24 de agosto de 1941
- jogavam Vasco da Gama e Madureira, pelo Campeonato Carioca,
no estádio de São Januário, que recebia 1.843 pagantes. Dia de glória
para o atacante cruzmaltino Carlos Leite, autor de quatro gols. Bom pra
quem estava mandando bola na rede, menos do ponto de vista dos goleados, por um
fato incomum no futebol brasileiro. O Tricolor Suburbano (apelido do
Madureira) tinha um trio atacante – Lelé, Isaías e Jair Rosa Pinto – que era o
terror dos camisas 1. Então! Aos 20 minutos de peleja, seu
goleiro (Alfredo) ficou contundido, teve de ser substituído e, como à
época substituições de atletas eram proibidas, a sua vaga foi ocupada pelo
artilheiro Isaías.
19 de outubro de 1966 – o
mesmo Vasco da Gama estava em campo. Daquela vez, no Maracanã, enfrentado o Fluminense,
pela nona rodada do Campeonato Carioca, diante de 17.734 pagantes, em uma noite
de quarta-feira. Os tricolores abriam dois gols de frente, em 37 minutos de
pugna. Ao 38, seu goleiro, Jorge Vitório foi expulso de campo. Esquisito!
Instante de gol é para se comemorar. Como é que alguém consegue ser mandado
embora? Mas foi!
Então! O
artilheiro Mário Tilico que, até a temporada anterior, havia
marcado 50 gols, em 128 jogos, de 1963/1965, pelo Vasco da Gama, foi para o
sacrifício. Demorou mais tempo do que o Isaías pra chorar bola na rede –
10 minutos, enquanto o outro só levara dois. Mas o Tilico segurou o placar
Fluminense 2 x 1 pelos restantes 52 minutos em que trocou a camisa 9 pela de
número 1, quando as regras ainda proibiam trocar jogadores durante as
partidas.
Mário Tilico se virou com
uma camisa cinza no gol dos tricolores, mas aquilo pareceu não ter servido para
nada. Pelo meno, para o Jornal dos Sports, que publicou a
manchete: “Flu vence sem goleiro” – que saca! O que o Mário
estivera fazendo debaixo das traves?
Assim como Isaías, o goleador Mário Tilico, também, chegou à Seleção Brasileira - em 1967. Pelo Fluminense, entre 1966/1967, foram 24 gols em 64 jogos.
04 de
setembro de 200989 - jogavam Vasco da Gama x Cruzeiro, pela Taça
Libertadores, diante de 8.408 pagantes, em São Januário. O time
mineiro vencia, por 2 x 0, quando o goleiro vascaíno Tiago
foi expulso de campo, aos 28 minutos do segundo tempo. Como o time carioca
já havia feito as três substituições permitidas na época, o artilheiro
Edmundo foi para o gol, fazer o que pudesse. Levou um gol, aos 31 minutos da
etapa final, em cobrança de pênalti. Mas o seu esforço foi reconhecido pela
torcida, que não o execrou pelo 1 x 3 mandado pelo visitante, e o
aplaudiu, ao final da pugna. A dele era outra: fazer gols: 137, em 244 jogos
com a camisa crumaltinada.
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