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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

CLÁSSICO DE 36 MINUTOS Juiz expulsa de campo metade de um dos time preliantes em jogo com mais de 70 mil pagantes Para JBr de 20.03.24 21 de agosto de 1981 – toda a galera estava ligada em Atlético-MG x Flamengo. Seria mais um dos tantos “Jogo do Ano” do futebol brasileiro e valia vaga às semifinais da Taça Libertadores. A catimba começara pela escolha do estádio, com o Galo sugerindo o paulistano Morumbi e os rubro-negros o Serra Dourada, em Goiânia, o que prevaleceu, por determinação da Confederação Sul-Americana de Futebol. Na escolha do árbitro, cada clube vetou um – José de Assis Aragão, pelos mineiros, e Arnaldo César Coelho, pelos cariocas. Aprovaram José Roberto Wright (foto). Tudo decidido, foram vendidos 71,5 mil ingressos, com o povão esperando por um grandioso espetáculo. Mas saiu tudo ao contrário. No minuto 33, quatro atleticanos - Cerezo, Palhinha, Éder e Vaguinho - e um flamenguista – Mozer – há haviam recebido o cartão amarelos. Três minutos depois, Reinaldo fez falta mais dura, por trás, em Zico, em seu campo de defesa, mas considerada normal. Foi expulso de campo e o rolo rolou. Instantes depois, Wright expulsou Éder, por tentar tirar a bola de suas mãos, contestando marcação de falta. Por ali, o veterano Vaguinho pediu ao treinador Carlos Alberto Silva pra tirar o time de campo, os diretores atleticanos invadiram o gramado, partiram pra cima do árbitro, e a PM também entrou, pra segurar o rebu. Pra completar o furdunço, o atleticano Chicão disse ao Wright que ele estava comprado pelo Flamengo. E, também, foi expulso de campo. Pouco depois, foi a vez de Palhinha, por reclamações. Balbúrdia instalada, Wright pediu à PM pra retirar todos os que estivesse, dentro do gramado e, momentos depois, voltou a ser cercado pelos jogadores atleticanos. Rolados 10 minutos de balbúrdia, Wright sinalizou que a partida seria prosseguida com 11 do Flamengo contra sete do Atlético-MG. Todo o banco atleticano havia sido expulso, mas ele permitia que Fernando Roberto e Marcus Vinícius entrassem em campo, como reservas. O jogo recomeçou com Toninho Cerezo cobrando falta, tocando bola para o goleiro João Leite, que deu um chutão pra a lateral e desabou no chão. Rola a bola e, pouquinho depois, o massagista do Atlético-MG pede a maca para João Leite, mas seus colegas se recusam a entrar em campo. Diante do tamanho tumulto, Wright expulsa Osmar Guarnelli, que estava com a bola nas mãos e o jogo é encerrado, com cinco jogadores atleticanos excluídos do prélio. O Atlético-MG tinha, então, duas opções, aceitar a “derrota” ou tentar reverter o quadro judicialmente. O presidente Elias Kalil, que não foi ao jogo e ficou em Belo Horizonte, entrou em contato com o Presidente do João Figueiredo e o Galo se preparou juridicamente para pedir a anulação da partida. Enquanto isso, a delegação alvinegra chegava ao aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, sendo recebida pelos torcedores, que carregaram Reinaldo nos ombros. Mesmo com a tentativa do recurso, junto à Confederação, o comitê executivo da entidade, dirigido poro Teófilo Salinas, marcou reunião para julgar o caso, que teve sentença em 4 de setembro: Atlético-MG eliminado da Libertadores. Já o Flamengo foi o campeão da Libertadores daquela temporada, vencendo dois jogos contra o Cobreloa, do Chile. Os cariocas ainda venceram o que se chamava por Mundial Interclubes (Copa Toyota), com 3 x 0 Liverpool, da Inglaterra. Flamengo do rolo em Goiânia foi: Raul; Carlos Alberto, Figueiredo, Mozer e Júnior; Adíl



  JBr de 20.03.24

 

 

21 de agosto de 1981 – toda a galera estava ligada em Atlético-MG x Flamengo. Seria mais um dos tantos “Jogo do Ano” do futebol brasileiro e valia vaga às semifinais da Taça Libertadores. A catimba começara pela escolha do estádio, com o Galo sugerindo o paulistano Morumbi e os rubro-negros o Serra Dourada, em Goiânia, o que prevaleceu, por determinação da Confederação Sul-Americana de Futebol. Na escolha do árbitro, cada clube vetou um – José de Assis Aragão, pelos mineiros, e Arnaldo César Coelho, pelos cariocas. Aprovaram José Roberto Wright (foto).

Tudo decidido, foram vendidos 71,5 mil ingressos, com o povão esperando por um grandioso espetáculo. Mas saiu tudo ao contrário.  No minuto 33, quatro  atleticanos - Cerezo, Palhinha, Éder e Vaguinho - e um flamenguista – Mozer – há haviam recebido o cartão amarelos. Três minutos depois,  Reinaldo fez falta mais dura, por trás,  em Zico, em seu campo de defesa, mas considerada normal. Foi expulso de campo e o rolo rolou. Instantes depois, Wright expulsou Éder, por tentar tirar a bola de suas mãos, contestando marcação de falta. Por ali, o veterano Vaguinho pediu ao treinador Carlos Alberto Silva pra tirar o time de campo, os diretores atleticanos invadiram o gramado, partiram pra cima do árbitro, e a PM também entrou, pra segurar o rebu. Pra completar o furdunço, o atleticano Chicão disse ao Wright que ele estava comprado pelo Flamengo. E, também,  foi expulso de campo. Pouco depois, foi a vez de Palhinha, por reclamações.

 Balbúrdia instalada, Wright pediu à PM pra retirar todos os que estivesse, dentro do gramado e, momentos depois, voltou a ser cercado pelos jogadores atleticanos. Rolados 10 minutos de balbúrdia, Wright sinalizou que a partida seria prosseguida com 11 do Flamengo contra sete do Atlético-MG. Todo o banco atleticano havia sido expulso, mas ele permitia que Fernando Roberto e Marcus Vinícius entrassem em campo, como reservas.

O jogo recomeçou com Toninho Cerezo cobrando falta, tocando bola para o goleiro João Leite, que deu um chutão pra a lateral e desabou no chão. Rola a bola e, pouquinho depois, o massagista do Atlético-MG pede a maca para João Leite, mas seus colegas se recusam a entrar em campo. Diante do tamanho tumulto, Wright expulsa Osmar Guarnelli, que estava com a bola nas mãos e o jogo é encerrado, com cinco jogadores atleticanos excluídos do prélio.

O Atlético-MG tinha, então, duas opções, aceitar a “derrota” ou tentar reverter o quadro judicialmente. O presidente Elias Kalil, que não foi ao jogo e ficou em Belo Horizonte, entrou em contato com o Presidente do João Figueiredo e o Galo se preparou juridicamente para pedir a anulação da partida. Enquanto isso, a delegação alvinegra chegava ao aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, sendo recebida pelos torcedores, que carregaram Reinaldo nos ombros.

Mesmo com a tentativa do recurso, junto à Confederação, o comitê executivo da entidade, dirigido poro Teófilo Salinas, marcou reunião para julgar o caso, que teve sentença em 4 de setembro: Atlético-MG eliminado da Libertadores. Já o Flamengo foi o campeão da Libertadores daquela temporada, vencendo dois jogos contra o Cobreloa, do Chile. Os cariocas ainda venceram o que se chamava por Mundial Interclubes (Copa Toyota), com  3 x 0 Liverpool, da Inglaterra.

   Flamengo do rolo em Goiânia foi: Raul; Carlos Alberto, Figueiredo, Mozer e Júnior; Adílio, Leandro e Zico; Tita, Nunes e Baroninho, comandados pelo treinador Paulo César CarpegianiO Atlético-MG teveJoão Leite; Orlando, Osmar, Alexandre e Jorge Valença; Cerezo, Chicão e Palhinha; Vaguinho, Reinaldo e Éder, 


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