Vasco

Vasco

sábado, 8 de julho de 2017

ÓDIO ETERNO HÁ 94 ANOS

O time que fez o Vasco da Gama ficar respeitado
O 8 de julho de 1923 marcou o início do “ódio eterno” entre vascaínos e rubro-negros.
Tudo começou quando a “Turma da Colina”, disputando o seu primeiro campeonato na elite do futebol carioca, marchava para conquista indiscutível de título invicto.
No jogo  daquela data, os rivais prepararam-se para impedir o feito, contando com a colaboração do mal intencionado  árbitro, o botafoguense Carlito Rocha (na época, os apitadores eram  ligados aos clubes), que anulou um gol cruzmaltino legítimo, afundando o “Almirante” no apito: 2 x 3.
 Parecia uma guerra. O interesse pela partida era tanto que o estádio das Laranjeiras lotou e muita gente ficou reclamando do lado de fora. Como parte da “guerrilha”, os fortões remadores flamenguistas tiraram as pás dos seus remos, as enrolaram em jornais, as levaram para dentro do estádio e atacavam os torcedores vascaínos, quando estes vibravam. Por causa do tumulto, o dono da casa cobrou a vultuosa quantia de 10 contos de reis do Vasco, como indenização.
TIRADA A INVENCIBILIDADE vascaína, os torcedores rubro-negros comemoraram, promovendo uma monstruosa passeata pelas ruas do Rio de Janeiro, carregando à frente tamanco de 1,50cm de altura. E o colocaram diante da garagem de barbos dos vascaínos, à Rua Santa Luzia. Pra completar, foram para o Bar Capela, na Lapa, onde se reuniam os “cardeais” da Colina, dando continuidade à farra. E passaram o restante do domingo cantando e explodindo fogos de artifício.
 Veio a segunda-feira e os vascaínos avisaram que que haviam levado as gozações  numa boa e iriam retribuir. Prepararam 40 carros e o encheram de flores para serem oferecidas aos flamenguistas, na sede de praia. Ao se aproximarem, foram recebidos com uma chuva de pedradas e tijoladas. 
 MESMO COM TAMANHA rivalidade, vascaínos e flamenguistas já se uniram em três oportunidades para formar um combinado e enfrentar gringos e paulistas. Quem poderia imaginar que Ademir Menezes, o maior ídolo cruzmaltino (antes de Roberto Dinamite), pudesse jogar com a camisa rubro-negra? Da mesma forma, Leovegildo Júnior, com a jaqueta vascaína. São também muitos os “vasmenguistas”, vascaínos que se tornaram flamenguistas, e os “flamaltinos”, os rubro-negros que passasram para as bandas das Colina. Mas isso é assunto para uma futura matéria. Combinado


              

Um comentário:

  1. a VERSÃO DO JOGO NAS LARANJEIRAS É DE MARIO FILHO. FOI CONSAGRADA COMO A UNICA VERSAO DO JOGO. DIFICIL ACREDITAR QUE A TORCIDA DO VASCO APANHARIA DO FLAMENGO EM 1923. O QUE ACONTECEU FOI LOCALIZADO EM ALGUNS SETORES COM PREDOMINÂNCIA DE RUBRO-NEGROS. EM TODOS OS OUTROS JOGOS NOS ANOS 1920 ACONTECERAM BRIGAS DE MENORES PROPORÇÕES. DEPOIS, NOS ANOS 1940 ELAS VOLTARAM ACONTECER, ESPECIALMENTE EM 1944 E 1945

    ResponderExcluir