Os caras desta foto - da direita para a esquerda, em pé, Ely do Amparo, Rafagnelli, Barbosa, Augusto, Danilo e Jorge; agachados, na mesma ordem, Nestor, Maneca, Dimas, Ismael e Djalma -atuaram juntos no 21 de setembro daquele 47tão, nos 2 x 0 Botafogo, pelo primeiro turno do Estadual, diante de 17 mil pagantes, no estádio botafoguense General Severiano, com dois gols marcados por Dimas.
Por falar neste último, durante fase do Expresso da
Vitória, o Vasco da Gama o teve como atacante que adaptava-se, com eficiência,
a qualquer papel lhe entregue pelo treinador. Djalma Bezerra dos Santos,
era alagoano, nascido no 19 de dezembro de 1918, em Atalaia, e foi mais um
buscado no Sport Recife – Ademir Menezes, Vavá, Almir Albuquerque e Juninho
Pernambucano foram os principais achados vascaínos na jaula do Leão da Ilha
(apelido do time da Ilha do Retiro, em Recife).
Lançado pelo clube pernambucano,
em 1937, Djalma estreou marcando gol em clássico ( 1 x 1 Santa Cruz) e, em 1938,
já era campeão estadual, jogando junto com Ademir Menezes, o craque que
venceria qualquer candidato a presidente do país, durante as década-1940/50,
quando Getúlio Vargas intitulava-se o pai
dos pobres. Em 1943, o Almirante
foi busca-lo, com ele tri estadual, 44 gols no currículo, além de mais
cinco pela Seleção Pernambucana dos Campeonatos Brasileiro de Seleções
Estaduais-1941/42. Diziam que jogava com a disposição de cangaceiros brincando com capacetes roubados da polícia (após combates pelos agrestes nordestinos).
Grande admirador do futebol de
Djalma, foi Ademir Menezes quem pediu ao Vasco para contrata-lo. O Almira estava repleto de astros ele teve
de esperar pela sua vez, e jogar até como zagueiro, já que era o homem dos sete instrumentos - sua coleção de títulos vascaínos começou pelos
Torneios Relâmpago de 1944 e 1946, passando pelo tetra do Municipal em
1944/45/46/47 e dos Estaduais-RJ (invictos) de 1945 e 1947. E o principal: o Sul-Americano
de Clubes Campeões-1948, sendo escalado em muitos jogos da campanha disputada
no Chile.
Dalma foi convocado por várias para o selecionado carioca e o ajudou a ganhar
os Brasileiros de 1944 e de 1946. Mas não teve a mesma consideração da Seleção
Brasileira, que só o chamou para o Sul-Americano (atual Copa
América) de 1945, também, no Chile, quando entrou em campo, no 28 de fevereiro,
aos 21 minutos do segundo tempos de Brasil 1 x 0 Chile - Oberdan, Domingos da Guia
e Norival; Danilo Alvim, e Jaime de Almeida; Tesourinha (Djalma), Zizinho, Heleno
de Freitas, Jair Rosa Pinto e Ademir, escalados por Flávio Costa, foi a equipe. Em 1949, o Vasco o negociou, com o Bangu,
quando ele chegava aos 30 de idade.
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