Vasco

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sábado, 25 de janeiro de 2020

O VENENO DO ESCORPIÃO - SACANÕES FORMAVAM A FATAL QUINTA-COLUNA

General Gonzalo Queipo de Llano
 Quando eu era garoto, só o pebola habitava a minha cuca; adolescente, sonhei ser colunista esportivo; universitário-estagiário de jornalismo, o sonho virou realidade. Escrevi, no Jornal de Brasilia, a coluna Amadorismo, contando, evidentemente, o que faziam os atletas dos tempos do amor à arte, quando não se falava em patrocinadores.
 Quando surgiu o primeiro campeonato de futebol profissional do Distrito Federal, dividi, com um colega, coluna titulada por Meio-Campo. Tempos depois, escrevi Bola na Trave, e mais um depoiszinho depois, por poucas edições, Drible. Quando eu achava que havia pendurado as chuteiras colunais, o jornal chamou-me para escrever Histórias da Bola. Foi, então, que um colega lembrou e disse: “Você está na quinta coluna”.
 Nem me toquei, quando o carinha sacaneou: “Quem diria, hem! Francamente! Você, um fascista!
 Jamé! Se eu estivesse, em Madrid, quando as quatro colunas que marchavam sobre a capital espanhola, pelos finalmente da Guerra Civil (19836 a 1939), jamé mesmo, entraria no meio daquela galera que deu uma força para o futuro generalíssimo Francisco Franco. Simplesmente, porque os fascistas franquistas eram amiguinhos dos nazistas alemães, que mataram 1.654 e feriram 889 indefesos moradores da pacatíssima vila de Guernica, que contava não mais do que cinco mil almas. Que monstruosidade! Um dos mais cruéis episódios da guerra civil espanhola.
Franco ficou com a fama de ter criado o termo  quinta-coluna, mas o autor foi o general Gonzalo Queipo de Llano, que usava formação militar conhecida como quatro colunas rumando para Madrid. Então, afirmou que na capital encontraria uma quinta coluna para saudá-lo
Durante a Segundas Guerra Mundial (1939 a 1945), o termo quinta-coluna ganhou popularidade internacional, valendo para os que defendiam um lado, mas atuavam, clandestinamente, traindo companheiros, pátria ou organização. Estes eram, quase sempre, espiões e sabotadores. Atualmente, a expressão é usada para os que agem assim em atividades empresariais.
Guernica, a pintura de Pablo Picasso que virou selo na Espanha
Voltando a Guernica, historiadores contam que camponeses chegavam para vender os seus produtos na feira da única praça de Guernica quando, pelos início da manhã, quando aviões nazistas amiguinhos dos fascistas começaram a jogar bombas sobre as cabeças deles. 
Quem tentava fugir, era metralhado. Guernica virou um autêntico mar de cinzas. Mais tempos depois, quando o pintor espanhol Pablo Picasso participava da inauguração de exposição de sua tela mais famosas, na Alemanha, perguntaram-lhe: “Foi o senhor quem fez isso?” Resposta dele: “Não! Foram vocês” – haveria uma outra resposta? 

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