A França estará comemorando, na próxima temporada, 160 viradas de calendário do nascimento do compositor Claude Debussy , o criador do que foi chamado por impressionismo na música. Alguns estudiosos, até enxergam a sua influência no piano da Bossa Nova.
Nascido pelas proximidades
de Paris, Debussy era filho de família pobre e sem
intimidades com a música, o que apareceu em sua vida, por acaso, aos 7 de
idade, quando uma tia ofereceu-lhe aulas de piano. Sem nunca ter escutado um som daquilo, ele topou e foi para aquela aventura que, aos seus 11
de idade, já lhe fazia aluno do respeitabilíssimo Conservatório
de Paris, onde estudou por mais 11.
Garoto danado, Debussy venceu uma
disputa ao piano, tocando Chopin. Tocou na alma de Magda
Von Meck - patrocinadora do russo Igor Tchaikovsky -, mas só
por volta de 1880 mostrou as suas primeiras
composições. Em 1884, venceu concurso de composição e o prêmio foi estudos na Itália,
onde conheceu o compositor alemão Richard Wagner, que o influenciou, por algum
tempo. Voltou à França e saiu desta vida autor de 227 peças,
das quais Clair de Lune, de 1905, é a sua obra mais
famosa.
Debussy nasceu em 22 de agosto de 1862
Em 1914, durante
a I Guerra Mundial, Debussy desinteressou-se pala música
e só voltou a compor, em 1917, em seu último trabalho, a Sonata
para Violino e Piano L 140, que viria a representar,
também, a sua última apresentação pública, já em 1918, durante bombardeio pela Alemanha nazista a Paris - seu legado vai de obras de piano solo até
composições orquestrais.
Paris deve a Debussy tê-la
voltado a ser, no Século 20, o maior centro do “planeta música”. O estilo que ele criou, o chamado "impressionismo
musical", trouxe timbres ricos e diferenciados na estrutura formal, mostrando
negação harmônica tradicional e introduzindo ideias que aparecem constantemente
no decorrer de uma partitura, para associá-la a um personagem. Por ali, a sua peça mais conhecida é “Prélude à l'après-midi d'un faune”.
Os biógrafos de Debussy dividem as suas criações por três fases: 1 - até 1902, confrontando-se com a música de Wagner e
de compositores franceses/russos, quando compões “Pélleas et Mélisande”, a sua única
ópera; 2 - fase intermediária, repleta de
experimentações de timbres e desenvolvimento de técnicas tonais; 3 - últimos tempos de vida, quando compõe o mistério musical “O Martírio de São Sebastião” , o balé “Jeux” e as adaptações musicais “Trois
poèmes de St. Mallarmé” – eterno Claude Debussy.