Vasco

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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

PELÉ HERDOU CAMISA 10 DE VASCAÍNO

Quando Pelé achegou ao Santos, em 8 de agosto de 1956, o dono da camisa 10 era um ex-vascaíno: Válter Vasconcelos Fernandes. Mineirinho, de Belo Horizonte – viveu entre 25 de maio de 1930 e 22 de janeiro de 1983 -, o carinha já era “bad boy” naquela época. Sorte de Pelé que não foi na onda dele, quando moraram juntos, em uma pensão santista. Inclusive, a diretoria do Peixe não vi o “Vasco” como boa companhia para o “tesouro” que acabara de descobrir.

Vasconcelos prometera a Dondinho, o pai de Pelé, cuidar do seu garoto. E, mesmo aprontando e desagradando aos cartolas santistas, cumpriu a sua palavra. Por exemplo, durante o aniversário de uma dos colegas de time, foram contar-lhe que Pelé estava com um copo de bebida na mão. Ele não contou conversa: foi até ele e deu-lhe um tabefe na mão, espatifando o copo no chão.

Todos os velhos companheiros de a time e historiadores do futebol paulista consideram Vasconcelos um dos principais jogadores santistas de todos os tempos. Tanto que foi um dos principais ídolos da torcida do “Peixe” da década-1950. Mas estava escrito que a camisa 10 do ex-vascaíno “Vasco” passaria para um “Rei”.
Era tarde do domingo 9 de dezembro de 1956 e jogavam Santos x São Paulo, pelo returno do Campeonato Paulista. Em uma disputa contra o zagueiro são-paulino Mauro Ramos de Oliveira, o terrível Vasconcelos saiu do lance com a perna esquerda fraturada. Ali, começou a abrir vaga para Pelé no time principal, pois ficou muito tempo em recuperação, e não voltou a ser o bom jogador de antes. Terminou indo para o Jabaquara, depois para o Náutico-PE e encerrou a carreira no interior do Paraná, defendendo o pequeno Apucarana.
Mesmo tendo bebido e aprontado tantas, Vasconcelos é o 15º maior artilheiro da história do Santos, com 111 gols. Terminou a vida pobre, alcoólatra e vivendo coma a ajuda de amigos.


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