HISTORI & LENDAS DO COFRE DA IZKINA

 Quem já viu time vencer e alguém da sua galera ficar pê da vida? Pois em São Januário já aconteceu. Com o chamado Tesourinha da Colina, isto é, o tesoureiro que não pode ir fundo na boca do cofre. Em tais dias, ele vociferou impropérios pra cima da torcida, chamando-a por pão-dura, ingrata-tá. Até que tinha razão. Vejamos:   

4 de maio de 1955 - Vasco da Gama 4 x 1 Fluminense - torcida sumida, em uma quarta-feira, com 28.213 pagantes indo ao Maracanã. Sumida, com certa razão. O Almirante não andava seduzindo muito o bolso da rapaziada, por viver tempos de entressafra, sem colher porra nenhuma (como diria o torcedor Raimundinho Maranhão), após o título estadual carioca de 1952. O pega do decepcionante público valeu pelo Torneio Rio-São Paulo, e quem não compareceu ao recinto maracanesco deixou de coferir o intrépido, trepidante, Sabará mandando três jabuticabas no filó, deixando só uma no galho pra Pinga acabar de embebedar a tricolada, pra alegria do treinador Flávio Costa, que louvou: Vitor Gonzales; Paulinho de Almeida e Bellini; Jofe, Ely e Dario; Sabará, Maneca, Ademir (Vavá), Pinga e Parodi.

24 de março de 1968 -  Vasco 1 x 0 Campo Grande-RJ - Campeonato Carioca, em São Januário, no tempo em que a renda era apurada em novos cruzeiros, mais uma das moedas de época. A daquele dia foi de Ncr$ 20.187,00, para um público de 7.004 pagantes. Bianchini encaçapou a maricota, para o time treinado por Paulinho de Almeida e que apresentou-se para assinar a súmula em nome de: Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Fontana e Lourival; Bugleux e Danilo Menezes; Nado, Nei, Bianchini e Silvinho.

18 de outubro de 2006 - Vasco da Gama 3 x 0 Palmeiras -  foi o que se pode registrar no Caderninho da Colina por vitoriazaça,  pois o adversário é o pior algoz da rapaziada. Encontro quarta-feirano, em São Januário e pugnao cruzmaltina de número 5.184. Valeu pela fase única do Campeonato Brasileiro-2006, com Morais, Amaral e Leandro Amaral acudindo o taco na boca ca caçapa. O  placar encerrou série de cinco partidas sem vitórias vascaínas, pelo Brasileirão unificado. Renato Gaúcho Portaluppi era o treinador de: Cássio; Thiago Maciel, Fábio Braz, Dudar e Diego Corrêa; Ygor, Amaral, Ramon (Abedi) e Morais (Madson); Jean (Fábio Júnior) e Leandro Amaral.