Vasco

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terça-feira, 10 de novembro de 2020

FUXICOS DA COLINA - TECNIFICANTES

 O Vasco da Gama estava com um timaço e era mais favorito do que Internacional-RS e Bahia (finalistas) ao caneco do Brasileirão-1988, que foi chamado por Copa União. Lá pelas tantas, rola decisão de vaga Vasco x Fluminense, com o Almirante pisando feio na bola (29.01 e 01.02.1989): caiu, por 0 x 1 e 2 x 3. Crise na Colina! Era o mínimo que se poderia esperar daquela pixotada, que fez o treinador Carlos Alberto Zanatta procurar emprego nas arábias e até o maior ídolo da história do clube, Roberto Dinamite, ser acusado de responsável pela quebra de ritmo que desclassificara o Almira. E, já que se procurava um culpado, Roberto, que estava com o seu contrato encerrado, só encontrou apoio no vice-presidente Eurico Miranda e na chefe da torcida, Dulce Rosalinda, pra continuar na Turma da Colina.

 Amainadas as fofocas envolvendo o Dinamite, conselheiros e torcedores, o passo seguinte passava a ser encontrar um novo treinador. O preferido da cartolagem era o ex-zagueiro vascaíno e então comandante da rapaziada do Internacional-RS, Abel Braga. Com a Taça Guanabara abrindo a fechadura e o Vasco da Gama sem técnico, pensou-se em pedir ajuda ao também ex-atleta e então empregado do clube Alcir Portela, antigo apoiador e capitão do grupo campeão brasileiro-1974. Mas o presidente Antônio Calçada cortou logo o papo, alegando que o glorioso Alcir não tinha experiência para a missão. Preferia o veteraníssimo zagueiro Orlando Lelé  Pereira que, quando nada, além do Vasco, havia jogado por Santos (com Pelé), Coritiba, América-RJ, Udinese-ITA e Seleção Brasileira. E o tecnicou. 

Vai rolando o tempo, a bola e as fofocas, em São Januário. Zuadeira em torno de treinadores não paravam. Envolvia até quem já havia saído da Colina. Caso de Zanatta, levado pelo Al Ahli, da Arábia Saudita, quando o primeiro da lista para o emprego era um ex-outro vascaíno, o antigo meia-atacante Edu Coimbra. Passado para trás, este acusou rolagem de muita grana por debaixo dos panos no negócio, com mutretagem do interprete, tentando morder uma verdinante dolaragem. De sua parte, Zanatta garantia não ter entrado em nenhum jogo sujo, mas sido procurado, pessoalmente, por diretor do clube árabe, e sem que ninguém lhe pedisse nada.

 Fofocas de técnicos à parte, saiu Zanatta, entrou Orlando; saiu Orlando, entrou Sérgio Cosme; saiu Sérgio Cosmo, entrou Nelsinho Rosa. E o Vasco a Gama teve quatro chefias para a sua rapaziada, em 1989. Só em 1990, Alcir Portela ganhou a primeira chance, mesmo com a mesma inexperiência cobrada pelo Calçada, que não demorou a promover uma mordida do Lobo no emprego o carinha – Mário Jorge Lobo Zagallo substituiu Alcir, que voltou ao posto, em 1993/1996/2000/2001.     

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