Seu Arthur Luis e Dona Almerinda de Carvalho deixavam o filho Édson jogar futebol. Mas cobravam fazer os deveres de casa e tirar boas notas nos estudos do Grupo Escolar Perpétuo Socorro, da mineira Governador Valadares. Se, no meio da rua, ele ela bom goleiro, precisava ser bom, também, diante dos livros. Era a cobrança dos pais.
Sempre impedindo que a bola passase por entra duas pedras que demarcavam o seu território inviolável, o garoto Édson Luiz de Carvalho convenceu-se de que não devereia trocar de posição no dia em que o Fluminense foi disputar um amistoso em Governador Valadares-MG, onde ele residia, desde 1949. Encantou-se com o goleiro tricolor Carlos Castilho e passou a sonhar repetir o seu “ídolo imediato”. O destino ajudou: era 1959 e o treinador Newton Cardoso o tirou do futebol amador do interior mineiro e o levou para o Fluminense. À época, ele jogava pelo Carating FC, levado, de Governador Valadares (onde morava, desde 1949), pelo prefeito caratinguense, que lhe pagava uma graninha, por partida jogada, uma “ajuda de custo” de cerca de velhos Cr$ 5 mil cruzeiros.
Édson quase não
acreditou quando viu Castilho passando dicas para os goleiros novatos,
inclusive ele. Foi crescendo e “tricolando” até estourar a idade de juvenil. O
Olaria o queria, mas Castilho o via como um goleiro de muita agilidade e
elaslticidiade (o que valeu-lhe o apelido de “Borracha”), e pediu para o Flu lhe contratar, o que o fez, em
1960. Antes daquilo, em 1959, Newton Cardoso, como treinador da Seleção
Brasileira de Novo, o co vocou para ajudar o Brasil a trazerr a medalha de
prata dos Jogos Pan-Americano de Chicago, quando teve o cracaço Gérson de Oliveira Nunes por colega de time – Edson Borracha; Nelson, Rubens, Dari e
Edilson; Maranhão e Gérson; Roberto Rodrigues, Manoelzinho, China e Germano foi
uma das formações durante a disputa.
Foto repreduzida da capa da Revista do Esporte Nº 333
De volta ao Brasil com uma medalha no peito,
Edson Boracha barrou Márcio, o titular do arco do time aspirante do Fluminense
e tornou-se bicampeão carioca da categoria-1962/1963. No entranto, os primeiros
títulos não lhe fizeram pensar em tirar a camisa 1 do time principal tricolor
de Castilho, que envelhecia. Mesmo considerando-se capaz de ser titular em
qualquer equipe, ele via o seu idolo inabalável em sua posição. E passou a crer
que, para brilhar no futebol carioca, só trocando de clube. Mas não foi preciso
trocar de clube.
Em 1964, ele começou a ser escalado na reserva
de Castilho. Em 1965, quando o “mito” intuía que já fizera tudo o que pudera
pelo Fluminense (desde 1947) e deixou as Laranjeiras, para encerrar a carreira
no paraense Paysandu, a vez foi dele. Fez grandes partidas e o Édson Borracha ficou badaladíssimo pelos
microfones dos locutores esportivos, carregando emoções na descriçã de suas
defesas elásticas, como uma pelo Torneio Rio-São Paulo, contra o Corinthians, defendendo um chute do
goleador Flávio “Minuano”, da marca
do pênalti, rumo a um dos ângulos da sua baliza. Pulou, elasticamente, e foi
buscar a bola para voltar ao chão com ela segura. Aplaudidíssimo, começou a
armar o caminho para tornar-se canarinho
do time principal. Chegou lá e, em um dos treinos do escrete nacvional, protagonizou defesa idêntica, em chute de
Gerson.
Edson Borracha chegou ao grupo principal da Seleção Brasileira, quando a
CBD-Confederação Brasileria de Desportos anunciou o início da preparação par a
Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Fo incluído em um grupo de 29 atletas que
disputariam, incialmente, no Maracanã, amistosos contra Bélgica, Alemanha Ocidental
e Argentina. Depois, faria mais quatro amistosos no exterior. Ele não entrou em
nenhuma das partidas, que tiveram o botafoguense Manga no gol, em seis prélios,
e o palmeirense Waldir Morais em mais um.
Reprodução da revista Futebol e Outros Esportes
Sem ser lembrdo para os
treinamentos visando a Copa do Mundo-66, o goleiro que, ao substituir Castilho,
empolgou a sua torcida, perdeu espaço para Jorge Vitório, em 1966. Foi parar na
Colina, após excursão do Fluminense
ao Norte do país, quando chegou aos tapas, em Belém, com o zagueiro Valdez. O Vasco da Gama
ofereceu o zagueiro Caxias e antigo Cr$ 1 milhão de cruzeiros para levá-lo.
Estreou em 17 de julho daquele 1966, amistosamente, no 0 x 0 Royal, de Barra do Piraí, quando o
técnico Ely do Amparo passou a tê-lo no grupo que contava, ainda, com Amauri,
Ari (Joel/Mendez), Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão (Alcir) e
Salomão (Danilo Menezes/Lorico); Nado (Luizinho Goiano/William), Célio (Acelino) Madureira (Picolé/Paulo Mata) e
Zezinho (Tião). Em 1967, ele esteve ao lado de: Franz (Édson Borracha/Pedro
Paulo), Jorge Luís, Brito (Sérgio), Fontana (Álvaro) e Oldair; Salomão (Paulo
Dias) e Danilo Meneses; Nei (Nado, Zezinho), Valfrido (Paulo Mata), Adílson
(Paulo Bim) e Silva (Tião/ Luisinho).
Edson Luiz de Carvalho, nascido em 21 de outubro de 1941, esteve cruzmaltino,
em 1967. Depois, pasosu pelo Bahia (1968), Nacional-AM e Madureira (1972);
Paysandu-PA (1973) e Anapolina-GO (1979).
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