Vasco

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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O FUTEBOL NÃO SABE O QUE QUER

  De vez em quando,  regras do futebol mudam, ou, digamos, são atualizadas. Casos das  mexidas quando os placares andavam magrinhos. Era preciso aumentar o número de gols por partida, para o público não desaparecer dos estádios.

Asssim, ficou proibido atrasar bola para os goleiros – exceto, em cabeçadas – e permitiu-se o gol em impedimento, quando a bola tocasse em um zagueiro. Isso vimos durante a Copa do Mundo-2014, em Uruguai x Inglaterra. Lembra-se?

No sábado recente (09.120.2020), em Vasco 1 x 2 Flamengo, o atacante vascaíno German Cano marcou um gol que foi anulado, por alegação arbitral de que ele estava com um ombro à frente da zaga rubro-negra. 

Um ombro tem a largura equivalente  a três dedos juntos. Com certeza, brevemente, teremos gol anulado porque o atleta esqueceu-se de usar uma tesoura antes da partida. O VAR chamará o árbitro e denunciará que o cara estava com uma ponta de unha à frente da linha da bola. Hora de revogar as regras que permitem mais gols nas partidas? Ou futebol não precisa mais de  gols para motivar o torcedor?

Realmente, a raça humana parece que não deu certo. Não sabe o que quer. Certa vez, uma cobrança de falta, pelo Vasco,  teve bola tocando por 33 centímetros dentro do arco do Flamengo. Não valeu o gol mesmo com um árbitro atrás das traves. Tempos depois, um atleta impedido marcou gol flamenguista, mas o apitador o anotou em nome de um que não estava impedido. E tirou o título de campeão carioca do Almirante.

Parace que o esporte predileto dos flamenguistas é ver o Vasco roubado. “Roubado é mais gostoso”, disse o seu goleiro, à época do gol pelio impedido Márcio Araújo, aos 46 minutos do segundo tempo, durante a decisão do Estadual-RJ, quando Vasco vencia, por 1 x 0. O empate, por 1 x 1, valeu título para o Urubu.  

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