Vasco

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sábado, 11 de janeiro de 2020

O VENENO DO ESCORPIÃO - SEQUESTRO SEQUESTRADO PELA HISTÓRIA AVIADORA

Retrato falado de cara muito comum nos Estados Unidos
      FOTO DIVULGAÇÃO
Era manhã de 24 de novembro de 1971, quando um cara, com cara de quarentão, no aeroporto de Portland (Oregon), usando terno escuro e levando uma pasta preta, foi ao balcão da Northwest Orient Airlines e comprou passagem para Seattle, em nome de Dan Cooper. 
Perto das 15 horas, o voo decolou com ele sentado na parte traseira do Boeing 727. Lá pelas tantas, passou um bilhete para uma das aeromoças, que o ignorou. Então, advertiu-a para lê-lo, dizendo que carregava uma bomba.
A comissária de bordo  levou o escrito à cabine dos pilotos, estes  leram pedido de U$ 200 mil dólares numa mochila, quatro paraquedas, um caminhão abastecido na pista de pouso de Seatle e, imediatamente, avisaram à torre de comando da cidade,  que o avião estava sendo  sequestrado.
 O avião posou às 17h30, em Seattle, com persianas das janelas abaixadas, para impossibilitar tiros da polícia. A seguir, uma das aeromoças buscou os paraquedas e 10 mil notas de US$ 20 dentro de uma mochila. Com os passageiros liberados, sem saber do que ocorria, ficaram a bordo piloto, copiloto,  engenheiro de voo, uma aeromoça e o sequestrador, que ordenou  o avião voar em baixa altitude, até o México, após decolar, às 19h40.
O avião aterrissou em Reno (Nevada), a polícia o cercou e fez buscas pelas redondezas e intuiu que o sequestrador havia pulado de paraquedas, mesmo coma noite fria e chuvosa. Rolou, então, uma das maiores caçadas policiais dos Estados Unidos
Foto reproduzida de www.airway.com
 No avião, foram encontrados dois paraquedas, uma gravata e 66 impressões digitais de pessoas não identificadas, mas isso não serviu para nada. 
As aeromoças e outras testemunhas o descreveram o sequestrador como gente de boa formação, gentil, extremamente calmo e demonstrando saber o que fazia.
Retrato falado rolou, rápido, pelos Iztêitiz, mas a cara comum do cara não ajudou. 
Feita uma varredura pelos Estado de Washington e do Oregon, esperando-se ser por ali o  possível local de pouso final, nada rolou.
 Distribuir, por  cassinos, hipódromos e instituições financeiras de vários países, lista com os números de série das 10 mil cédulas de US$ 20 entregues ao sequestrador, oferecendo recompensa, também, não ajudou.
 Em fevereiro de 1978, foi encontrado um manual de instruções sobre como baixar a escada de um Boeing 727 e, em 1980, três pacotes de dinheiro, com 100 cédulas de US$ 20, e o outro com 90 cédulas desgastadas, mas confirmadas, pelo FBI, que faziam parte do resgate entregue ao DB Cooper. Foram só estes os rastros do sequestrador fora do avião.
 Em 2000, revelou-se o encontro de vestígios de DNA na gravata, mas o material genético era inconclusivo.
Mais de mil suspeitos foram avaliados pelo FBI, até 2016, quando a agência desistiu do caso e suspendeu a investigação. 
Alguns dos investigadores mais graduados afirmam que o sequestrador, ao pular do avião, não resistiu às condições muito desfavoráveis do tempo chuvoso, com trovoadas, e fora parar no inferno, por conta de tamanho pecado.
Só que o corpo do cara jamais foi encontrado. Detalhes indicavam que ele conhecia bem a região em torno de Seattle, tinha conhecimento de técnicas de voo e de funcionamento de aeronaves. 
Com isso, surgiram teorias de que ele teria sido uma veterano da Força Aérea, com experiência em paraquedismo.
Dan Cooper era nome de uma história em quadrinhos da Bélgica da década-1950, tratando de um piloto canadense. Jamais fora publicada nos EUA, mas era conhecida na Europa e no Canadá.
 Vai fazer meio-século que a policia norte-americana não resolveu o caso. Se deram bem produtores de livros, músicas e filmes, como mostra o cartaz acima e à esquerda de sua telinha.
                                     

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