Certa vez, vi pendurado em uma banca de revistas um gibi titulado por A Morte do Super-Homem. Achei esquisito matar um super-herói, mas suspeitei que fosse alguma estratégia de marketing - e era. Rolava outubro de 1993 e contava a história da luta do homem de aço contra um monstro desconhecido que atacava o Meio-Oeste norte-americano, diante de uma Liga da Justiça da América incapaz de contê-lo. Apocalypse era o nome da fera que rumava para Metrópolis e, quando se deparava com o SH, este que não era mais invencível.
O esforço, no entanto, não emplacou. Os leitores não se comoveram com vendo o Super-Homem enfrentando de trlogloditas a nazistas. Ler revistinhas sobre mutantes e os novos personagens era mais jogo (para outras editoras). Daí que matar o super-herói (criado pela dupla Joe Shuster/Jerry Siegel, em 1938, par a revistas Action Comics) foi a solução, acontecida na edição Superman 75, quando nela, deveria rolar o casório de Clark com a Lois.
Jornalistas apavorados com os acontecimentosPara os críticos da imprensa norte-americanos, a luta Super-Homem x Apocalypse tem “sensacionais sequências”, pancadarias e explosões bem ao gosto dos leitores, mas “torna-se enfadonha e tem efeito minimizado quando chega ao clímax”.
A Morte do Super-Homem foi produzida em uma dessas chamadas épocas de excelência criativa e, para muitos críticos,
o último capítulo o melhor da revista, por estar “carregado de tensão, com o super-herói
tentando, desesperadamente, parar o Apocalypse pelas ruas de Metrópolis”, em roteiro
focado sobre três personagens, um deles a Lois Lane.
No Brasil, a revista que mata o SH foi lançada pela Editora Abril, fazendo a capa do gibi com um S sangrando, em alto relevo. Fez muito sucesso, permitiu duas reedições e abriu caminho para O Retorno do Super-Homem, em 1994. Tornou-se leitura obrigatória para todos fãs do personagem.
Capa chocante da Editora Abril
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