Aos 24 de idade, medindo 1m75cm de altura e pesando 69 quilos, o meia Péricles era de colocar atacante olhos-nos-olhos do goleiro. Não era muito de visitar o ninho da coruja. Um dos maiores craques revelados pelo futebol brasiliense, de repente, não foi que ele inventou de dar trabalho ao garoto do placar! Literalmente! Por aquele tempo, estádios em Brasília não tinhm perafernálias eletrônica. No máximo, escalavam e rolavam uma graninha na mão de um menino para movimentar um placar de madeira.
A temporada era a de 1978, aquela em que o escrete canarinho, do treinador Cláudio Coutinho, fora “campeão moral” no Mundial da Argenina. Depois da Copa, rolaram os campeonato estaduais brazucas e os artilheiros manjados de sempre – Jorge da Sorte (CRB-AL); Baltazar (Atlético-GO); Douglas (Bahia); Sima (River-PI); Bira (Remo-PA) e Cláudio Adão (Flamengo), entre outros – seguiram desempregando goleiros. Foi no meio deles que Péricles Carvalho, filho do primeiro treinador campeão candango, Waldir de Carvalho, pelo Defelê, sentou praça. Mas ele não fora “cria do pai”, surgindo craque pelo time do Piloto.
O Piloto saiu de cena e Péricles, o apelidado Pezão, por ser o terror das chuteira,
sapatos e chinelos, foi ser um dos astros do Ceub, que ficou famoso por
contratar feras em final de carreira, como Fio Maravilha, Dario Paracatu, Paulo
Lumumba, Oldair Barchi, Roberto Dias, Cláudio Garcia e outros tantos que
passeavasm pela curva descendente do futebol. Foi o único candango, embora
tivesse nascido no Triângulo Mineiro, a segurar posição nos times ceubenses. E,
assim como o Piloto, um dia de 1976, o Ceub, também, foi embora da bola.
Péricles, então, passou pelo Goiânia EC e o mato-grossense Mixto, até voltar ao
futebol brasiliense, defendendo o Brasília Esporte Clube, o de melhor situaão
financeira da terra, embora todos fossem “times”, nunca “clubes”.
REPRODUÇÃO DO ARQUIVO DE ADÍLSON PERES
Paulo Victor, Pedro Pradera, Alencar, Emerson, Fernandinho, Joel, o massasgista Raspinha (em pé); Julinho, Péricles, Marco Antônio, Xisté e Gilbertinho (agachados) nos tempos do Ceub.
Era 10 de novembro daquele 1978 e o terceiro
Campeonato Brasiliense de Futebol Profissional aproximava-se das hora de a onça
beber água, gíria muito antiga, mas ainda valendo no balípodo brazuca. Na
terceira rodada do segundo turno,
o Brasília, campeão
em 1976 e em 1977, marchava para o tri. Mas a reta final não seria fácil, pois
o Gama estava ali na esquina de olho, também, no caneco.
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