Vasco

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domingo, 9 de julho de 2017

DOMINGO É DIA DE VER MULHER BONITA - DANA, A DONA DO MISTÉRIO DO DIABO

A bela Dana de Teffé desapareceu
aos38 anos de idade.
Por onde anda Dana de Teffé? Viva, ex-viva, ou em outra dimensão? Se prevalecer a primeira hipótese, ela  já virou o calendário em  104 janeiros.
Dada como assassinada, desapareceu durante uma viagem rodoviária a São Paulo,  em 29 de  junho de 1961, em companhia do advogado Leopoldo Heitor Andrade Mendes, acusado pelo crime e preso em 31 de março de 1962. As suspeitas sobre ele surgiram quando, como advogado dela e com uma procuração, passou a vender todos os seus bem (dela),
 Este é um dos casos mais escabrosos da história policial do Brasil.  Dana Edita Fischerowa Fuksova nasceu na então Tchecoeslováquia, em 1913, e, adolescente, perdeu os pais e uma irmã durante a II Guerra Mundial. Fugiu para a Itália e casou-se com o militar e político fascita Ettore Mutti. Depois, apareceu na Espanha e esteve casada, por 4,3 anos, com o cirurgião-dentista Alberto Diego Diaz de Lope-Diaz. Próximos casamentos? No México, com o jornalista Carlos Denegri, por dois anos, e com o diplomata brasileiro Manuel de Teffé, por quatro.
DE SUA PARTE,  Leopoldo Heitor, chamado, pela imprensa, por "O Advogado do Diabo", esteve condenado, em fevereiro de 1963, a 35 anos de prisão, cumpriu oito e, em 1965/69/71, foi absolvido, em outros três julgamentos. Por falta de provas, em 1974, o Supremo Tribunal de Justiça não autorizou a reabertura do processo. E o crime prescreveu em 1981.
Dana, que usava o sobrenome do marido brasileiro, era uma bela mulher e tida por milionária. Havia chegado ao Brasil em 1951 e tinha 38 de idade quando desapareceu. O seu corpo não foi encontrado na época, tendo Leopoldo Heitor apresentado três versões para o sumiço – sequestrada por espiões comunistas; atigida por uma bala perdida, disparada por assaltantes com os quais ele havia trocado tiros, e viajado à Espanha, para rever a mãe, que ela declarara, naquele país, não estar mais viva – todas foram rejeitadas pela justiça.
GRANA - Quem muito se incomodou com a história desse desaparecimento foi o segundo marido de Dana, o espanhol Lope-Diaz. Ele chegou a oferecer, em 1962, cinco mil dólares (equivalentes a dois milhões de cruzeiros)  a quem o levasse até o corpo da mulher.
Nove anos depois do desaparecimento de Dana, uma ossada foi encontrada em Itaverá-RJ e as diligências reabertas pela Chefatura de Polícia de Madrid, com participação da Interpol. Chamado a depor, Lope-Diaz reconheceu, como autênticos, pelos trabalhos neles feito, os 12 dentes de sua ex-mulher, montados em uma  arcada de cera, por peritos do do Instituto Médico Legal da Polícia Técnica do RJ e levados à capital espanhola, pelo promotor de justiça Gastão Mescal e o delegado Mauro Magalhães.
O cirurgião-dentista Lope-Diaz
 reconheceu os dentes da ex-mulher.

 
 Segundo Lope-Diaz, além de obturações, ele fizera uma coroa (tinker) dentária em Dana, formando uma ponte com duas peças de extensão, o uma com uma frente de porcelana.  Também, que o incisivo central superior direito tinha uma cárie no bordo e obturação com silicato de porcelana. Após tais descrições, foi-lhe mostrado a prótese dentária levada do Brasil e ele reconheceu os seus trabalhos.
 Em seus depoimentos à polícia espanhola, ele citou, também,  ter sido procurado, em 1963,  por Manuel Curt, que se dizia advogado em Buenos Aires, amigo de Leopoldo Heitor e que entregarae três passaportes de Dana. Intjuiu que, com aquilo, Leopoldo tentava forjar uma volta dela a Madrid, para provar que ela estava viva. 
A polícia de Madrid estava nesse caso porque Dana era considerada uma cidadã espanhola, por ter se casado com um espanhol. E Lope-Diaz para legalizar a sua situação com Matilde, com quem vivia e tinha filhos. Pelas leis do seu país, ele ainda era casado com Dana.
ESPIÃ – Chegou-se a ser divulgado que Dana fizera espionagem para vários países, mas Lope-Diaz não admitia, alegando que ela, embora falasse oito idiomas, só lia livros bobos, fúteis, só se preocupava com a sua beleza e esportes, e não fazia comentários políticos.
No entanto, a classificou de interesseira, de ter-lhe tomado, na separação, tudo o que tinha valor, deixando-o apenas com o seu consultório dentário. Quando ao "Advogado do Diabo", que defendeu a si mesmo, viveu por 78 anos, até 2001, quando contava 78.
 
FOTOS REPRODUZIDAS DAS REVISTA "O CRUZEIRO"

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