Vasco

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segunda-feira, 8 de julho de 2019

MEXERICOS DA KIKA - CERVEJINHA NELES

Tela pintada por SOLANGE APARECIDA

1 – Bons tempos, os tempos antigos! Certa vez, os maqueiros de São Januário fizeram um acerto esquisito com uma rádio paulista do interior que preparava-se para estrear nas transmissões interestaduais do futebol, com patrocínio de uma marca de cerveja: assim que um vascaíno caísse e ficasse colado ao gramado, de costas, era para ser virado, imediatamente, de barriga para baixo. Motivo: o locutor não conhecia bem a "Turma da Colina" e precisava ver o número de suas gloriosas jaquetas. Rendia umas tradicionais cervejinha de cortesia que a marca levava para o estádio.
   Sei de alguém que vivia caindo em campo, pra ajudar os amigos maqueiros a molharem o pescoço por dentro. Depois da pugna, evidentemente. 

2 – Contou-me o trepidante repórter Zildo Danta: rolava a décda-1960 e a patota vascaína excursionava pelo continente africano. Lá pelas tantas, o empresário arrumou proposta para estender o giro até Guiné, então jovem república africana. Durante as conversações com o pessoal da federação de futebol do país ficou-se sabendo que havia mais seis mil clubes registrados na entidade, mas só dois treinadores eram habilitados para a função.
    Cruzes! Os técnicos dos milhares de times eram os cartolas e os jogadores.

3 - Mais uma me passada pelo glorioso Zildô: um dirigente vascaíno voltara da Europa contando que a medicina esportiva da Dinamarca sugerira a proibição da prática de dois esportes para atletas de futebol: automobilismo e esqui. Comentário do trepidante Zildo para o cartola:
- Como na Colina de São Januário não há montanha nevada e nem mesmo pista pra corridas de velocípede, fique tranquilo. Nenhum jogador vai reclamar.
Errou, feio! Segundo o photógrafo Gervásio Batista, de Manchete, o atacante Sabará vivia enchendo o saco da diretoria, pedindo autorização para os filhos dos atletas andarem de bicicleta na pista de atletismo, quando acompanhassem os pais aos treinos.
                                                                                            
Zagallo reproduzido
de Manchete Esportiva
4 – Outra da coleção do Zildo Dantas: o atacante húngaro Albert marcara os sete gols de Ferencvaros 7 x 0 Debreczin, em 1962. Ao contar o fato ao glorioso ponta-direita Sabará, este explicitou:
-  Não fez mais do que a brigação  dele. Zelou pelo bom nome dos camisa sete.  
Realmente, o Albert brigara muito pra fazer tantos gols. E Sabará ouvido de menos. Nninguém falara que o húngaro era camisa 7. Jogava com a 9. 

5 – O eterno capitão vascaíno Hideraldo Luís Bellini só chamava Mário Jorge Lobo Zagallo – colega de Seleção Brasileira em 1958/1962 -  por Ximbica. Indagado a razão, explicou que imitava o meia Didi, que tratava o Lobo por tal onomatópose. Segundo o zagueirão Orlando Peçanha de Carvalho, colega dos dois nas mesmas seleções canarinhas, o apelido fora inventado pelo terrível Mané Garrincha.    
 Quando chegou à Colina, em 1980 – voltou em 1990 - o Ximbica já tinha a fama de um Monza, o carro mais famoso da década oitentista.    

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