Vasco

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

ROBERTO DINAMITOU E FOI DINAMITADO

      Foto de Roberto Dinamite reproduzida do arquivo do Jornal de Brasília

Nos dias em que o Dinamite estava a fim de detonar o adversário, não havia engenharia capaz de impedir o estrago. Confira só dois exemplos tridimensionais:  

5 de maio de 1985 – Vasco da Gama 5 x 1 Atlético de Cajazeiras-PB -  era costume dos antigos vascaínos fazer jogos caça-níqueis, quando folgavam nas tabelas das suas disputas oficiais, para ajudar no pagamento de suas folha salarial.  Roberto Dinamite participou de vários deles, nos mais distantes e esquisitos gramados. Um desses compromisso exóticos foi no sertão da Paraíba. De tão brega que o foi, o treinador Edu Coimbra escalou dois centroavantes no meio-de-campo, Gilberto e Cláudio Adão. E, como tinha mais atacantes do que “farinha em feira nordestina”, goleou, com três pelotadas por Roberto Dinamite – e mais duas por conta de Marquinho e Silvinho. A turma da breguice do dia foi: Acácio; Mílton Mendes, Donato, Nenê e Aírton; Gilberto e Cláudio Adão (Rômulo); Cláudio José, Mauricinho, Roberto Dinamite e Silvinho.

16 de fevereiro de 1986 – Vasco da Gama 6 x 0 Goytacaz-RJ -Três explosões do Dinamite - aos 3, aos 18 (pênalti) e aos 89 minutos -  derrubaram a cidadela (como diriam os locutores de antigamente) do time de Campos-RJ. Naquele dia,  o Almirante afundou o adversário valendo pela primeira rodada do turno do Estadual-1986, diante do testemunho de 6.893 almas que assistiram ao massacre perpetrado por: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Moroni e Lira, Vítor, Mazinho e Gersinho; Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário. Como o goleiro do Goyta chamava-se Gato Félix, a dinamitagem cruzmaltina fez o gato de rato e São Januário de ratoeira. Mas bater em desafetos por muitas pelotas na caçapa, nos 16 de fevereiro, não era novidade, para a rapaziada. 


Vasco da Gama x Goytacaz-RJ - quem não tinha Gato (Félix) pra parar a ação do  Dinamite, caçava a bola com o faro. . Gato Félix, o goleiro do Goyta (apelido do time campista) pintou pela Colina, para defender a cidadela (como diriam os locutores de antigamente) da sua turna, mas não deu pra ser tão esperto. Três explosões do Dinamite – aos 3 e aos 18 minutos do primeiro tempo, e na penúltima bola do jogo, aos 44 do segundo - além de dois tapinhas de Romário no filó, aos 15 minutos da etapa inicial e aos 24 da final, e mais uma mordidinha de Gersinho, no segundo minuto do segundo tempo, fizeram-lhe de rato na ratoeira. Valeu pela primeira rodada do primeiro turno do Campeonato Estadual-RJ aquela primeira vitória vascaína na temporada, no primeiro dia da semana, um domingão, com o prestígio de  6.893 almas. Antônio Lopes era o treinador cruzmaltino e a sua rapaziada foi: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Moroni e Lira, Vítor, Mazinho e Gersinho; Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário.

20 de março de 1974 - Vasco da Gama 2 x 1 Remo-PA - aconteceu no Estádio Evandro Almeida, que por ficar na Travessa Antônio Baena é mais conhecido por Baenão. Ali,  Roberto Dinamite viveu uma das poucas experiências negativas de sua carreira:  foi expulso de campo, em jogo do Campeonato Brasileiro, com gols marcados por ele e por Fred. No dia, o treinador era Mário Travaglini e o time teve: Andrada; Gílson Paulino, Fidélis, Miguel e Alfinete; Alcir e Zanatta e Amarildo (Fred); Jorginho Carvoeiro (Galdino), Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos.  

                                         Arquivo do Jornal de Brasília

Roberto vingou-se daquela expulsão, no 31 de janeiro de 1982, em Vasco da Gama 3 x 1 Paysandu-PA, em um domingão, no estádio Mangueirão, da mesma Belém do Pará, diante de 35.808 almas. Cláudio Adão provou primeiro do "tacacá", aos 21 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo, tocou dois carimbós na rede, aos 26 e aos 29 minutos - Cláudio Adão fez o outro tento. O jogo valeu pelo Campeonato Brasileiro e a rapaziada  era treinado por Antônio Lopes, que escalou: Mazzaropi; Galvão, Rondinelli, Ivan e Pedrinho; Serginho, Dudu (Da Costa) e Cláudio Adão; Wilsinho, Roberto Dinamite e Renato Sá (Marquinho).

 


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