Vasco

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sábado, 7 de novembro de 2020

VASCO (SUBVERSIVO) FECHA O BARRACO

 Começava a Taça Guanabara-1989.  O Vasco da Gama tnha um timaço e era candidato ao título. Considerando os preço dos ingressos baixos, o vice-presidente vascaíno, Eurico Miranda – também, diretor de futebol da Confederação Brasileira de Futebol-CBF liderou movimento juinto aos demais clubes, para aumentar, em 60 centavos, o preço de uma arquibancada, que passaria a custar NCz$ 1,50 cruzado novo (moeda da época).

Proposta rolando, Eurico Miranda não tomava conhecimento de que o Governo havia lançado o Plano Verão, impondo congelando preços. De cara, a SUNAB-Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços podou a ideia. Então, com o apoio de Eduardo Viana, o Caixa D´Água, o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro-FERJ, os liderados por Erico Miranda anunciaram que todos os jogos da rodadas seriam com os portões fechados, em protesto contra a atitude governamental. Mas as fechaduras terminaram sendo abertas e o público entrando nos estádios – menos do no Vasco da Gama.

O Almirante negociou com uma empresa especializada em limpeza de condomínios e vendeu-lhe oito mil ingressos para a tal distribuir entre os seus clientes. Também, ofereceu dois mil bilhetes aos torcedores que fosse pegá-los, mais rapidamente, na sede da Rua General Almério de Moura. Como a empresa compradora não ofereceu ingressos naquele final de semana da primeira rodada da Taça GB, apenas 1.500 premiados com a boa vontade do Vasco da Gama compareceram a São Januário, para acompanhar Vasco 1 x 0 Volta Redonda, em um sábado pós-Carnaval. Os 500 ingressiantes restantes os jogaram na lata de lixo. Haviam preferido engrossar a galera presente à Avenida Sapucaí, pra assistir ao desfile  das escolas de samba que levaram 7.200 pagantes para as arquibancadas.

 Quando nada, mesmo diante de gatos pingados, com gol por Vivinho, aos 17 minutos do primeiro tempo, o Vasco começou a arrancada para o seu primeiro tri estadual,  por conta de: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Célio Silva, Leonardo e Mazinho; Zé do Carmo (Luciano), Geovani e Ernâni; Vivinho, Sorato (Tiba) e William, treinados pelo ex-lateral vascaíno Orlando “Lelé” Pereira – perdeu para o Carnaval em gente no asfalto, mas ganhou pontos no gramado. 

OBS: O Kike vai pesquisar se este foi o primeiro jogo vascaíno com portões fechados em São Januário.      

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