carbone e Paulo César Carpegiani; Valdomiro, Sérgio Galocha, Claudiomiro (Bráulio) e Dorinho (Arlem). (Fotos reproduzidas de www.netvasco.com.br) Agradecimentos).
O jornalista Aparício Pires procurava manchete para a capa do Jornal dos Sports de 25 de novembro de 1971, quando o Vasco da Gama enfrentaria o Internacional-RS, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol. O setorista, em São Januário, Eliomário Valente, informou-lhe de que um atacante novato tinha "dinamite nos pés". E não deu outra: “Vasco escala o Garoto-Dinamite” - foi para as bancas. Na noite seguinte, o carinha mandou uma pancada para o arco dos colorados e o diário estampu: “Garoto-Dinamite explodiu!”.
Nascia por ali o Roberto Dinamite, que viria a ser o maior ídolo e maior artilheiro da história do Club de Regatas Vasco da Gama (708 gols) e do Campeonato Brasileiro (190). Se não fosse tal manchete, ele poderia ter sido Zé Roberto, como o chamava o treinador Célio de Souza, nome muito comum entre atletas.
Roberto, que presidiu o Vasco da Gama, entre 2008 a 2014, incorporou o Dinamite ao seu nome e isso ajudou-lhe muito na carreira política. "Hoje, o torcedor não consegue ver o Roberto sozinho, sem o Roberto Dinamite... O Aparício foi esse grande mentor que me batizou com essa marca”, agradeceu ele, em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Quanto ao Aparício Pires, nesta foto com o Dinamite, este foi um carioca que viveu entre 1925 a 5 de abril de 2008. Teve ótimos texto e criatividade e foi cria da Revista do Rádio, em 1950. Passou, ainda, por Pasquim, Última Hora, Jornal do Brasil e O Globo, onde aposentou-se, em 1989 - deixou seis filhos e seis netos.
A história do garoto que virou Dinamite começara em 1970, quando o olheiro Fernando Ramos, o "Gradim”, levou-9, aos 16 de idade, para treinar em São Januário. Aprovado, terminou o Campeonato Carioca Juvenil, com 10 gols, sendo o principal artilheiuro do time. Em 1971, ainda juvenil, aumentou a cota, para 13, tornando-se o goleador máximo do Estadual e, ainda, campeão. Recado dado, ele foi par o banco dos reservas do time A, em 14 de novembro, pelo treinador Admildo Chirol, em Vasco 0 x 1 Bahia, na Fonte Nova, em Salvador. Lançado em campo, no começo do segundo tempo, substituindo Pastoril, melhorou o rendimento da equipe, mas não mudou o placar. Quando nada, ganhou vaga de titularm, em Vasco 1 x 2 Atlético-MG, uma semana depois, no Mineirão. Mas foi substituído, por Ferreti, no segundo tempo.
Veio, então, a noite do jogo contra o Inter. Chirol deixou-o, novamente, no banco, durante a etapa inicial. Aos cinco minutos do segundo tempo, o meia Buglê (José Alberto Bougleux) abriu a porteira gaúcha: Vasco 1 x 0. A seguir, os colorados ferveram em cima do Almirante. Parecia que o empate seria questão de tempo. Enquanto pressionavam, Chirol pensou em substituir o ponta-esquerda Gílson Nunes e mandou aquecer o garoto que já tivera duas chances de jogar pelo time principal, sem encontrara o caminho das redes. Eram jogados 27 minutos (52) quando Roberto, na primeira bola que recebeu, partiu, quase da intermediária, passando pelos quatro que encontrou pela frente. Na velocidade em que ia, soltou uma pancada impressionante, de fora da área, com o pé direito. O goleiro Carlos Gainete não teve como deter aquele chute tão intenso que fez muito sucesso nos cinemas, quando o Canal 100 exibia o ‘jornal da tela’.
Depois do jogo, o repórter Eliomário Valente telefonou para a redação e contou ao colega Aparício sobre a intensidade do chute que valeu a manchete famosa, já citada acima. Naquele jogo, que rendeu Cr$ 49.675,00, o apito foi de Maurílio José Santiago-MG, e o Vasco da Gama alinhou: Andrada; Haroldo, Miguel, Renê e Alfinete; Alcir e Buglê; Luís Carlos Lemos, Beneti (Jaílson), Ferreti e Gílson Nunes (Roberto Dinamite).
Comemoração de gol que valeu sobrenome
Para a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, Roberto Dinamite é o quarto goleador de competições oficiais do planeta, atrás só de Pelé, Josef Bican, da antiga Tchecoeslováquia, e do húngaro Puskas, que fez grande parte de sua carreira na Espana.
Assim, seguramente, o 25 de novembro de 1971 será, sempre, é uma das mais importantes do calendário cruzmaltino, porque naquela noite de uma quinta-feira, 10.449 pagantes viram nascer uma lenda. Carlos Roberto de Oliveira tornava-se “Roberto Dinamite”, ao marcar o seu primeiro gol com como atleta profissional.
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