Vasco

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sábado, 6 de fevereiro de 2021

O VENENO DO ESCORPIÃO - DIA DO ROCK SÓ SE COMEMORA EM TERRAS BRAZUCAS

Não procure ler sobre esta data festiva, em nenhum site de países que viram surgir as mais famosas bandas do planeta. Embora a ideia da homenagem musical tenha surgido em 1985, só pegou no Brasil.

 Tudo começou quando um grande evento mundial - Live Aid –  foi realizado para arrumar uma graninha e ajudar a matar a fome do povo paupérrimo da africana  Etiópia. Rolaram megas shows no mítico estádio de Wembley, na inglesa Londres, e estádio John Kennedy, na norte-americana Filadélfia, com as maiores constelações de astros do mundo roqueiros, entre os tais Phil Collins, David Bowie, Elton John, Paul McCartney, Mick Jagger, Madonna, Led Zeppelin, Bob Dylan e bandas do naipe de Queen, U2 e The Who.

Mesmo com tudo isso, consta quem em 1986, somente emissoras de rádio de São Paulo se lembraram da proposta. Não  importa! Para os roqueiros brazucas, hoje é o Dia de Rock.

Tudo bem! Mas qual deles? O pai rock´n´roll gerou o rock pauleira dos metaleiros; o rock pop dos mais comportados; o rock isso, o rock aquilo, ou, até, o samba-rock? Para estudiosos, nem todo rock é rock, como citam o caso dos Beatles que, em seus inícios, na inglesa Liverpool, embalavam a rapaziada pelo som que era conhecido na região por skiffle e que está hoje em livros falando de rock. Da mesma forma, ganhou expansão algum tipo do jamaicano ska, muito bem aceito nos Estados Unidos. Enfim, hoje, bateu numa guitarra de maneira mais vibrante, virou rock.

O pai do rock, o rock´n´roll, surgiu nos Estados Unidos, entre finalmentes da década-1940 e início da-1950. Seu gen colocou nas veias dos seus músicos o country, o blues e o rhythm and blues que, pegado o embalo, viajou pelo mundo a fora, até nascer os vários filhos já citados acima. No Brasil, uma corrente o vê desembarcando no  24 de outubro de 1955, cantado por Nora Ney, como “Ronda das Horas”, na versão de  “Rock Around the Clock”, nome do filme em que Bill Haley and the Comets estreiam no Cine Paulista, em São Paulo, no 19 de dezembro de 1956, quando a polícias foi chamada para conter os jovens que subiam nas cadeiras, incendiados pelo ritmo.

 Aportado em terras brazucas, o rock ficou de vez quando a meiga e interiorana paulista Celly Campello (Célia Birilli Campello) lançou Estúpido Cupido, um roquinho (Stupid Cupid) cantado pelo norte-americano Neil Sedaka, sequenciado, em 1960, pela versão do italiano Tintarella di Luna, quer Fred Jorge transformou em Banho de Lua. 

 Depois, veio a Jovem Guarda, em 1965, na esteira dos Beatles e da música jovem filha do rock´n´roll norte-americano. Até que, em 1968, as banda inglesa Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin, lançaram o pesadíssimo havy metal.  E o rock inicial nunca mais foi o mesmo que nasceu com três tons e um baixo pulsando.      


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