Vasco

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terça-feira, 19 de novembro de 2019

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - GURI PELÉ

 O Club de Regatas Vasco da Gama já havia enfrentado Pelé, em 7 de abril de 1957, amistosamente, na santista Vila Belmiro, em Santos-SP, quando o dono da casa comemorava aniversário, promovia a Semana Alvinegra e mandou 4 x 2 no Almirante. Rola as maraicota e os dois clubes chegarasm a 10 encntros 1amistosas, com cinco vitórias cruzmaltinas, três santistas e dois empates, com o pega citado acima valido a  Taça Vinho Casto, reunindo os campeões carioca e paulista-1956. 
Em 1º de junho de 1957, e o Almira voltou à casa santista para o seu primeiro jogo oficial contra Pelé – o segundo confronto da história. Valeu pelo Torneio Rio São Paulo com a rapaziada, levando time poderosíssimo – Carlos Alberto Cavalheiro, Paulinho de Almeida e Bellini; Dario, Orlando Peçanha e Laerte; Sabará (Almir), Livinho, Vavá (Wilson Moreira), Valter Marciano e Pinga (Roberto Pinto), a base do grupo que seria Super-SuperCampeão-RJ e do Torneio Rio São Paulo-1958.
 Pelé não estava escalado para a partida – Manga, Getúlio e Mourão; Fioti, Brauner e Urubatão; Dorval, Álvaro, Pagão, Del Vecchio e Tite fora o time anunciado pelo treinador Luís Alonso Peres, o Lula. Dolado crduzmaltino, nenhum dos sete que haviam encardao o Peixe, em abril – Laerte, Orlando, Sabará, Livinho, Vavá, Válter e Pinga – lembrava-se dele.
 E rolou a bola. Lá pelas tantas, Lula tirou Del Vecchio e usou o guri Pelé, que faltava quatro meses para chegar aos 17 de idade.
– Este não é aquele moleque que entrou contra a gente, no jogo passado, e encheu o saco? – indagou Laerte a Sabará.      
- Preto não enxerga preto. É muito preto. Não dá pra enxergar – sacaneou o gozador Sabará, segundo o fotógrafo Gervásio Batista, de Manchete Esportiva e  amigão do atacante vacaíno.
 Ante a saca do Sabará, o gaúcho Laerte foi até o capitão Bellini e recomendou abrir bem os ollhos com o moleque Pelé:
- Quando ele encostar, dê-lhe aquela caprichada, capitão. Avise pra ele ir jogar bola de gude no meio da rua, rodar peão, soltar pipa.  
Sabará, que ouvira a recomendação de Laerte, segundo o mesmo Gervásio, sapecou:
- Mandando o capitão bater em criança? Ele deve bater é em preto, como você – Vitor Barbalho, fotógrafo da mesma época, garantia ser invenção do Gervásio, para sacanear o glorioso Onophre de Souza, o Sabará.
 Sacanagem, ou não, o certo foi que o capitão Hderaldo Luís Bellini e o seu colega de xerifado, Orlando Peçanha de Carvalho, que os argentinos chamavam por Senhor Futebol,  não seguraram o moleque Pelé, que mandou o goleirão Carlos Alberto buscar a maricota” (como bordejava o locutor vascaíno José Cabral) no fundo da rede.
Pelé, o segundo agachado à esquerda,  aos 16 de idade, envergando
a jaqueta vascaína, em reprodução da revista "Grandes Clubes"
























O Vasco venceu aquele jogo, por 3 x 2, contando com: Válter Marciano, Livinho e Vavá mexendo no placar construído por esta moçada: Carlos Alberto Cavalheiro; Paulinho de Almeida e Bellini; Dario, Orlando e Laerte; Sabará (Almir), Livinho, Vavá (Wilson Moreira), Válter Marciano e Pinga (Roberto Pinto), comandados por Martin Francisco – Manga, Getúlio e Mourão; Fioti, Brauner e Urubatão (Zito); Dorval, Álvaro, Pagão, Del Vecchio (Pelé) e Tite (Pepe) foram os santistas, que tiveram o outro seu gol marcado por Tite.
Dias depois, convidado para disputar um torneio internacional – um grupo no Rio de Janeiro e o outro em São Paulo –, o Vasco não tinha time para colocar em campo, pois a rapaziada excursionava à Europa. De jogador importante, só ficara Paulinho de Almeida e Bellini, que iriam se apresentar, brevemente, à Seleção Brasileira. Então, recorreu ao Santos e ambos formaram um combinado para o Torneio Internacional Morumbi.
Entre os jogadores cedidos pelo Santos estava o garoto Pelé. Como o treinador do “ComVas-San” ficou sendo Lula, que o conhecia, o escalou como titular. E o danado marcou gols em todos os jogos, exibindo um futebol espetacular, mágico para o torcedor carioca, que não sabia que o danadinho existia.
O treinador do escrete canarinho, Silvio Pirillo, que não tinha o que fazer no dia do primeiro jogo e foi assisti-lo, ficou embasbacado com o que viu:
 - Quem é este moleque? É da Lua? – indagou ao cara que estava do seu lado.
 Em setembro, com menos de 17 de idade, Pelé foi chamado, por Pirillo, para a Seleção. E o restante da história todos conhecem – vestindo a camisa do Vasco (foto), Pelé avisou que seria o “Rei do Futebol”               

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