Reprodução de página do jornal espanhol AS
Negociado, com o espanhol Barcelona,
em fevereiro de 1980, após 10 anos e São Janauário, Roberto Dinamite saiu de São Januário
deixando no currículo 345 gols, dos quais 46 como juvenil, embora jogasse,
pelo time A, desde 1971. Profissionalizou em 1973. Com média anual de 34
bolas no filó, medindo 1,87cm e com um chute aterrorizante, por U$
710 mil, o “Barça’ veio buscá-lo, para tirá-lo de sua pior crise técnica dos
últimos 28 anos. Mas o técnico Helenio Herrera não o queria. Pra piorar,
Roberto jogava caindo pelas pontas, procurando o gol, o que lhe era difícil,
pois as entradas de áreas eram congestionadas, tirando-lhe espaços para se
movimentar, trabalhar a bola e chutar em boas condições, como no Vasco, “que
jogava para ele”. No Barcelona, prevalecia o individualismo e Herrera não deu
tempo para o Dinamite se adaptar. |
Muito cobrado, Roberto e não
conseguia render o mesmo dos seus tempos vascaínos. Fez só três gols
– dois de pênalti –, em oito jogos. Como não explodia na Espanha, então, o
presidente do Flamengo, Márcio Braga, tentou repatriá-lo. Mas u Eurico Miranda
foi mais vivo. Roberto reestreou vascaíno em 24 de abril de 1980, em Vasco
da Gama 1 x 0 Náutico-PE, em Recife, pelo Brasileirão, sem marcar gol – Guina marcou.
Reencontrou-se com a galera cruzmaltina, em 4 de maio, no Maracanã,
marcando todos os gols de Vasco 5 x 2 Corinthians, o então campeão
paulista, diante de 107.474 pagantes. Ao final da partida, ele foi pra galera
da (já nexistente) geral, jogar para a moçada a camisa 10 preta, com a
faixa branca.
Reprodução de página do Jornal do Brasil
Carlos Roberto de Oliveira é filho de Seu Maia e de Dona Neuza.
Criado em São Bento, bairro pobre do município de Duque de
Caxias, nasceu às 4h25 de 13 de abril de 1954. Apelidado por Calu, aos 12
anos, ele já era individualista, fominha, titular e artilheiro do principal
time do seu pedaço, o Esporte Clube São Bento. Foi descoberto, em 1969, pelo
técnico e olheiro nas peladas suburbanas, Fernando “Gradim” Ramos, que gostou dos dribles desconcertantes do ex-Calu e
já Carlinhos, aos 14 de idade. Ele o levou, com 54 quilos, para as categorias
de base do Vasco e o entregou ao Seu Rubens. Um mês depois, já estava no time
juvenil, treinado por Célio de Souza. Em pouco mais de um ano, tinha mais de 46
gols na conta e engordado 15 quilos, graças a trabalho muscular. No Campeonato
Carioca de Juvenis de 1970, foi o maior “matador”
vascaíno, com 10 gols. Em 71, já foi o principal artilheiro da competição, com
13 tentos, chamando a atenção do técnico do time A, Mário Travaglini, que o
relacionou para disputar o Brasileirão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário